Ações dos Comitês de combate ao Aedes aegypti e panorama epidemiológico dos municípios nos quais a UNIPAMPA encontra-se localizada
A partir dos Informativos Epidemiológicos produzidos pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/RS), da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), é possível verificar que a maior incidência de casos confirmados de dengue no Estado ocorre nas primeiras 20 semanas do ano, o que corresponde aos meses de janeiro a maio, sendo o pico registrado no mês de março. Assim, com o início de 2017, e a chegada das condições climáticas propícias ao desenvolvimento de criadouros do mosquito Aedes aegypti, é preciso intensificar o cuidado com os possíveis focos de depósito de ovos do mosquito transmissor dessa e de outras graves doenças.
Trabalhando diretamente nessa frente, o “Comitê Institucional da UNIPAMPA contra o Aedes aegypti”, bem como os 11 Comitês Locais estabelecidos em cada uma das 11 Unidades da Universidade Federal do Pampa (10 campi e Reitoria), desenvolveram ao longo do ano de 2016 uma série de ações voltadas ao combate do vetor responsável pela transmissão da Dengue, da Febre Chikungunya e do Zika Vírus. O resultado conjugado de todo esse trabalho vem sendo publicado na página da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEXT), por ser essa a Pró-Reitoria responsável institucionalmente pelo suporte às atividades dos 12 Comitês.
De acordo com os dados do “Informativo Epidemiológico Dengue, Chikungunya, Zika Vírus e Microcefalia” de janeiro de 2017, feito pela CEVS/RS para a Semana Epidemiológica 52 do ano de 2016 (que corresponde ao período de 25 a 31 de dezembro), ocorreu um aumento no número de casos confirmados de dengue do ano de 2015 para o de 2016 e no de municípios que já se encontram infestados pelo mosquito Aedes aegypti. Dos 10 municípios sede de Unidades da Universidade, 07 estão infestados (Alegrete, Bagé, Itaqui, Santana do Livramento, São Borja, São Gabriel e Uruguaiana) e 03 não. Contudo, desses 03, 02 são limítrofes de municípios já infestados (Caçapava do Sul e Dom Pedrito) e 01 é rota intensa de passagem na fronteira com o Uruguai (Jaguarão), o que não afasta, assim, a preocupação com a situação epidemiológica global.
Especificamente em relação à Febre Chikungunya, ao Zika Vírus e aos casos de microcefalia, o mesmo Informativo fornece dados importantes para a realidade em torno dos 10 municípios nos quais a UNIPAMPA está localizada. Alegrete, Santana do Livramento e São Borja já tiveram casos confirmados de Febre Chikungunya: enquanto que em Santana do Livramento e São Borja ocorreu apenas 01 caso importado em cada municipalidade (importando porque a contaminação ocorreu em cidade diversa), em Alegrete ocorreram 02 casos, sendo 01 importado e 01 autóctone (quando a contaminação ocorre no próprio município, o que significa que o vírus já se encontra circulante na localidade). Casos de Zika Vírus não foram registrados em nenhum dos 10 municípios; mas Santa Maria, cidade limítrofe a São Gabriel, já teve confirmação. Ocorrências de microcefalia, malformação congênita transmitida aos bebês pelas gestantes infectadas pelo Zika Vírus durante a gravidez, por sua vez, foram confirmadas em duas localidades, porém nenhuma delas próxima a região da UNIPAMPA.
Pelo breve quadro apresentado, é evidente a necessidade de manutenção de uma política institucional, aliada, preferencialmente, a um comportamento individual de cada servidor, de combate ao mosquito Aedes aegypti para o ano de 2017. Infelizmente, já temos o mosquito e alguns dos vírus por eles transmitidos presentes em nossa região; mas podemos, perfeitamente, enfrentar o vetor com medidas preventivas simples, todavia periódicas, de eliminação de potenciais focos de criadouros do malfadado mosquito.
Rafael Vargas Hetsper
Coordenador de Educação e Desenvolvimento Social da PROEXT
Presidente do Comitê Institucional da UNIPAMPA contra o Aedes aegypti
Para acessar o relatório com as ações desenvolvidas pelo Comitê Institucional da UNIPAMPA contra o Aedes aegypti ao longo do ano de 2016 clique no link abaixo:
Relatório do ano de 2016 – Comitê Institucional Aedes aegypti UNIPAMPA