10 de novembro é Dia Mundial do Ceratocone!

🗓 Hoje é Dia Mundial do Ceratocone! 👁
 
➡ Essa data foi criada em 2016 pela National Keratoconus Foundation (NKCF), visando conscientizar e informar sobre o ceratocone, doença genética rara, de caráter hereditário e evolução lenta. Sua principal característica é a redução progressiva da espessura da parte central da córnea – camada fina e transparente que recobre toda a frente do globo ocular -, que é empurrada para fora, formando uma saliência com o formato aproximado de um cone.
 
Costuma surgir na infância, na adolescência ou no início da vida adulta e pode progredir por 30 anos. A causa exata da doença ainda é desconhecida, porém é possível que as alterações na superfície da córnea sejam resultado de inúmeros fatores que contribuem para a perda de elementos estruturais dessa membrana e vão desde o decréscimo no aporte de colágeno até o ato de esfregar ou coçar os olhos com frequência.
 
📌 O risco do desenvolvimento da doença é maior nos pacientes alérgicos, pois sentem muita coceira nos olhos. Também pode estar presente em pessoas com Síndrome de Down ou com alterações oculares congênitas, como a catarata e a esclerótica azul – parte branca do olho.
 
⚠️ Há casos de pessoas com histórico familiar da doença que apresentam um quadro de ceratocone subclínico, sem sintomas. No entanto, quando eles aparecem, variam de acordo com a fase da doença. O mais característico é a perda progressiva da visão, que se torna borrada e distorcida – tanto para longe quanto para perto – e obriga a aumentar com frequência o grau das lentes dos óculos até que a solução é substituí-los por lentes de contato, que podem ser de diferentes tipos.
 
📍 Outros sintomas incluem:
  • sensibilidade à luz – fotofobia -;
  • comprometimento da visão noturna;
  • visão dupla – diplopia -;
  • formação de múltiplas imagens de um mesmo objeto – poliopia – ou de halos ao redor das fontes de luz;
  • dor de cabeça;
  • coceira excessiva.
Nas fases iniciais, quando a deformação da córnea não é grave, o uso de óculos é suficiente para recuperar a acuidade visual. No entanto, à medida que o ceratocone evolui, os óculos precisam ser substituídos por lentes de contato, que ajudam a ajustar a superfície anterior da córnea e a corrigir o astigmatismo irregular provocado pela deformidade.
 
Outras opções de tratamento são os anéis intracorneais ou intra estromais, chamados anéis de Ferrara, que são utilizados para regularizar a curvatura da córnea, quando os óculos e as lentes de contato não produzem mais o efeito desejado. Há, ainda, o crosslinking, uma intervenção que tem por objetivo fortalecer as moléculas de colágeno da córnea para evitar que ela continue abaulando. A técnica consiste em raspar a superfície da córnea, para depois aplicar um colírio à base de vitamina B2 – riboflavina – e, em seguida, um feixe de luz ultravioleta.
 
Embora o ceratocone seja uma causa frequente de transplante de córnea, ele só é indicado em um número pequeno de casos mais graves, quando os pacientes deixam de responder bem às outras formas de tratamento. Quando o tratamento adequado é feito a tempo, menos de 10% dos casos evoluem para transplante.
 
🔖 Por ser uma doença de caráter genético e hereditário, não se conhecem maneiras de prevenir o aparecimento do ceratocone. Todavia, é possível controlar a evolução da doença nas pessoas geneticamente predispostas, corrigindo o hábito de coçar os olhos, tratando a rinite alérgica, as alergias dermatológicas e a asma, por exemplo, que podem causar a coceira. É importante, também, avaliar as condições de adaptação e higiene das lentes de contato, se for o caso.
 
✅ No Dia Mundial do Ceratocone, a Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) ressalta que é primordial que crianças e adolescentes consultem regularmente o oftalmologista, principalmente se existirem casos de ceratocone na família. O diagnóstico precoce é fundamental para controlar a progressão da doença e preservar a acuidade visual. 😉
 
Olhos atentos para o ceratocone! 👁