O que foi abordado na Aula Magna?
Tendo como ponto de partida o processo de mudança na estrutura governamental e de poder promovida pela Revolução Iraniana de 1979, qual seja, o fim de um governo autocrático ditatorial e dinástico, e a instauração da República Islâmica do Irã, procurou-se debater a construção de um islã ou mundo muçulmano estereotipado, marcado pela imagem do terrorismo e do atraso civilizacional. Em detrimento de um Ocidente racional e civilizador, detentor do padrão político, cultural e social esclarecido e progressivo. A própria designação da Revolução entre Iraniana e Islâmica Iraniana suscita um embate ainda não pacificado entre os pesquisadores. Tendo como fonte o objeto de pesquisa a imprensa, em especial a revista Veja, a revista Manchete, e os jornais Clarin da Argentina e Folha de S. Paulo, demonstrando como se engendra, a partir dos veículos de imprensa já referidos, uma imagem negativa dos povos do Oriente, em especial, do mundo árabe e muçulmano, como parte de uma estratégia (o agendamento) para construção do outros e das representações de combate a este.