Texto em Relações Públicas

Autores: Alunos do 3° semestre de Relações Públicas, 2019/1 – Universidade Federal do Pampa.

Relações Públicas é uma área da comunicação que tem como principal fundamento o relacionamento com os diferentes públicos e o texto é uma das principais ferramentas para que esse relacionamento ocorra. Ou seja, é através da produção de texto que os relações-públicas se comunicam com seus públicos de interesse.

Texto

Autores: Alunos do 3° semestre de Relações Públicas, 2019/1 – Universidade Federal do Pampa.

Texto é o conjunto de palavras coesas e coerentes que servem para expressar as ideias do autor, permitir interpretação, levar informações ou comunicar algo. Pode ser verbal (oral ou escrito) ou não-verbal, literário ou não-literário.

Relações Públicas

Autores: Guilherme Santos e Victória Paiva

Pode ser entendida como um processo estratégico de comunicação que visa conciliar os interesses privados (organizações) e públicos (agrupamento de pessoas que interagem com uma determinada organização) gerando benefícios mútuos. Desta maneira, as organizações conseguem transmitir sua mensagem podendo originar uma compreensão positiva da marca e dos serviços, já os públicos conseguem ter uma percepção mais transparente das empresas e assim cobrá-las pelos serviços e posicionamentos feitos.

Leitura

Autores: Guilherme Santos e Victória Paiva

É o ato não só de ler, mas também compreender o que está escrito. Para isso, utilizamos diversos mecanismos, que variam dependendo do grau de conhecimento do leitor e do meio social em que ele está inserido. Tendo isso em vista, podemos dizer que ler é uma atividade social, cultural e histórica. A leitura se constitui da relação entre autor, texto e leitor e é através dela que atribuímos sentidos.

Acesse aqui: https://bit.ly/2Lmv9NA

Autoria

Autores: Guilherme Santos e Victória Paiva

A autoria não necessariamente será concebida como uma forma de propriedade.

Ela atua interligada à interpretação e à produção de sentidos no texto. Além disso, também pode estar ligada à cultura, produzindo diferentes sentidos aos sujeitos de maneira que ocorra um espaço para a ressignificação. No âmbito das redes sociais, pode também ser uma produção colaborativa e interativa, como por exemplo o que ocorre na produção textual da Wikipédia. Autoria pode se apresentar em níveis diferentes. Quer saber mais sobre?

Acesse aqui:  https://bit.ly/2YhhJG2

Capítulo IV:  https://bit.ly/2ZURnKF

Artigo de opinião – Feministas no meio digital

Feministas no meio digital¹

Por Nicole Costa de A.

       O movimento feminista enfrenta diferentes desafios ao longo de sua trajetória, sendo cercado de tabus devido à carência de conhecimento do que é realmente a luta. Além do preconceito em cima do movimento e a associação da palavra “feminismo” com ódio, há desigual oportunidade de participação política nos poderes. Mesmo sendo a maioria da população, na política as mulheres são sub-representadas, o que limita as ações do movimento. Como apresentado por Maria Betânia Ávila, doutora em sociologia, em uma entrevista ao Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM), publicada no site oficial em 2014: “Sem a participação das mulheres nos processos de discussão e definição de leis e políticas públicas, os direitos femininos ficam ameaçados.”

      Por outro lado, mesmo em meio aos desafios, as mulheres feministas, que por milênios foram oprimidas, estão lutando por novos espaços e ampliando o alcance do seu discurso. Uma vez que, para atingir os seus objetivos, não se abatem com obstáculos, em vista do avanço do movimento feminista em novos cenários. Desta forma, possui uma longa trajetória dividida em ondas, momentos históricos em que questões específicas são a essência de seus discursos e ações.

      A primeira onda se identifica pela luta da igualdade política, tendo como destaque o movimento das sufragistas. Já a segunda, caracteriza-se por discussões em relação a liberdade sexual, se estendendo à questões culturais. Com isso, a terceira onda possui críticas internas que permitem a redefinição das estratégias que apresentaram falhas nas ondas anteriores, questionando o padrão branco e de classe média-alta do movimento. Por fim, atualmente, o movimento vive a sua quarta onda, o momento digital das discussões.

     A luta é de suma importância para o avanço da sociedade, pois modifica o modo de pensar e viver do ser, quebrando os padrões antiquados. Tendo em vista que o feminismo tem como objetivo a igualdade entre os gêneros, há uma preocupação em desfazer a soberania masculina. Para isso, o feminismo apresenta inúmeras reflexões e discussões sobre a sua complexidade, não possuindo uma fórmula de como praticá-lo, mas sim, proporcionando o diálogo e visibilidade sobre o assunto. O movimento dá voz e empodera mulheres a conquistarem o seu espaço.

      Logo, o meio digital se torna uma excelente ferramenta para “quebrar” esses tabus. A apropriação do movimento às novas plataformas digitais gera avanços na busca por equidade, pois rompe barreiras e renova as formas do movimento se manifestar. Proporcionando às mulheres o seu lugar de fala, tendo um discurso cada vez mais democrático, aproximando-se do seu objetivo de ser uma luta de todas e para todas as mulheres.

