Unipampa analisa cenários da Pandemia de Coronoavírus em Bagé

Um estudo realizado por servidores da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) pretende orientar as possíveis medidas durante a Pandemia de Covid-19 adotadas pela prefeitura de Bagé, município com 120 mil habitantes e 28 pessoas com teste para a doença positivado. A cidade já registrou a transmissão comunitária de Coronavírus entre a população.

De acordo com o projeto, estudos mostram que uma epidemia se apresenta na forma de ondas, onde cada onda é caracterizada por um surto. No século 20, o mundo experimentou três pandemias de gripe: a “gripe espanhola” do H1N1 de 1918, a “gripe asiática” do H2N2 de 1957 e a “gripe de Hong Kong” do H3N2 de 1968. A primeira pandemia de gripe do século 21 ocorreu em 2009 e foi causada por um vírus da gripe H1N1 de origem suína. Durante cada uma dessas quatro pandemias, os Estados Unidos sofreram várias ondas, onde o número de infecções e mortes exibia picos temporais bem afastados com uma separação da escala de tempo dos meses.

“Nosso trabalho vai ser subsidiar as informações para a Prefeitura sobre algumas tomadas de decisão que possa vir a ter, tais como aumentar o distanciamento social, campanhas para que a população tenha mais cuidados com a saúde. Além disso, informações sobre o sistema de saúde, se ele pode comportar ou não os casos graves de Covid-19 no nosso município”, explicou o professor da Unipampa, Guilherme Goergen.

Segundo o professor da Unipampa, Anderson Bihain, o estudo pretende realizar simulações em relação ao espalhamento do Sars-Cov2, estimando a capacidade hospitalar e as possíveis consequências que o município pode sofrer a partir de cada decisão tomada pelo poder público. “Com tudo isso estamos nos reunindo periodicamente com o secretário da Saúde de Bagé, Mário Mena, e esporadicamente o prefeito, Divaldo Lara, onde estamos trazendo resultados que refletem diretamente nas medidas adotadas pela prefeitura através de decretos”.

A colaboração do grupo de trabalho formado por servidores da Unipampa com o poder público municipal é feita de forma voluntária, iniciando pelo contato dos docentes com o secretário de Saúde de Bagé para obtenção de dados para corroborar com a pesquisa, o que causou o interesse de Mena para mais uma fonte de informação. O trabalho já tem duração de quatro semanas.

Com o estudo, a Unipampa pretende estimar com maior fidelidade a expectativa de contaminados, imunizados, curados e mortes em cada período de tempo; Estimar o erro na identificação e contagem de indivíduos contaminados; Análise de dados constantemente; Prever o comportamento e possibilidade de novos surtos; Estimar a capacidade hospitalar necessária e como a epidemia se comportará diante da infraestrutura existente.

Periodicamente a equipe da Unipampa se reúne com as autoridade municipais de saúde para informar do estudo. Foto: divulgação

 

Por Tamíris Centeno Pereira da Rosa – Assessoria de Comunicação Social (ACS)