Galeria Intercultural Magliani

A Galeria Intercultural Magliani – GIM localiza-se na Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA Campus Jaguarão e foi inaugurada em 20 de novembro de 2017, Dia da Consciência Negra, em memória a Zumbi dos Palmares, uma data muito representativa para o município de Jaguarão. Maria Lídia dos Santos Magliani (Pelotas/RS 1946 – Rio de Janeiro/RJ 2012), pintora, desenhista, gravadora, ilustradora, figurinista, cenógrafa. Residiu em Porto Alegre desde 1950. Na década de 1960, cursou artes plásticas e pós-graduação em pintura na Escola de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, sendo a primeira mulher negra a ser formada pela instituição. Tendo suas artes voltadas às temáticas do empoderamento do corpo e da mulher. Nesse sentido, Magliani foia escolhida para ser a homenageada, por sua irreverência e luta, como nome da Galeria Intercultural. A homenagem tem o intuito de manter viva e visibilizar a história da artista, estimulando que mais mulheres produzam e façam arte. A exposição “Cartas e Impressões”, com as obras originais da artista, deu abertura ao ano letivo de 2018 na UNIPAMPA Jaguarão. Desde a sua criação, a GIM já promoveu diversas atividades como exposições, performances, instalações, oficinas, palestras, rodas de conversa e outras experimentações no campo das artes visuais, envolvendo todos os cursos do Campus e sempre a comunidade do entorno da UNIPAMPA, tendo como eixo principal a discussão sobre temáticas relacionadas à igualdade de gênero e o empoderamento feminino. Como programa de extensão, a Galeria foi concebida com o propósito de promover um diálogo mais artístico e integrador, entre docentes, discentes, técnicos e terceirizados e, também, entre a comunidade acadêmica e a  comunidade do entorno da UNIPAMPA, rompendo, assim, as possíveis barreiras de separação que possam existir entre elas, transformando e modificando conceitos e pré-conceitos através das linguagens artísticas, das artes plásticas e visuais.

Exposição Magliani – Cartas e Impressões

Encontro Mulheres e Direitos Sociais

O projeto de extensão “Nos diz respeito: diálogos sobre educação do campo e interseccionalidades” conta com financiamento do Programa de Apoio à Formação Continuada de Profissionais da Educação Básica (PROFOR) e promove espaços e tempos de discussão sobre gênero, sexualidade, relações étnico-raciais e relações de classe junto a estudantes e professores da educação do campo, estendendo-se para a comunidade universitária da Unipampa campus Dom Pedrito e comunidade pedritense em geral. Dentre os eventos promovidos pelo Projeto está o Encontro Mulheres e Direitos Sociais, tendo sua primeira edição realizada no ano de 2017, com o tema “A reforma da previdência em questão”. Tal encontro foi planejado em conjunto com o lançamento do Programa de Formação de Educadoras e Educadores do Campo, desenvolvido pelo Centro de Educação Popular e Pesquisa em Agroecologia (CEPPA), Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) e Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). O evento foi realizado no CTG Herança Paternal, em função do maior número de público participante, sendo a maioria educadoras de escolas do campo de Santana do Livramento-RS e de Candiota-RS. Também contamos com a presença de estudantes, docentes e técnicos administrativos do campus Dom Pedrito, bem como de autoridades do poder público do município. Dada a temática do evento, além de uma mesa de debate conduzida por mulheres trabalhadoras do campo e da cidade, foi organizado um espaço para crianças denominado de “Encontrinho”. Neste ano, o Encontro traz a temática “trajetórias das mulheres negras” e acontecerá na última semana de outubro, com a participação de pesquisadoras e militantes negras, dedicadas ao estudo da presença das mulheres negras na ciência e na literatura. Serão discutidos os temas da violência doméstica e do trabalho remunerado. Fazem parte do planejamento deste ano pesquisadoras e pesquisadores do grupo de pesquisa Tuna – Gênero, Educação e Diferença, que reúne professoras/es e acadêmicas/osdoscampi de Uruguaiana e Dom Pedrito.

Encontros com o Feminismo

De uma forma geral, pode-se dizer que o feminismo concebe uma sociedade sem hierarquia de gênero, ou seja, uma sociedade onde o gênero não é utilizado para conceder privilégios ou legitimar opressão. Ao longo do século XX desenvolveram-se diferentes ondas do feminismo acadêmico, ou seja, gerações dos projetos feministas (muitas vezes controversas). E desde os anos 2000 percebe-se uma expansão da consciência feminista que pode ser identificada desde os discursos das atrizes de Hollywood até a proliferação de coletivos feministas nas redes sociais, nas periferias, nas universidades e nas escolas. No entanto, apesar do movimento feminista ter iniciado com as reivindicações sufragistas no início do século XX, há ainda muito a ser construído em se tratando de sociedade igualitária. Em muitas funções, mulheres ainda recebem remunerações mais baixas que os homens ao exercer trabalho de mesma natureza; a cultura do estupro ainda é profundamente arraigada em nossa cultura, e a violência contra a mulher colocou o Brasil no 12º lugar no ranking mundial de homicídios contra a mulher. Em uma época de transformações contundentes como a nossa, a(s) teoria(s) feminista(s) tem um papel fundamental ao identificar as estruturas do poder patriarcal que estão sendo reafirmadas e/ou criadas e produzir estratégias para conceituar e questionar esses núcleos de domínio. O Curso de Extensão “Encontros como Feminismo”, que aconteceu de abril a junho de 2018, discutiu múltiplas abordagens feministas contemporâneas e o impacto das teorias feministas na formação docente. Também abordou temas relacionados ao feminismo, como a maternidade e a corporalidade, e tratou de abordagens acadêmicas (como a Retórica, os Estudos Literários e a Análise do Discurso) aplicadas às questões relacionadas ao feminino. O curso foi coordenado pela professora Fabiane Lazzaris (docente do Curso de Letras Línguas Adicionais UNIPAMPA) e as palestras foram ministradas pelas professoras Carolina Fernandes (docente do Curso de Letras Português UNIPAMPA), Cássia Rodrigues (Doutora em Linguística Aplicada pela UCPEL), Cristina Cardoso (docente do Curso de Letras Línguas Adicionais UNIPAMPA ), Mariane Rocha (mestranda em Literatura na UFPEL), Miriam Kelm (docente do Curso de Letras Português UNIPAMPA) e Kátia Vieira Morais (docente do Curso de Letras Línguas Adicionais UNIPAMPA). O curso contou com a participação de discentes de diversos cursos do Campus Bagé e participantes da comunidade em geral.