    Conforme Pinto, em sua obra “Uma história do feminismo no Brasil” de 2003, o movimento desde cedo reconhece a importância dos meios de comunicação na sociedade, como fonte de visibilidade das mulheres. Ainda mais os meios digitais, que supera barreiras da distância, facilitando o alcance de muitas mulheres que, anteriormente, não tinham acesso ao conteúdo. Dessa forma, foge do padrão de que somente mulheres brancas e no ambiente acadêmico poderiam informar-se sobre o assunto.

        É importante ressaltar como a plataforma Youtube é uma das poderosas ferramentas que auxilia no desenvolvimento do movimento, havendo diversos canais feitos por mulheres que possuem o objetivo de trabalhar essa temática ao mostrar as suas realidades. Estas vloggers, denominadas youtubers, apesar de apresentar simplicidade ao expor situações cotidianas, são inovadoras ao abranger o conteúdo em seus vídeos. Elas conscientizam outras mulheres divulgando novos olhares sobres as suas realidades, expondo e criticando o machismo.

      Nesta perspectiva, o canal “Jout Jout, Prazer” é um grande exemplo de uma vlogger, de destaque no Brasil, que produz um conteúdo voltado para a luta feminista. Seja qual for o assunto, “Jout Jout”, Julia Tolezano, segue a mesma dinâmica para a produção de seus vídeos, com simplicidade e didática. A vlogueira afirma que, mesmo quando apresenta temas polêmicas e reflexivos, segue a filosofia de que é possível mudar o mundo ao som do riso fácil. Com isso, busca conscientizar e criar um ambiente seguro para o debate feminista para os seus dois milhões de inscritos.

        Mas será que esse conteúdo não é apenas consumido por mulheres?

        Bom, a facilidade de acesso ao conteúdo já é um grande avanço para a luta, mas não é o bastante. Os movimentos, suas causas e avanços, precisam chegar a novos públicos. Afinal, a igualdade é para todos e todas, é preciso que esta esteja no trabalho, nos direitos, no discurso, em casa, na rua ou no lugar que ela ou ele quiser. Então, essa luta ainda está caminhando e, talvez, sempre caminhará.

       É inegável que o meio digital dá voz às mulheres. De passo em passo vai se tirando o peso que esta denominação carrega, abrindo portas, levando mulheres a posições de destaque e influência, uma oportunidade para quem quer e precisa ser ouvida. É essencial poder lutar e buscar avanços, não se render e desanimar porque ainda nem todos as escutam. Afinal, com um grito mais forte, fica difícil de ignorar.

¹Artigo de opinião produzido em 2019/1 no componente curricular Redação em RP II, ministrado pela Profa. Dra. Paula Daniele Pavan, do Curso de Relações Públicas da Universidade Federal do Pampa.

Artigo de opinião – Cultura regional: do tradicional ao inovador (sem deixar de ser tradição)

Cultura regional: do tradicional ao inovador (sem deixar de ser tradição)¹

Por Ketlin Kerber

          Hoje, quando se fala em cultura, pensa-se em várias teorias, questões e conceitos. Edward Tylor trouxe a primeira definição teórica e antropológica sobre cultura, para ele cultura refere-se a “todas as possibilidades de realização humana” (LARAIA, 1986, p.25). Por conta dessa ampla gama de simbologias construídas pelo indivíduo e pela sociedade onde está inserido, dentro de uma cultura nacional encontramos as culturas regionais.

          Nos dias atuais, as tecnologias e inovações modificam o ambiente em que vivemos e consequentemente perdemos o interesse sobre a cultura regional, como por exemplo a cultura gaúcha. O falar do cotidiano sobre histórias, mitos, formas de falar e de se vestir acabam, por vezes, substituídos por culturas padronizadas do século XXI advindas com a globalização e as redes sociais.

     Esta atual situação nos abre leques para trabalhar a cultura tradicional com a inovação, fazendo com que a cultura regional seja ainda transmitida para a nova geração, que, por conta do ambiente em que está situado (mundo virtual), acaba perdendo o interesse pelo tradicionalismo, como o gaúcho por exemplo.

     Frente a esse cenário, surgem iniciativas que aliam tradição e inovação. Os comediantes da Serra Gaúcha Diogo Elzinga e Caciano Kuffel, da cidade de Caxias do Sul, e Felipe Pires, da cidade de Farroupilha, são um exemplo. Os canais do Youtube, Diogo Elzinga, Caciano com C e FelipePires, utilizam as tecnologias e redes sociais como forma de disseminar a cultura gaúcha com um olhar jovem. Dessa forma, engajam e atraem a atenção de jovens que moram tanto no estado do Rio Grande do Sul, quanto fora dele.

