
Em continuidade ao Maio Furta-Cor, mês de conscientização da saúde mental materna, a Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) compartilha com você a segunda parte da campanha sobre depressão pós-parto. Esse material tem por finalidade refletir e divulgar essa importante condição relacionada ao puerpério e que tem impacto (social, afetivo e cognitivo) na saúde da mãe e do bebê. A seguir, você encontrará informações a respeito do diagnóstico, tratamento e prevenção da depressão pós-parto.
Antes de dar seguimento, relembramos que a depressão pós-parto é uma condição de profunda tristeza, desespero e falta de esperança que ocorre nas primeiras semanas do puerpério. Em alguns casos, pode evoluir para psicose pós-parto. Se você tiver alguma dúvida e quiser relembrar as informações da primeira parte de nosso material, clique aqui.
Como é realizado o diagnóstico da depressão pós-parto?
É feito com base em avaliação clínica por meio da observação dos sintomas e em situações específicas. Todavia, o profissional poderá solicitar alguns exames para descartar outras doenças, verificar a presença de disfunção da tireóide ou outros tipos de hormônios no organismo e/ou aplicar questionários que ajudem a elucidar se trata-se de uma depressão pós-parto, depressão anterior ou algum outro transtorno. Salienta-se que, para ser caracterizada como depressão pós-parto, os sintomas devem surgir em até quatro semanas após o nascimento da criança.
Existe tratamento para a depressão pós-parto?
O tratamento é realizado de acordo com a peculiaridade de cada caso e inclui o uso de medicamentos (prescritos por profissionais capacitados), psicoterapia, fortalecimento da rede de apoio familiar, suporte de doulas, do parceiro e/ou de amigos. Para ajuda especializada, é importante o acompanhamento com psiquiatras e psicólogos especialistas no tema para que possam traçar estratégias que serão essenciais para o êxito no tratamento.
Outras alternativas também auxiliam e podem ser utilizadas como aliadas no tratamento da depressão pós-parto, são elas: presença de uma babá durante meio período ou tempo integral (se a família possuir condições financeiras), exercícios para fortalecer os laços entre paciente e bebê e terapia hormonal.

Como prevenir a depressão pós-parto?
A forma mais eficaz de prevenir a depressão pós-parto é praticando o cuidado de si mesma e da saúde mental. Algumas condutas podem fazer a diferença:
- Pedir ajuda de outras pessoas para que você consiga dormir bem.
- Manter uma alimentação saudável.
- Praticar atividade física, dentro do possível e sob avaliação profissional.
- Ter uma rede de apoio bem constituída e buscar esse suporte, sempre que possível.
- Reservar um tempo de qualidade para si mesma.
- Evitar o isolamento.
- Evitar cafeína, álcool e outras drogas ou medicamentos (estes últimos, a menos que recomendados pelo seu médico).
- Se você está preocupada com a depressão pós-parto, compartilhe esse sentimento com o profissional que realizará seu primeiro check-up pós-natal.
- Se você estiver apresentando quaisquer alterações e/ou sintomas descritos acima, busque imediatamente uma avaliação profissional.

Por fim, a DASST ressalta que a depressão pós-parto não é um desvio de conduta, falta de caráter, falta de amor ou uma fraqueza. Com o tratamento indicado, a pessoa poderá gerir os sintomas da depressão pós-parto e cuidar do seu bebê sem riscos.
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A temática deste e-mail foi sugerida pelos próprios servidores na “Pesquisa de Satisfação sobre as Campanhas de Saúde da DASST”, realizada em 2024.