Em 23 de julho de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o atual surto de monkeypox (varíola dos macacos) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Deste modo, é fundamental conhecer a doença, suas especificidades e modos de tratamento.
➡ Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a varíola dos macacos é uma zoonose causada pelo vírus monkeypox, do gênero Orthopoxvirus, pertencente à família Poxviridae. Existem duas cepas geneticamente distintas do vírus da varíola dos macacos: a cepa da Bacia do Congo (África Central) e a cepa da África Ocidental. As infecções humanas com a cepa da África Ocidental parecem causar doença menos grave em comparação com a cepa da bacia do Congo. O período de incubação da doença é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias, segundo a OMS.
⚠️ A transmissão pode ocorrer por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. A transmissão de humano para humano ocorre entre pessoas em contato físico próximo com casos sintomáticos.
O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.
📌 A OMS descreve diferentes quadros com base nos sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. É considerado caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente bolhas na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.
Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico de orthopoxvirus na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida ao vírus.
Casos confirmados ocorrem quando há confirmação laboratorial para o vírus da varíola dos macacos por meio do exame PCR em tempo real ou sequenciamento.
Não há tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da varíola dos macacos. Os sintomas costumam desaparecer espontaneamente, sem necessidade de tratamento. O Ministério da Saúde ressalta que a doença pode se agravar em alguns indivíduos, como crianças, mulheres grávidas ou pessoas com imunossupressão devido a outras condições de saúde. 💊🩺
🔖 Em alguns casos, a atenção clínica deve ser otimizada ao máximo para aliviar os sintomas, manejando as complicações e prevenindo as sequelas em longo prazo. É importante cuidar da erupção deixando-a secar, se possível, ou cobrindo-a com um curativo úmido para proteger a área, se necessário. Evitar tocar em feridas na boca ou nos olhos. Enxaguantes bucais e colírios podem ser usados desde que os produtos que contenham cortisona sejam evitados. Segundo a OPAS, um antiviral desenvolvido para tratar a varíola foi aprovado em janeiro deste ano.
Para prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante higienizar as mãos, lavá-las com água e sabão ou utilizando álcool gel.
✅ A Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) ressalta que, infelizmente, em nosso país já tivemos o registro de muitos casos da doença, por isso é primordial ficar atento aos sintomas que inicialmente podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. Poucos dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, nos pés, no peito, no rosto ou em regiões genitais.
Se perceber alguma das alterações em seu corpo, é essencial buscar avaliação no serviço de saúde e, se for necessário, cumprir o tratamento recomendado. 😉