           Diante disso, a nosso ver, se faz necessário que a cultura regional se atualize e passe a ser transmitida não somente nas práticas do cotidiano, mas também pelos canais em que os jovens mais interagem, as redes sociais, desde Facebook até Youtube, como o exemplo citado anteriormente. Portanto, hoje, devemos aliar as inovações tecnológicas à cultura regional a fim de beneficiá-la, reconstruindo as maneiras de repassar essa cultura para mantê-la viva em nossas gerações, atuais e futuras.

¹Artigo de opinião produzido em 2019/1 no componente curricular Estudos da Cultura, ministrado pela Profa. Dra. Paula Daniele Pavan, do Curso de Relações Públicas da Universidade Federal do Pampa. 

Artigo de opinião – As mulheres e a luta por igualdade no âmbito profissional

As mulheres e a luta por igualdade no âmbito profissional¹

Por Diuliane V. Prado dos Santos

             No dia 21 de fevereiro de 2019, o site Agência Brasil mostrou uma pesquisa inédita que fala sobre o perfil da liderança em comunicação no Brasil. Divulgada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), os dados indicam que 69% dos cargos de liderança na comunicação corporativa do país são ocupados por mulheres. Em contrapartida, o site Comunique-se publicou uma pesquisa que foi divulgada pelo Fórum Econômico Mundial, no segundo semestre de 2016, na qual diz que a igualdade salarial entre homens e mulheres só será alcançada daqui a 169 anos. Segundo pesquisa do IBGE, realizada em 2016, as mulheres recebem cerca de 3⁄4 do que os homens, mesmo que, às vezes, ocupem os mesmos cargos. Isso mostra que as mulheres estão conquistando cada vez mais o seu espaço no mercado de trabalho, mas que essa mudança ainda não está acontecendo de maneira efetiva. Que apesar de estarmos em lugares de destaque, ainda somos vistas e tratadas como seres frágeis e inferiores.

           É incontestável a luta que as mulheres vêm travando ao longo das décadas em busca de igualdade e, acima de tudo, respeito. Acredito que a nossa condição de vida avançou muito, pois várias melhorias foram conquistadas, mas várias questões ainda precisam ser discutidas. Como, por exemplo, as barreiras e as dificuldades que são encontradas no âmbito profissional. Várias pesquisas apontam que as mulheres ainda precisam de esforçar para provar que tem o mesmo potencial que os homens e que merecem o mesmo espaço de destaque, ou pelo menos, as mesmas oportunidades. Exemplo disso, é a pesquisa publicada pela BBC News Brasil, no dia 6 de janeiro em 2019, que mostra os impactos negativos que a desigualdade salarial entre homens e mulheres causam na economia brasileira. As conclusões desta pesquisa, feitas através de um relatório do Fórum Econômico Mundial, apontam que: as mulheres trabalham três horas por semana a mais que os homens, mas ganham apenas dois terços do rendimento deles; o salário de uma mulher com filhos é 35% menor do que uma mulher que não possui filhos. Além disso, a pesquisa mostra que as mulheres já são prejudicadas logo no momento da entrevista para emprego e que quanto maior o cargo dentro de uma empresa, maior é a diferença salarial. Como podemos notar, é um cenário bem assustador e preocupante, mas acredito que, nem sempre, isso é culpa dos homens, mas sim do ambiente em que estamos inseridas, que às vezes é muito influenciado pela cultura patriarcal, que sempre destaca o homem como o chefe e as mulheres como submissas, que devem se comportar segundo o papel prescrito por eles. Não é à toa que, no nosso país, a maioria das pessoas consideram que as mulheres são as próprias responsáveis pela violência que sofrem, seja ela sexual, psicológica ou doméstica.

          Na posição de acadêmica de um curso de comunicação, acredito que o âmbito universitário tem um papel fundamental nessa luta, pois começamos a refletir sobre as questões que afetam e fazem parte da nossa vida, com o intuito de mudar o contexto que nos cercam. Sabemos que é um contexto difícil de ser mudado, pois vivemos em uma realidade que ainda é muito tradicionalista, machista e sexista. O pensamento ainda é o de que a mulher é o sexo frágil, de que a sua função é desempenhar os afazeres domésticos e cuidar dos filhos, e de que se uma mulher consegue algum lugar de destaque é porque ofereceu certos benefícios e não por causa da sua capacidade intelectual. É um contexto triste de se viver, mas não podemos parar diante das dificuldades e dos preconceitos. Aliás, essas devem ser as nossas maiores motivações para seguirmos firmes na luta pela igualdade de direitos e de vida. Estou apenas começando nessa luta, e não sei se a minha geração vai presenciar alguma mudança significativa, no que diz respeito ao contexto nacional. Mas, se através das minhas atitudes e pensamentos, conseguir mudar a realidade e a maneira de pensar das pessoas que me cercam, eu ficarei feliz, pois estarei contribuindo para a mudança e para a construção de um mundo melhor, mais igualitário e humanizado.

¹Artigo de opinião produzido em 2019/1 no componente curricular de Redação em RP II, ministrado pela Profa. Dra. Paula Daniele Pavan, do Curso de Relações Públicas da Universidade Federal do Pampa.