Fonte Imagem: IBGE
Aceguá é um município brasileiro da região Sul, no estado do Rio Grande do Sul, situado na fronteira do Brasil com o Uruguai, sendo conurbado com a homônima Aceguá, no lado uruguaio. É formado por diversas comunidades, destacando-se Aceguá (sede) e Colônia Nova.
Os primeiros habitantes da região de Aceguá foram os indígenas charruas; guenoas e minuanos, dos campos do Rio Grande do Sul. Quando os espanhóis vindos da Banda Oriental penetraram pela serrania de Aceguá, fundaram a redução de Santo André dos Guenoas. Anos depois, os exércitos portugueses e espanhóis chegaram às cabeceiras do rio Negro e devido à promoção de oficiais durante uma solenidade militar, o local foi denominado Campo das Mercês o qual, nos dias atuais, é o ponto de encontro de três distritos do município (Colônia Nova, Minuano e Rio Negro).
A formação da vila do Aceguá, situada na fronteira seca entre Brasil e Uruguai, é resultante do comércio informal entre os dois países. A composição étnica e diversificada é produto do contato de povos vindos de ambos os lados da fronteira. Os descendentes de portugueses, espanhóis, índigenas e negros deram origem ao gaúcho. Posteriormente a região recebeu alemães frequentemente presentes nas comunidades rurais de Colônia Nova, Colônia Médici e Colônia Pioneira. Mais tarde a imigração árabe veio a trazer uma dinamização do comércio local.
O nome Aceguá tem origem na língua tupi: “yace-guab” que pode ser traduzido para: “Lugar de Descanso Eterno”, indicando o local alto que os indígenas escolhiam para viver seus últimos dias ao mesmo tempo que pode ser interpretado como: “terra alta e fria” por proporcionar alentadora visão panorâmica e proximidade com o céu, apontando as características geográfica e climática do local; e ainda “seios da lua”, em alusão aos cerros altos da serra do Aceguá.
No folclore popular da região existe outra explicação: o nome Aceguá derivaria de uma espécie de lobo pequeno, denominado guará ou sorro, abundante na região. Os mercadores que por ali passavam há mais de dois séculos, ao ouvir o uivo dos lobos, diriam: “Hay um bicho que hace guá” (“Há um bicho que faz guá”).
Referencias
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica