A Universidade Federal do Pampa (Unipampa) está intensificando os esforços para aumentar a produção de álcool 70º com e sem glicerina. A iniciativa é uma das muitas ações desenvolvidas pela instituição no combate à disseminação da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus – SARS-Cov-2. Nesta semana, os campi Dom Pedrito e Itaqui somam-se aos de Bagé, Caçapava do Sul e Uruguaiana na produção de álcool.
Em Dom Pedrito, a produção de álcool 70º com e sem glicerina começou na quarta-feira, 8, nos laboratórios do campus e contou com o apoio dos servidores técnico-administrativos em educação. Somente no primeiro dia, foram produzidos 74 litros de álcool 70º e 82 litros de álcool glicerinado. A estimativa é de alcançar, na primeira fase, cem litros do antisséptico glicerinado e 200 litros de álcool 70º.
O Campus Dom Pedrito recebeu 300 litros de álcool e o Campus Itaqui 400 litros, que foram retirados, na segunda-feira, 6, no Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O produto foi transportado até as unidades por meio de tanques disponibilizados pelo curso de Enologia do Campus Dom Pedrito da Unipampa. A população também tem dado a sua contribuição. Como o campus não tinha embalagens para o acondicionamento do produto, a comunidade acadêmica e a local mobilizaram-se para a arrecadação.
O Campus Itaqui já havia iniciado a sua produção. No começo desta semana, a Universidade contou com o apoio do Exército Brasileiro, por meio da Brigada de Cavalaria Mecanizada, para realizar o transporte de mil litros de álcool da cidade de Porto Xavier até Itaqui. Professores e técnicos-administrativos em educação estão trabalhando na produção do álcool 70º com e sem glicerina.
Por que o uso de álcool 70 no combate ao novo coronavírus?
O álcool etílico 70º INPM (Instituto Nacional de Pesos e Medidas) é composto de 70% em massa de álcool e 30% em massa de água, atingindo a camada protetora do vírus, funcionando, assim, como um bactericida. Quando as porcentagens de etanol são maiores como, por exemplo, concentração de 99,6º, o álcool evapora mais rápido, sendo, portanto, menos eficaz no combate ao vírus.
Por Franceli Couto Jorge – Assessoria de Comunicação Social (ACS)