NTIC informa sobre ampliação do acesso à Internet

O acesso à Rede Mundial de Computadores é requerido para qualquer atividade, pública ou particular. Ainda mais em uma universidade multicampi como a UNIPAMPA. A instituição está prestes a contar com uma melhora significativa na qualidade desse serviço, por meio de conexões de alta velocidade e links de contingência, conforme informações do Núcleo de Tecnologia da Informação e Comunicação (NTIC).

Para entender como essa melhora vai acontecer, é útil saber como a universidade se conecta à Internet. A UNIPAMPA, como outras instituições federais de ensino superior, usa prioritariamente o acesso via Rede Nacional de Pesquisa, que possui uma série de Pontos de Presença (POP) interligados no Brasil. No Rio Grande do Sul, o POP está no Centro de Processamento de Dados (CPD) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O diretor do NTIC, professor Leonardo Bidese de Pinho, explica que a conexão das IFES aos POP nos respectivos estados da federação é custeada pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (SESu/MEC). Esse recurso é empregado em licitações das quais participam as empresas de telecomunicações, que devem providenciar a conexão entre as instituições no interior e os POP. A realidade é que as grandes empresas vencem as disputas, mas têm dificuldade em entregar o serviço nas regiões interioranas dos estados. O problema se repete Brasil afora.

O cenário local

Em uma perspectiva histórica, os links de acesso à Internet em cada campus e na Reitoria foram organizados de forma diferenciada, de acordo com as circunstâncias. O Campus Alegrete, por concentrar diversos sistemas geridos pelo NTIC e usados por toda a Instituição, tinha em 2012 a conexão com velocidade mais alta, de 34 Mb/s, enquanto a Reitoria contava com um link de 14 Mb/s, e o Campus Bagé, por já ter uma comunidade acadêmica local mais numerosa, um link de 6 Mb/s – velocidade superior à dos demais campi.

Uma etapa de ampliação ocorreu no primeiro semestre de 2013, aumentando a velocidade de conexão total entre os links de 56 Mb/s para 114 Mb/s via RNP. Nesse processo, os campi Caçapava do Sul e Jaguarão não foram atendidos por indisponibilidade técnica da operadora Oi. A empresa foi notificada diversas vezes pela instituição a esse respeito. Para o segundo semestre de 2013, a Reitoria tem a previsão de ampliação do seu link, de 14 Mb/s para 34Mb/s.

Somando a capacidade dos links via RNP e os links do primeiro nível de contingência, hoje a instituição conta com uma velocidade de conexão de 150Mb/s. Embora a melhora no serviço tenha ocorrido, ainda não é o suficiente para a demanda crescente da comunidade universitária.

Ampliação dos links

O diretor Leonardo Pinho conta que as recentes reuniões com a RNP trouxeram novidades concretas para a questão. Uma delas foi anunciada em julho de 2013 e detalhada em agosto: a contratação de circuito por meio de licitações via RNP. O objetivo era contratar velocidade mínima de 20 Mb/s, expansível para 100 Mb/s em dois anos, para os campi Bagé, Caçapava do Sul, Dom Pedrito, Itaqui, Jaguarão, Santana do Livramento, São Borja, São Gabriel e Uruguaiana. O planejamento é de aumentos semestrais: 20 Mb/s no primeiro semestre, 40 Mb/s no segundo, 60 Mb/s no terceiro e 100 Mb/s no quarto semestre. Para o Campus Alegrete, a velocidade inicial contratada é de 40 Mb/s. A Reitoria terá uma conexão de 1 Gb/s.

Essa proporção de conexões entre os campi e a reitoria segue as diretrizes do programa Veredas Novas, iniciativa conjunta dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Educação (MEC) e das Comunicações (MC) que visa estabelecer a conexão em alta velocidade de mais de 700 IFES à infraestrutura da RNP.  A empresa vencedora da licitação para o contrato referente à Universidade, a BR Digital, do grupo Compuline, já enviou equipe técnica para análise preliminar dos campi e da Reitoria durante o mês de setembro, em preparação para a instalação dos novos links.

Quando o processo estiver completo, a capacidade somada dos links dos campi alcançará 1Gb/s, número bem superior aos 150Mb/s de hoje. A Reitoria passará a contar em 2015 com uma capacidade de 1Gb/s, frente aos 15Mb/s disponíveis hoje. Todas essas conexões serão diretas com o link da RNP.  Isso deve dar condições plenas para o uso mais qualificado do sistema VoIP, videoconferência e webconferência, e acesso eficiente aos sistemas de administração do governo federal, como o SIAPE, SCDP e o Comprasnet, por exemplo.

Novos links RNP nos campi (fonte: NTIC/UNIPAMPA)

 

Outras medidas

A existência de links de contingência deve apoiar a continuidade dos serviços em momentos de instabilidade na conexão principal. O primeiro nível de conexão de contingência consiste em links contratados junto a operadoras de telecomunicações e funcionam em paralelo com a conexão RNP.  Os campi e a Reitoria já contam com links com velocidades variadas, e a ideia é licitar a expansão uniforme para a velocidade mínima de 8Mb/s.

 Links do primeiro nível de contingência (fonte: NTIC/UNIPAMPA)

 

O segundo nível de links de contingência deve ser implantado em breve nos dez campi e empregará tecnologia 3G, como um acesso suplementar às conexões por cabo via RNP e operadoras. O objetivo desse planejamento é evitar a interrupção total dos serviços nos momentos críticos. Rotas alternativas de acesso ao link da RNP também estão em estudo. Uma novidade confirmada pela representação da RNP à universidade é a viabilidade técnica de utilizar o serviço de gerência dinâmica da capacidade dos enlaces (Rede Cipó) já implantado no POP-RS. Isso permitirá que se redirecione a capacidade de banda ociosa de um link de um campus ou da Reitoria para outra conexão, conforme a necessidade.

Outra possibilidade aberta pela ampliação da velocidade de conexão é o investimento na criação de um datacenter secundário em Bagé, para manutenção dos serviços em caráter de contingência quando o datacenter do Campus Alegrete estiver fora de serviço. Segundo o professor Leonardo Pinho, esse processo será sucedido por um trabalho de padronização mínima das salas de equipamentos de TIC nos campi, a qualificação da infraestrutura da rede lógica e a licitação de serviços de projeto e execução da infraestrutura de rede.

Em paralelo, o NTIC vai apoiar os setores de TIC dos campi na disseminação de boas práticas de administração das suas redes, de modo que os integrantes da comunidade universitária possam aproveitar a nova capacidade de conexão com a Internet em função das atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Mais informações sobre a evolução dos links de conexão da Universidade com a Internet constam de um relatório disponível no site do NTIC.