Edição nº4 Agosto 2021 – Saúde mental durante a pandemia | Grupo PET Veterinária

Edição nº4 Agosto 2021 – Saúde mental durante a pandemia

  Saúde mental durante a pandemia 

    A atual pandemia do COVID-19 é uma realidade difícil que nos foi imposta desde 2020, com isso, ocorreram diversas situações em que as pessoas se sentiram sozinhas, ansiosas, deprimidas e sem esperança, afetando de diversas maneiras sua saúde mental. De acordo com estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e publicado pela revista The Lancet, no Brasil, os casos de depressão aumentaram cerca de 90% entre os meses de março e abril do ano passado. 

     Nesse sentido, pode-se classificar a evolução da saúde mental no cenário da pandemia em 3 fases: a primeira consiste no período inicial em que as pessoas tiveram que mudar sua rotina bruscamente e se adaptar a ficar mais tempo em casa, distante de amigos e familiares. Dessa forma, pessoas que já possuíam algum histórico com problemas de saúde mental, tiveram seu quadro agravado durante a pandemia, o que também pôde desencadear transtornos de ansiedade e transtornos depressivos em quem não possuía histórico. 

     Na segunda fase, houve uma adaptação à nova realidade imposta, entretanto, algumas pessoas que moram sozinhas sentiram as dificuldades do isolamento, enquanto aqueles que moram com grupos de pessoas, começaram a perceber algumas dificuldades na convivência que talvez antes passassem despercebidas. Dessa forma, ainda que houvesse problemas, inseguranças e medos, essa nova rotina se tornou normal. 

    Ademais, em seguida ocorreu uma fase de flexibilização, na qual algumas pessoas começaram a sair de casa para trabalhar, mas o medo de infectar outras pessoas e a si próprio acabou levando a uma dúvida emocional entre a vontade de sair de casa e o receio de se infectar com o vírus circulante. Consequentemente, isso corroborou para a ansiedade, uma vez que a insegurança foi ainda maior. 

     Assim, como disse o Dr. Jairo Bouer, “A pessoa vai ter que aprender a modular os riscos a que ela se expõe, entender esses riscos, e muitas vezes, dentro da sua própria casa, ou dentro da sua rotina, tem que se isolar um pouco em função de eventuais exposições.”


Autoria: Julia Severo