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XIII Deus Lhe Pague: Prof. Dr. Bruno Uchoa Borgongino (UFPE)

É com grande satisfação que o Laboratório de Pesquisas e Estudos em História Medieval (LAPEHME)/Unipampa convida a tod@s para participarem do XIII Deus Lhe Pague – Ciclo de Palestras, que nesta ocasião tem a honra de receber o Prof. Dr. Bruno Uchoa Borgongino (UFPE) que realizará a palestra “Raça e discurso cristão no começo da Idade Média”.

Nas últimas duas décadas, alguns medievistas têm se dedicado à investigação de questões sobre raça na Idade Média. Até recentemente, esse era um tópico considerado marginal ou mesmo inapropriado para a compreensão do período: supunha-se que a sociedade medieval não percebia ou era alheia às diferenças que hoje designamos como “raciais”. Os debates atuais dos Estudos Raciais e as perspectivas pós-coloniais propiciaram o embasamento teórico necessário para a realização de investigações devidamente fundamentadas. Todavia, a atenção especializada acerca do tema está, em grande medida, direcionada aos séculos finais do medievo, enquanto os iniciais permanecem negligenciados. Esta apresentação visa apresentar um panorama de como questões raciais eram abordadas pelo discurso cristão nos primeiros séculos da Idade Média.


Bruno Uchoa Borgongino possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestrado e doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em História Comparada (PPGHC-UFFRJ). Atualmente, é professor adjunto na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e coordenador do LEOM – Laboratório de Estudos de Outros Medievos. Atualmente, pesquisa os seguintes temas: movimento monástico, raça e tropo do negro etíope.

 

V Semana Infernal – Pactos e Rituais

“O além é um dos grandes horizontes das religiões e das sociedades. A vida do crente transforma-se quando ele pensa que nem tudo fica perdido com a morte”.

Jacques Le Goff nos indicava, em seu fundamental livro O Nascimento do Purgatório, a importância do mundo sobrenatural para as mentalidades medievais, e como, não raro, ele condicionava condutas e ações, em uma longa duração que, de certa forma, se estende até a contemporaneidade.

A quinta edição da Semana Infernal pretende discutir os modos com que a humanidade pode se relacionar com essa realidade ultraterrena, através do amplo tema dos pactos e rituais, seja aqueles considerados canônicos e, portanto, aceitos pelas sociedades e, em especial, pela Igreja, seja os condenados pela ortodoxia por serem vistos como ações maléficas.

O evento, organizado por grupos de pesquisa de quatro universidades brasileiras (Studiolo/UERJ, Virtù/UFSM, Meridianum/UFSC e Lapehme/Unipampa), será realizado de forma totalmente remota, entre os dias 18 e 20 de outubro. Assim como ocorreu nas edições anteriores, ele pretende proporcionar um ambiente acadêmico de interação entre pesquisadores de instituições de ensino superior, que abordam em seus estudos diferentes geografias e temporalidades, tratando de aspectos sobre temas relacionados à magia, bruxaria, feitiçaria, demonização de grupos marginalizados, imagens e discursos sobre seres demoníacos, Inferno e Purgatório.

 

XII Deus Lhe Pague: Prof. Dr. Odir Fontoura (IFMT)

É com grande satisfação que o Laboratório de Pesquisas e Estudos em História Medieval (LAPEHME)/Unipampa convida a tod@s para participarem do XII Deus Lhe Pague – Ciclo de Palestras, que nesta ocasião tem a honra de receber o Prof. Dr. Odir Fontoura (IFMT) que realizará a palestra “O Rebanho Infectado: Inquisição e clérigos praticantes de magia na Idade Média”.

Esta apresentação pretende tratar da temática da magia medieval. Será desenvolvido, inicialmente, um debate conceitual sobre o conceito de magia considerando a diversidade de fontes (e, por essa razão, de perspectivas) que recorrem a este conceito no período medieval. A partir de um enfoque da magia letrada, erudita e masculina que se desenvolve ao longo da Idade Média, serão analisados alguns estudos de caso a partir de documentação inquisitorial (do reino da França no século XIV) que nos permitem entender quem praticava essa magia e o que ela era exatamente.


O professor é bacharel e licenciado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), especialista em Ensino de História pelo Centro Universitário Internacional (Uninter), mestre e doutor em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em 2019, realizou missão estrangeira, por projeto vinculado à FAPERGS (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Rio Grande do Sul) para pesquisa na Itália (Universidade de Milão, Escola Francesa de Roma, Arquivos Apostólicos do Vaticano) e França (Biblioteca Nacional). Principais áreas de investigação e atuação: 1) história da Idade Média, com ênfase em história da inquisição e das práticas eruditas de magia no século XIV. Membro integrante da diretoria da ABREM (Associação Brasileira de Estudos Medievais) nos biênios 2017-2019 e 2019-2021; e 2) ensino de história. Pesquisa metodologias do ensino da história e os usos da história na internet. Possui experiência em sala de aula no âmbito do ensino fundamental, médio, profissionalizante, tecnológico, pré-vestibular e superior. Atualmente, é professor substituto do Instituto Federal do Mato Grosso (IFMT) – Campus Alta Floresta.

