O mês de agosto é dedicado à intensificação das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. O dourado faz alusão à definição da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o leite materno: alimento de ouro para a saúde dos bebês. Ele sacia a fome e impulsiona a viver. É, naturalmente, indispensável nos primeiros momentos da existência.
Desde 1992, celebra-se a Semana Mundial do Aleitamento Materno, entre os dias 01 e 07 de agosto. A cada ano, um tema ou ângulo sobre essa questão é ressaltado para que sempre possamos nos recordar e aprender como o leite materno e a amamentação fazem a diferença na promoção da saúde da criança, no vínculo familiar, na educação e até no âmbito empresarial e financeiro. Todos esses temas sempre exerceram apelo global, salientando a importância e a responsabilidade de todos (governo, sociedade, empresa, profissionais de saúde e mídia) no estímulo ao processo de amamentação e inclusive nos direitos das mulheres em seus empregos.
Não deixamos de ressaltar também a relevância do impacto familiar, das normas que regulamentam a publicidade e protegem o aleitamento, das leis trabalhistas e dos direitos das crianças de receber uma alimentação padrão-ouro.
O Brasil tem, em média, 54 dias de amamentação exclusiva, o que é considerado um tempo muito baixo pelos padrões internacionais, que recomenda pelo menos 6 (seis) meses com leite humano exclusivamente e entre 6 (seis) meses e até os 2 (dois) anos com leite humano complementado por outros alimentos. Segundo relatório de 2017 da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o Coletivo Global da Amamentação, no Brasil, apenas 38,6% das crianças com até 6 (seis) meses de idade é alimentada exclusivamente com leite materno. O levantamento apontou ainda que se todas as crianças fossem amamentadas desde o nascimento até os 2 (dois) anos de idade, pelo menos 800 mil mortes de crianças poderiam ser evitadas em todo mundo anualmente.
As mulheres têm o direito assegurado de amamentarem seus filhos em locais públicos e privados, abertos ao público ou de uso coletivo. Mesmo havendo espaço reservado para amamentação nos estabelecimentos, cabe somente às mães decidir se querem ou não utilizar o local. Atitudes voltadas a segregar, discriminar, reprimir ou constranger mãe e filho no ato da amamentação serão consideradas como ilícito civil. Para os bebês, o aleitamento materno significa ter alimentação de qualidade, de fácil digestão, sempre na temperatura certa e com todos os nutrientes necessários. O próprio ato de sugar o peito traz benefícios, auxiliando no desenvolvimento da arcada dentária do bebê, da fala e da respiração.
A amamentação é reconhecida como a maneira mais eficiente de prevenir doenças infecciosas no início da vida. A transferência de imunoglobulinas antimicrobianas maternas por meio do leite materno confere imunidade passiva à criança amamentada enquanto seu sistema imunológico está amadurecendo. A amamentação exclusiva nas primeiras semanas após o parto e a continuidade do aleitamento materno (exclusivo ou parcial) por pelo menos 3 (três) meses, preferencialmente por 6 (seis) meses, pode reduzir a morbidade por doença infecciosa em lactente, assim como pode ajudar a diminuir a incidência de leucemia na infância, além de outros benefícios para a saúde de crianças e mães. Atitudes bem orientadas durante a gravidez e no pós parto podem aumentar o grau de consciência das mães na duração e permanência do aleitamento materno.
Assim é o leite materno: a base da vida. A recomendação mundial é de que o aleitamento deve ser exclusivo até o 6 (seis) meses e complementado com adição de alimentos variados até os 2 (dois) anos ou mais. Afinal, amamentar é um ato de amor sem limites!
Na Unipampa, além dos 120 dias de afastamento (Licença à Gestante), a servidora lactante tem direito à redução da jornada de trabalho em uma hora, consecutiva ou dividida em dois intervalos de 30 (trinta) minutos, para amamentar seu filho, até que este complete 06 (seis) meses de idade. Esta também tem direito à prorrogação da Licença à Gestante de que trata o Decreto 6.690/2008, a qual será garantida àquela que requeira o benefício até o final do primeiro mês após o parto e terá duração de 60 (sessenta) dias, iniciando-se no dia subsequente ao término da vigência da licença. Para isso, deve ser aberto o processo “Licença à Gestante/Adotante – Prorrogação”, no SEI. Aquela que não fizer o pedido da prorrogação no prazo previsto não terá direito à prorrogação da licença.
Incentivo
Com o agosto dourado, diversas instituições, incluindo poder público, hospitais, sociedades de classe e organizações não-governamentais se unem em prol do incentivo à amamentação. A mobilização inclui ações como campanhas na mídia, reuniões, divulgação em espaços públicos e iluminação ou decoração de espaços com a cor dourada. A ideia é mostrar a importância do leito materno para a saúde do bebê e incentivar as mães a amamentarem durante mais tempo.
A Unipampa, através de Coordenadoria de Qualidade de Vida do Servidor, realizará no campus Uruguaiana algumas atividades alusivas a esta data, dentre elas uma Mesa Redonda com participação de docentes, TAEs e público em geral, com o tema “Amamentação, parentalidade e trabalho: Conflito de interesses ou novos rumos para uma instituição inclusiva?”, que acontecerá no dia 30 de agosto às 14h30min.
A hora do “mamaço” na Unipampa
Uma das estratégias para incentivar o aleitamento materno é a organização de um momento mágico, de confraternização, troca de experiências, alegria, promoção de saúde e afeto. O evento reunirá mães, pais, bebês, profissionais de saúde e famílias para lembrar que o aleitamento é livre e deve ser apoiado por todos. Acontecerá no dia 30 de agosto, no campus Uruguaiana, às 16h.