O serviço de Psicologia Social e Institucional esteve disponível no campus Bagé de 2012 a 2019 e, posteriormente, na Assessoria de Diversidade, Ações Afirmativas e Inclusão (ADAFI) do Gabinete da Reitoria, de 2020 a 2023. A proposta foi promover a consciência coletiva e a saúde mental através de ações e eventos, com a demanda institucional guiando o trabalho em uma dinâmica transdisciplinar. O princípio de trabalho na Psicologia Social é o mesmo da Psicologia Clínica (que é a área mais conhecida da profissão): guiar-se pela demanda que o cliente /paciente apresenta. A diferença é que não se trata um indivíduo, um núcleo familiar privado, ou um grupo específico de sujeitos sob diagnóstico de adoecimento. Trata-se de intervir no contexto amplo de uma instituição, comunidade, categoria de trabalho, etc. e identificar demandas, atuando a partir de campos de conhecimentos (teóricos, práticos, subjetivos) específicos deste coletivo. Neste sentido, o campo de trabalho da Extensão (em relação ao Ensino e à Pesquisa acadêmicas) se destaca com maior potencial para ações de formação humanizadora, dentro da proposta de levar conhecimento até outros setores da sociedade e revitalizar práticas acadêmicas, promovendo interação transformadora. As instituições, de modo geral, seguem as mesmas regras de enrigecimento e desumanização das relações. E as Artes, bem como a circulação organizada de informação e registros de ações no Campus (eventos, expressões culturais, projetos, etc.), são ferramentas de intervenção e espaços de atuação da Psicologia Institucional. “É culturalmente que pessoas demandam manicômio, exclusão, limitação do outro. Busquei a transformação da relação da sociedade com a loucura. E mudar cultura é um processo longo, muito demorado.” Em: Entrevista com Paulo Amarante, Movimento Antimanicomial. |