O Programa foi criado a partir do Coletivo de Trabalho em Saúde Mental da Unipampa, campus Uruguaiana, que reuniu a comunidade acadêmica em 2020 com a proposta de construir uma universidade mais acolhedora e sensível às diversas situações de vida e saúde mental na instituição.
Em 2021, este grupo buscou a interlocução com a coletiva “Magnólias”, mulheres acadêmicas (UFPel, Unipampa, IFRS) vinculadas aos movimentos sociais que se ocupavam em promover ações de ensino, pesquisa e extensão para produção de saúde, saúde mental e bem viver em comunidade, em uma perspectiva emancipatória de afirmação da vida.
Esses encontros tornaram-se potencializadores de (inter)ações rizomáticas que ancoram e disseminam programas, projetos e cursos produzidos em uma cogestão dialógica com amorosidade. Portanto, o RizomaSUS é um efeito que se desenha na interface ensino-pesquisa-extensão como uma proposta intercursos, interinstitucional e comunitária que busca o desenvolvimento de ações cooperativas no campo da saúde mental e da saúde coletiva em uma perspectiva interseccional.
O RizomaSUS destaca-se pelo compromisso com os direitos humanos e sociais, bem como com movimentos de apoio à emancipação popular de grupos vulnerabilizados. Empenha-se para o fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde de base comunitária, da rede de educação emancipatória, do protagonismo e da participação no controle social, dos processos de cuidado em saúde e da construção da cidadania.
No momento da criação deste grupo já faziam conexões as instituições de ensino Unipampa, UFPel, IFRS, UFSM e a Udelar, também, compunham essa rede pessoas dos movimentos da luta antimanicomial, de redução de danos, dos ouvidores de vozes, da educação popular e dos demais ativismos pelas diversidades culturais e existenciais, bem como o movimento feminista, negro, LGBTTQIA+ e camponês.