O Projeto de Ensino Educação para as Relações Étnico-Raciais: noções básicas, estratégias e desafios criado durante a Pandemia de Covid-19 surge da inquietação das bolsistas do Programa de Educação Tutorial- Produção e Política Cultural (PET-PPC) e membras do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas- Maria Cezarina Cardozo (NEABI-Mocinha) Athemis Fonseca e Amanda Alves que identificaram a necessidade de aprofundar os estudos dessas temáticas em toda a Universidade Federal do Pampa. A ideia foi apresentada à coordenadora do NEABI- Mocinha, Profa. Dra. Giane Vargas e a partir daí deixou de ser uma ideia e passou a se tornar um projeto! As alianças foram firmadas e o projeto atenderá a 5 (cinco) grupos da Universidade Federal do Pampa nesta primeira edição: @pet-ppc, @letraspet, Pibid- História (Jaguarão), Pibid- Ciências Humanas (São Borja) e o próprio @neabimocinha. Os encontros ocorrerão uma vez por mês (abril-dez/2021) e contará com nomes de pesquisadores especialistas nos estudos de educação para as relações étnico-raciais e terá como atividade fim a produção de uma cartilha de orientações básicas para a educação das relações étnico-raciais.
Gostaríamos de apresentar a vocês a sua identidade visual.
A identidade visual foi construída a partir da sugestão das integrantes do @neabimocinha, Ariane Andrade e Caroline Belchior. Que pensaram em trazer os contadores de histórias africanos, conhecidos aqui como Griôs e o Adinkra dos povos Acãs que representa a ideia de “Aprender com o passado”.
À Athemis Fonseca ficou incumbida a tarefa de transformar essas ideias em um símbolo representativo.
“Me inspirei na querida Dona Sirley, Griô de Pelotas, que esteve conosco no IV Copene Sul em 2019 aqui em Jaguarão, na Universidade Federal do Pampa. E veio a falecer no ano de 2020, deixando um grande legado e se tornando uma ancestral. Procurei trazer elementos que a representassem. Como ela trabalhava com costura, trouxe a linha, a agulha e o carretel de linhas. Pensei em trazer o adinkra de uma forma não tão óbvia e que simbolizasse a ideia de “aprender com o passado”, por isso ele se manifesta nas agulhas que formam o rosto da nossa Griô, chamando a atenção para a oralidade e no carretel de linhas em sua cabeça onde o apresento novamente, quase como um adorno em formato de coração que acredito que representa muito a pessoa amável que foi a Dona Sirley. A nossa Griô é formada por essa linha que passa por sua cabeça e finaliza-se no carretel, onde um fio cai e evidencia o “ERER” (educação para as relações étnico-raciais). Assim, como quem tece ideias, segredos de sobrevivência, guardados em nosso Orí e passados de geração em geração.”
“Nossos passos vêm de longe!”