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Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST)
Coordenadoria de Qualidade de Vida e Desenvolvimento de Pessoal (CQVDP)
Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEPE)

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Será que você sofre de infoxificação?

‘INFO’ = informação
‘XIFICAÇÃO’ = referente a intoxicação

A “infoxicação” se estabelece quando as pessoas passam a maior parte do seu tempo lendo notícias e sofrendo com o impacto emocional.

Esse conceito foi criado por um físico espanhol, Alfons Cornella, em 1996, para designar a situação em que uma pessoa tenta receber e analisar um número de informações muito maior do que seu organismo é capaz de processar.

Segundo especialistas da Universidade de Berna, na Suíça, em 2012, um ser humano tem a capacidade máxima de ler 350 páginas por dia, caso faça apenas isso o dia inteiro.

Entretanto, o volume de informações que recebemos diariamente através de internet, redes sociais, WhatsApp, e-mails, revistas, jornais, rádio, televisão é de cerca de 7.355 gigas, que é o equivalente a bilhões de livros!

Essa avalanche de informações acompanhada pelo interesse crescente por assuntos específicos – também conhecida como infodemia – foi potencializada pela transformação digital e pela diversidade de canais midiáticos, como as redes sociais.

Esse fenômeno ganhou formatos ainda mais claros com a Covid-19: o intenso volume de notícias, com ou sem credibilidade, gerou mal-estar social de consequências tão graves quando a própria pandemia. Afinal, a desinformação e os rumores circulam tanto quanto conteúdos idôneos e de utilidade pública, influenciando o comportamento coletivo e dificultando a superação da Covid-19.

Nesse contexto, a FOMO (fear of missing out), que em português significa algo como “medo de ficar de fora”, se caracteriza por uma necessidade constante de saber o que outras pessoas estão fazendo, associado a sentimentos de ansiedade, que impactam fortemente as atividades de vida diária, assim como a produtividade no trabalho.

Pessoas que têm FOMO, acabam, em razão da insegurança de estar offline, tendo uma necessidade constante em se atualizar nas redes sociais, como Facebook, Instagram, Twitter ou YouTube, mesmo durante a noite, no trabalho, durante as refeições ou ao dirigir, o que, por vezes, pode representar perigo para a segurança.

Confira alguns dos principais sintomas físicos e psíquicos do excesso de informação:
– Aumento da ansiedade: ocorrem sintomas como batimentos cardíacos acelerados, falta de ar, tremedeira, insônia, entre outros.
– Desenvolvimento do estresse: estresse com pequenas coisas e sintomas como cansaço, tensão muscular e dores de cabeça.
– Aparecimento da síndrome da fadiga informativa: cansaço extremo ao realizar qualquer tipo de atividade.

Importante causa de estresse atualmente, trata-se de um problema sério de saúde pública, com tendência a se agravar cada vez mais, por isso a importância da conscientização sobre o tema e de que tomemos medidas para diminuir nosso acesso à “enxurrada” de informações.

23 de setembro é o Dia Mundial de Combate ao Estresse, campanha anual de prevenção e controle do estresse, cujo objetivo é ampliar a conscientização sobre este mal que aflige a sociedade atual, alertando a população sobre os sintomas e os hábitos causadores de estresse.

Acima de tudo, decida o que você precisa saber ou gosta e vá buscar informações, sempre com muito bom senso e dentro da sua capacidade humana.

Lembre-se: você não é um computador!

 

Francine da Rosa Silva Cabral
enfermeira, chefe da DASST
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