Universidade: do acesso a permanência

O projeto “Universidade e Comunidade: Do Acesso à Permanência” possui dois objetivos centrais: 1. Contribuir para ampliar o conhecimento da comunidade de Itaqui-RS sobre as práticas exercidas dentro da universidade com ênfase nas atividades de extensão, já que segundo Rollember (2005), ao longo dos séculos a Universidade passou a assumir papéis sociais cada vez mais marcantes indo além da produção de conhecimento, da formação profissional e da atividade de extensão.Desse modo, esta proposta é desenvolvida através de atividades na comunidade, em especial nas escolas da rede pública de educação, através de espaços de discussões, diálogos e demonstrações do que é desenvolvido na UNIPAMPA.  Trabalhamos de forma didática fazendo uso de tecnologias áudio visuais, contextualizando com o aprendizado obtido dentro da instituição por intermédio dos docentes da Universidade. Buscamos com isso colaborar para que os futuros estudantes acessem mais informações do que lhes aguardam quando estiverem inseridos efetivamente no ensino superior. Implementamos isto através da colaboração de professores da rede pública municipal e estadual do município 2. Objetivamos também colaborar com o aprendizado na UNIPAMPA, através de atividades internas de extensão como minicursos, palestras, oficinas etc., com discentes e docentes. Buscamos com essas atividades colaborar para a construção da interdisciplinaridade, ou seja, visando abranger as diversas áreas de conhecimento presentes no campus e consequentemente auxiliar para a qualificação do processo de ensino e aprendizagem acadêmica. Para isso, são desenvolvidas atividades extracurriculares capazes de colaborar para o aperfeiçoamento das normativas do meio acadêmico o qual estamos inseridos, além de buscarmos capacitar intelectualmente os estudantes, para que ocorra uma ampliação dos conhecimentos e permanência na Universidade. O projeto Universidade: do acesso a permanência é executado por três professores, 11 estudantes e dois Técnicos Administrativos em Educação da Unipampa, além de educadores da rede pública estadual de Itaqui. Envolve ao todo 300 pessoas, considerando todos os estudantes que participam das atividades formativas.

INTEGRAÇÃO DE SABERES NO TEMPO UNIVERSIDADE DO CURSO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO – 2019

O Curso de Educação do Campo – Licenciatura da Unipampa – campus Dom Pedrito trabalha o percurso formativo de forma a agregar diferentes visões/saberes. Baseia-se em eixos articuladores que têm a função de garantir uma formação com base na transversalidade e a interdisciplinaridade visando formar para docência, pesquisa, política e gestão, a transversalidade garante que a formação perpasse todo o percurso curricular (UNIPAMPA, 2016).
Neste sentido, é desafiador desenvolver uma proposta de extensão que, articulada com o ensino e a pesquisa, o qual tivesse como foco múltiplas linguagens e experiências junto à comunidade pedritense, exigiu um olhar, uma concepção ampla sobre produção do conhecimento.
Deste modo, compreendendo o papel da curricularização da extensão nos processos de formação de professores, bem como o lugar fundamental dos conhecimentos populares na prática da/do docente da educação do campo, delineamos uma proposta de “acolhimento do semestre letivo 2019 Verão”, pautada em distintas formas de perceber o mundo.
Nesta perspectiva foram eleitos como objetivos das ações de extensão: (i) proporcionar espaços de diálogos sobre diferentes perspectivas na formação de professores; (ii) Trazer outras perspectivas formativas à Educação do Campo e (iii) realizar o acolhimento dos estudantes para o semestre letivo 2019 – verão.
Considerando o regime pedagógico, as diferentes formas de aprender e ensinar e na tentativa de atender aos objetivos propostos realizou-se três ações, ao longo dos meses de janeiro e fevereiro de 2019. Assim, houve o acolhimento dos acadêmicos, uma palestra “Formação em Educação do Campo” e o evento com o cantor e compositor Pedro Munhoz. A construção das atividades se deu em diálogos com a comunidade.
Com estas ações, formativas teve-se a possibilidade de trabalhar questões sociais que envolvem a comunidade local de forma que os discentes ao longo de seu processo de formação foram incentivados a refletir e sistematizar suas aprendizagens confrontando teoria e realidade.

