Em 1988, o dia 1º de dezembro foi instituído pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas e Organização Mundial da Saúde como Dia Mundial de Luta contra a AIDS, causada pelo vírus HIV. No Brasil em 2017, por meio da Lei 13.504, foi instituída a Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/AIDS, denominada Dezembro Vermelho.
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, que é caracterizado como um retrovírus da família Lentiviridae. O vírus ataca o sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo. Atinge mais os linfócitos T CD4+, altera o DNA da célula e faz cópias de si mesmo. Após essa multiplicação, ocorre o rompimento dos linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Vale lembrar que ter HIV não é igual a ter AIDS, pois existem pessoas soropositivas que podem viver assintomáticas e sem o desenvolvimento da doença por anos. No entanto, podem transmitir o vírus a outras pessoas por meio de relações sexuais sem proteção, compartilhamento de seringas contaminadas ou de forma vertical: de mãe para o filho durante a gravidez e amamentação, caso não sejam tomadas as medidas de prevenção.
Os sintomas mais comuns da infecção por HIV são febre constante, manchas na pele, diarreia constante, calafrios e perda de peso. É essencial realizar a testagem para avaliação e diagnóstico precoce.
O Ministério da Saúde reforça as formas de transmissão do vírus:
→ Assim pega: sexo vaginal sem camisinha, sexo anal sem camisinha, sexo oral sem camisinha, uso de seringa por mais de uma pessoa, transfusão de sangue contaminado, da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação; e instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
→ Assim não pega: sexo com uso correto da camisinha, masturbação a dois, beijo no rosto ou na boca, suor e lágrima, picada de inseto, aperto de mão ou abraço, sabonete/toalha/lençóis, talheres/copos, assento de ônibus, piscina, banheiro; doação de sangue e pelo ar.
Como forma de prevenção é importante o uso de preservativos durante qualquer forma de relação sexual, não compartilhar seringas e agulhas e no caso de ter tido algum tipo de exposição, procurar um serviço de saúde no qual serão realizados avaliação clínica e testagem. No caso de gestantes, é fundamental a realização do teste durante o acompanhamento de pré-natal. Se você estiver grávida, exija o teste!
Ressalta-se também a importância da Profilaxia Pós-Exposição (PEP), um tratamento com antirretroviral por um período de 28 dias para evitar que o vírus sobreviva e se multiplique no organismo da pessoa. A PEP deve ser iniciada logo após exposição e em até 72 horas e é indicada nos casos em que pode ter ocorrido contato com o vírus em situações como: violência sexual, relação desprotegida (sem uso de preservativo ou nos casos em que houve rompimento do mesmo) e em acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou em contato direto com material biológico).
A testagem para detecção do HIV é ofertada pelo Sistema Único de Saúde, por meio de testes rápidos e exames de sangue. O teste rápido pode ser realizado nos serviços de saúde como unidades básicas, Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e até mesmo em alguns hospitais. Os testes detectam a resposta imunológica ao vírus, por isso é importante esperar de 30 a 90 dias para obter maior precisão no resultado do exame. Se houver a confirmação do diagnóstico, será realizado acompanhamento de forma gratuita pelo SUS, bem como prescrição de medicamentos específicos para o HIV/AIDS.
A Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas reitera a importância da prevenção ao HIV/AIDS, bem como a busca pela detecção e tratamento adequados, tanto para melhoria de qualidade de vida da pessoa portadora do vírus quanto para evitar a transmissão aos demais. Não tenha vergonha, procure uma unidade de saúde e faça o teste!