Gurias na Computação

A exclusão de mulheres em ambientes profissionais e estudantis, a falta de incentivo para seguirem carreira nas Exatas e a cultura masculina criada na Computação são alguns fatores citados para a área ter menos mulheres ao longo dos anos. Nesse contexto, a atividade Gurias na Computação foi criada para incentivar a participação feminina na área da Computação. A atividade é vinculada ao programa de extensão “Programa C: Comunidade, Computação, Cultura, Comunicação, Ciência, Cidadania, Criatividade, Colaboração” e tem como público-alvo alunas de escolas da Educação Básica e graduandas dos cursos da área da Computação do município. As ações voltadas às alunas da Educação Básica têm como objetivo apresentar a área da Computação como uma possibilidade para que elas desenvolvam suas carreiras profissionais e, dessa forma, ampliar o ingresso de meninas nos cursos da área. Já as ações voltadas para as graduandas têm como objetivo reduzir a evasão dos cursos de Computação, ampliando, assim, a participação feminina no mercado de trabalho da área de TI e também na academia. Dentre as ações que são realizadas, destacam-se os Encontros Gurias na Computação. O VI Encontro aconteceu no dia 19 de maio de 2018 e abordou o tema “Saúde Mental”. Nesse encontro, a pedagoga do Campus Alegrete, Luci Annee Vargas Carneiro, falou sobre como organizar o tempo pode melhorar a qualidade de vida e diminuir o estresse; representantes do sistema de saúde mental do município participaram de roda de conversa sobre ansiedade; e o educador físico Oreste Batista La Rosa demonstrou como os exercícios de TAI CHI podem ajudar em manter uma boa saúde mental. O encontro representou um espaço para escuta e fala de membros da comunidade acadêmica e externa sobre um tema extremamente relevante. Mais informações em:

https://www.facebook.com/guriasnacomputacao

Unipampa é destaque na mostra de vídeos do 37º Seurs

O trabalho do Campus Alegrete da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) “Motus #2: espalhando amor através da literatura”, recebeu destaque de melhor vídeo na área temática Cultural do 37º Seminário de Extensão Universitária da Região Sul (Seurs) que ocorreu nos dias 3 e 4 de julho de 2019, na Universidade Federal de Santa Catarina, no Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima, em Florianópolis.

A delegação da Unipampa foi organizada pela Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proext) e composta por pessoas de todos os campi, com o intuito de levar trabalhos de apresentação oral, vídeos, apresentação cultural e participar do encontro “Conversando a Extensão”. Segundo o Pró-reitor de Extensão e Cultura, Rafael Lucyk Maurer o objetivo do evento foi de promover o intercâmbio entre as Instituições Públicas de Ensino Superior da Região Sul, estimulando o diálogo interinstitucional, a troca de experiências entre docentes, discentes e comunidade e a mostra das ações extensionistas desenvolvidas pela Unipampa.

A 37ª Edição do Seurs trouxe uma novidade que foi a apresentação dos trabalhos em forma de vídeos, exibidos em totens eletrônicos distribuídos no Hall do Centro de Cultura e Eventos. Através desses totens, os participantes puderam acessar os vídeos de forma interativa. O trabalho do Campus Alegrete “Motus #2: espalhando amor através da literatura”, recebeu destaque de melhor vídeo na área temática Cultura, e foi representado pela Coordenadora Aline Mello e discente Amanda Fagundes Gobus Lopes.

Houve também a participação da Unipampa na parte de apresentações culturais, com o Projeto Música na Universidade, do Campus São Gabriel, o grupo musical Vitrola 220, que consiste em um encontro de pessoas, ritmos e diferentes vertentes musicais, com suas músicas autorais que versam sobre questões ambientais e sociais, animou o evento com uma apresentação musical.

 

 

“Há tempos não participava do Seurs. A viagem até Florianópolis foi uma jornada de reencontros e novas conexões. O evento, rico, diversificado, de preciosas reflexões. Muita arte, sensibilidade e afetos. Alegria também de poder presenciar a conquista da Motus #2, onde docentes e estudantes tão dedicados desenvolvem um trabalho sensível e em rede, com o apoio inestimável de avaliadores de Alegrete e de alcance internacional”, relatou a docente e coordenadora da Comissão Local de Extensão do Campus Alegrete, Amanda Meincke Melo.

Com o tema “Extensão e Inovação”, o seminário veio para reforçar o conceito de uma extensão universitária transformadora da realidade social, não se limitando apenas à formação de alunos, através da aplicação de conhecimentos e práticas além da universidade, gerando valor e permitindo que a sociedade possa se beneficiar de criações e inovações desenvolvidas no âmbito universitário, ajudando a resolver problemas sociais e mercadológicos. Foram sugeridos temas de tendências da inovação para se explorar com a extensão universitária: Futuro do Trabalho, Novas Tecnologias, Pensamento Pós-digital e Metodologias de Exploração de Futuro.