Oficinas Plataforma Arduino

A plataforma Arduino compõem-se de um hardware aberto e de um software também aberto, com o propósito básico de difundir a automação eletrônica para todas as áreas do conhecimento. Um dos setores pioneiros a adotar a plataforma Arduino, foi a de Moda (LilyPad Arduino; http://leahbuechley.com/). A plataforma arduino está se difundindo rapidamente no contexto educacional pela sua simplicidade, facilidade e flexibilidade de uso, não somente nas áreas de engenharias e exatas, mas também nas de humanas. Os professores Pedro F.T. Dorneles, Edson M. Kakuno (Licenciatura em Física do Campus Bagé) têm trabalhado com o Arduino desde 2013. Foram desenvolvidas atividades junto às escolas de Bagé e Candiota através do Projeto PIBID-Física-Bagé e do programa de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências. Também foram desenvolvidas várias Oficinas da Plataforma Arduino: nos Campi Bagé e de Caçapava do Sul da Unipampa, na URCAMP de Bagé e no 9º. SIEPE. As oficinas com até 30 participantes (a equipe executora dispõe de material para até 10 grupos), com duração de um período (4 horas). A maior parte das oficinas foram a nível introdutório, composto por uma breve apresentação geral da plataforma Arduino, seguido de pequenas práticas. Foram desenvolvidas algumas oficinas a nível avançado, como a de controle por PID. Ressalta-se que tanto a organização das oficinas bem como o desenvolvimento delas só foi possível devido à colaboração de diversos discentes (Rédi V. dos Santos Rosa – Engenheiro de Computação; John W. B. de Araujo – Licenciado em Física; Daniel F. C. Ferrando – Licenciando em Física; citando uns poucos dos vários que contribuíram), do TAE Januário Dias Ribeiro, do prof. Luiz Antonio Dworakowski, da EEEM Jerônimo Mercio da Silveira (Candiota), dentre outros professores da rede pública.

MULHERES SEM FRONTEIRAS: Articulando a Rede no Enfrentamento e Atendimento à Violência Contra a Mulher no Município de São Borja – RS

É um espaço de estudos, pesquisas e extensão, que diz respeito à questão de gênero como tema de políticas públicas na área de educação e do serviço social. A segunda perspectiva diz respeito ao fenômeno da violência contra a mulher, um dos motivos da criação do Programa, sendo um dos temas principais de discussão nos diferentes espaços de atuação. Além disso, o Programa, ao apresentar uma perspectiva de promoção de educação para a equidade, traz como meta norteadora de suas atividades, o resgate, a valorização e a consideração dos vários grupos que compõem a sociedade brasileira, mais especificamente aquelas que, ao longo do processo de formação da nação, foram excluídas e marginalizadas do processo de cidadania formal. Atualmente, o Programa conta com várias ações:
1. Projeto Fala Sério, que realiza oficinas sobre bullying, gênero, diversidade, dentre outros temas, nas escolas da rede pública;
2. O projeto Pegada Segura, realiza ações sobre os direitos sexuais e reprodutivos, com rodas de conversa, e distribuição de insumos (preservativos femininos e masculinos e gel lubrificante) nos banheiros do campus;
3. O evento Seminário (Des) Fazendo Saberes na Fronteira;
4. Pesquisa-ação;
5. Palestras. Nos últimos quatro anos realizou-se diversas ações, tais como: formação continuada, minicursos, oficinas, campanhas dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres; campo de estágio do curso de serviço social; Formação dos membros da equipe executora sobre diversidades culturais, gênero e étnico-raciais, publicações diversas, sempre em conjunto com os bolsistas, como dois e-books, cartilha, resumos, artigos, capítulos de livros.
Desse modo, o Programa é um campo de estudos e intervenções que contemplam ações que contribuam para a construção da cidadania, tomando como princípio orientador de sua prática uma perspectiva plural.

Mapa da violência e acesso à justiça mulheres em situação de violência em Santana do Livramento

O projeto de extensão desenvolvido no campus de Santana do Livramento tem como problema a análise da desigualdade de gênero e sua relação com o arcabouço legislativo e o funcionamento do sistema de justiça, identificando disfuncionalidades e/ou boas respostas do aparato público para combater a desigualdade provocada pelo marcador social da diferença “gênero”. O projeto dividiu-se em dois momentos: no ano de 2017 foi analisada a forma como as instituições do sistema de justiça filtram os casos de violência contra a mulher. A equipe extensionista analisou os arquivos da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, identificando as violências mais recorrentes e as idiossincrasias dos registros feitos pelos agentes. No ano de 2018, as informações foram compiladas, o que possibilitou traçar o mapa da violência contra a mulher no Município de Santana do Livramento, informação considerada nuclear para o desenvolvimento de políticas públicas de combate à violência de gênero. No curso do projeto, percebeu-se que o município não possui monitoramento nem estatísticas sobre a violência contra a mulher, o que torna inviável a implantação de futuras políticas públicas locais efetivas que visem o combate à violência contra a mulher. Dentre outras conclusões, as extensionistas perceberam que os agentes públicos não possuem formação adequada sobre a violência contra a mulher e que as vítimas não são atendidas em locais reservados quando se dirigem à Delegacia, o que expõe e constrange ainda mais as mulheres vítimas, já em situação de vulnerabilidade. O projeto foi coordenado pela Profª. Drª. Vanessa Schinke, docente do Curso de Direito.