 

V Curso de Extensão – O Rei Artur e a Demanda do Santo Graal: Da História à Lenda

 A história do rei Arthur se desenvolve dentro de um longo espectro de tempo, que parte da Baixa Antiguidade, percorre toda a Idade Média e, ainda hoje, segue nos fascinando. É o personagem mais bem sucedido da literatura ocidental. Mas, quem foi o rei Arthur? Por que é conhecido como o “rei dos bretões”? De onde ele surgiu? Quando viveu? Que fontes deram suporte à sua história? E a Távola Redonda? E o Santo Graal? Afinal, o que é fato e o que é lenda a respeito do rei Arthur e de seu legado? Buscaremos dar respostas a essas perguntas na quinta edição da Extensão universitária promovida pelo Grupo de Estudos Medievais Vesica Piscis e pelo Laboratório de Pesquisas e Estudos em História Medieval (LAPEHME/UNIPAMPA), desta vez, com a temática “O Rei Artur e a Demanda do Santo Graal: Da História à Lenda”. O curso acontecerá nos dias 19/04, 26/04 e 03/05, às 15h, através do canal do Youtube das Extensões, tendo como palestrantes a Profa. Dra. Carlinda Fischer Mattos (VESICA PISCIS), o Pesquisador e Escritor Sérgio Luiz Gallina (VESICA PISCIS) e o Prof. Dr. Edison Cruxen (LAPEHME/UNIPAMPA). As inscrições são gratuitas e os certificados serão emitidos pela UNIPAMPA.

Sitehttps://lapehmeunipampa.wixsite.com/extensaomedieval

Instagramhttps://instagram.com/extensaohistmedieval?utm_medium=copy_link

 

XI Deus Lhe Pague: Dranda. Nara Barrozo Witzler (UNICAMP)

É com grande satisfação que o Laboratório de Pesquisas e Estudos em História Medieval (LAPEHME)/Unipampa convida a tod@s para participarem do XI Deus Lhe Pague – Ciclo de Palestras, que nesta ocasião tem a honra de receber a Dranda. Nara Barrozo Witzler (UNICAMP) que realizará a palestra “Mulheres, Bruxas ou Feiticeiras? A demonização feminina na Espanha dos Séculos XVI e XVII”

A partir do século XV europeu, o termo “bruxa” passou a ter significados e consequências como nunca antes, se conectando até os nossos dias e permeando nossa cultura e nosso imaginário. No eclesiástico, ele aponta ao demoníaco. No popular, ao fantástico. Remete à figura de uma mulher que vive isolada, cercada de ervas e um caldeirão. Que sai a noite montada numa vassoura atrás de criancinhas. Que, inexoravelmente, é má. O objetivo dessa palestra será compreender como a crença na bruxaria e na feitiçaria se encaixavam na forma da Primeira Modernidade de compreender o mundo. Como e porque tais crenças eram aceitas como reais? E o mais importante, porque um grupo específico da sociedade – as mulheres – foi mais associado à tais práticas malignas do que os homens?

Desde a graduação se interessa pelos assuntos relacionados à bruxaria na Modernidade e aos estudos de gênero nessa temática, tendo realizado uma iniciação científica com o título “MULHERES E BRUXAS: O Cotidiano feminino retratado nas imagens de bruxaria (1500 – 1589)”, onde pode estudar como objetos relacionados ao feminino foram retratados em imagens e quadros de bruxaria produzidos no século XVI. Possui título de Mestra, tendo realizado durante os anos de 2017-2019 sua pesquisa pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), sob a orientação do Prof. Dr. Rui Luis Rodriguez, com a dissertação “O FEMININO PELOS OLHOS DE DEMONÓLOGOS ESPANHÓIS DOS SÉCULOS XVI E XVII”. Atualmente realiza pesquisa de doutorado pela Unicamp com a tese “CIDADES AMALDIÇOADAS: BRUXAS E FEITICEIRAS NA PROVÍNCIA DE GUADALAJARA ENTRE OS ANOS DE 1527 A 1630.” Possui experiência na área de História, com ênfase em História Cultural da Primeira Modernidade, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, bruxaria, primeira modernidade europeia.

INSCRIÇÕES – https://forms.gle/qVmzrQfPaKy7HW5r9