Em clima de retomada de trabalhos, a Comissão para a Coleta Seletiva e Solidária (CCSS) da Universidade Federal do Pampa reorganizou o planejamento de ações para os dez campi e a Reitoria, em reunião presencial. Dentre elas, uma pauta de ações que incluem a interação com prefeituras e cooperativas de reciclagem, definições dentro da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) em relação à legislação e ao futuro das tratativas ambientais, incluindo as atitudes previstas no Plano de Desenvolvimento Institucional 2014-2018.
A comissão se reuniu no dia 25 de fevereiro, na Sala Camilo Moreira da Prefeitura Municipal de Bagé. Houve momentos definidos para atualização e compartilhamento das experiências realizadas em cada local e também para a eleição da presidência da Comissão Geral, com a participação dos representantes das comissões locais. O secretário municipal do Meio Ambiente, Amaro Robaina, visitou a reunião e colocou-se ao dispor para atividades integradas tanto locais como regionais. O coordenador dos laboratórios, Ícaro Morelle, informou as atividades de sua coordenadoria em relação ao tema da coleta seletiva e colocou o seu setor à disposição da CCSS.
O presidente eleito, administrador Luís Guilherme Fogaça Thormann, informa que a CCSS foi criada para atender o Decreto 5.940/2006, que em cada unidade do governo federal exista uma comissão em que se ocupe da coleta, separação e destinação de resíduos. O material assim separado é destinado às cooperativas de catadores regulamentadas. Com isso, gera-se renda, economiza-se espaço nos aterros sanitários e energia na produção de novos materiais, uma vez que reciclar é mais econômico que produzir a partir de matéria-prima virgem, segundo aponta Fogaça.
Primeira reunião da CCSS em 2014 organizou linhas de ação para a
coleta seletiva (foto: Davide Carbonai)
Perspectivas
A atuação das comissões locais envolve a conscientização de todos os públicos internos, externos, parceiros, pesagem de material doado, acompanhamento de trabalho de separação e coleta e ainda fiscalização do cumprimento de exigências documentais e legais. Fogaça indica ainda as recomendações básicas da Coleta Seletiva Solidária que são: repense (a necessidade de consumo); recuse (produtos que causam danos ao meio ambiente); reduza (a geração de lixo); reutilize (materiais que jogamos fora) e recicle (papéis, plásticos, metais e vidros). Essas ações atendem as orientações da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P).
O trabalho encontra suas dificuldades: além da conscientização dos públicos de interesse, Fogaça conta que é difícil encontrar cooperativas estruturadas, legalmente constituídas e sistemas de coleta seletiva regulares. Outra questão é a definição de espaços e processos para o armazenamento correto de materiais recicláveis até a data da coleta, nos casos em que esse serviço existe.
As linhas de ação definidas pela CCSS para intervir nessa realidade envolvem o apoio à criação e regulamentação legal de cooperativas de reciclagem nas dez cidades, de modo que seja possível destinar a essas organizações todos os resíduos secos. Outro ponto é o planejamento para que a Universidade efetivamente adote processos sustentáveis do ponto de vista ambiental, incluindo a destinação dos diferentes tipos de resíduos gerados pelas atividades da UNIPAMPA. A integração entre os setores da universidade que detêm responsabilidades sobre a geração de resíduos também faz parte dos interesses da CCSS. Fogaça destaca ainda a organização dos integrantes da comissão em grupos de trabalho, que se dedicarão a metas específicas dentro e fora da Universidade.
Além dos servidores Ricardo Lemos e Luís Guilherme Fogaça Thormann, da Reitoria, os seguintes representantes participaram da reunião: Vanessa Rosseto (Bagé), Juliana Young e Francisca de Oliveira e Silva (Caçapava do Sul), Sherol Rodrigues (Dom Pedrito), Marcina Moreira (Jaguarão), Rossana do Canto (Santana do Livramento), Éverton Toller e Davide Carbonai (São Borja), Aline Pires Krolow e Patrícia Neves (São Gabriel) e Karina Bracini Pereira (Uruguaiana).