Investigação que realizamos para avaliar o efeito da velocidade de marcha sobre parâmetros da pressão plantar em idosos com osteoartrite unilateral de joelho aceita para publicação na Revista Brasileira de Reumatologia.
Alterar a velocidade da marcha é uma estratégia comum para manipular a intensidade de exercício de caminhada, mas pode repercutir em maior impacto e consequente sobrecarga articular. Neste estudo analisamos os efeitos do aumento da velocidade da marcha sobre a pressão plantar e assimetrias na marcha em idosos com osteoartrite (OA) unilateral de joelho. Doze idosos com OA unilateral de joelho caminharam por um corredor de 10 m onde pisavam em um tapete instrumentado para medidas de pressão plantar. Cada participante caminhou cinco vezes em três diferentes velocidades auto-selecionadas (preferida, lenta e rápida). Os resultados foram comparados entre as velocidades e entre os membros inferiores. As velocidades avaliadas diferiram entre si (P<0,05). A pressão média e o pico de pressão aumentaram com as mudanças entre a velocidade lenta e rápida (P<0,05); a velocidade do centro de pressão aumentou, e o tempo de apoio simples diminuiu com o aumento da velocidade (P<0,05). Assimetrias não foram observadas entre o membro acometido e o contralateral. O aumento na velocidade da marcha lenta para rápida em sujeitos com OA unilateral afeta a pressão plantar tanto no membro acometido quanto no contralateral, sem a observação de assimetrias. Dessa forma, estes pacientes não apresentaram adaptações específicas, nas variáveis que medimos, para o membro acometido em resposta ao aumento da velocidade da marcha.