
O mês de outubro se veste de laranja para tratar de um tema de extrema relevância em saúde: a conscientização sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O mês foi escolhido internacionalmente, a fim de divulgar informações sobre o transtorno, combater o estigma e encorajar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
TDAH é um transtorno que emerge da complexa interação entre a predisposição biológica do indivíduo e as demandas e suportes oferecidos pelo seu ambiente psicológico e social. Aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Pode ser identificado pelas seguintes características:
- Dificuldade de concentração
- Falta de organização e planejamento
- Dificuldade no gerenciamento do tempo
- Procrastinação
- Impulsividade
- Baixa tolerância ao estresse
- Falta de comunicação
Os impactos do TDAH podem ser identificados em relação a dificuldades na capacidade de planejamento, controle de impulsos, foco e regulação de emoções, além de acarretar prejuízos nas relações interpessoais, inclusive no trabalho.
Em crianças, é mais notável pela inquietação e dificuldade em seguir instruções. Em adolescentes e adultos geralmente é identificado por características como procrastinação, desatenção constante e dificuldades com gerenciamento de tempo.
As formas de apresentação do TDAH são:
- Predominantemente desatento: dificuldade em manter o foco.
- Predominantemente hiperativo: comportamentos agitados e impulsivos.
- Combinado: presença de sintomas de desatenção e hiperatividade.
O transtorno é frequentemente acompanhado de comorbidades, como ansiedade, depressão e transtornos de conduta, o que pode tornar o diagnóstico e o tratamento ainda mais complexos. Por isso, identificar precocemente o TDAH é essencial para garantir as intervenções adequadas desde cedo, redução de prejuízos, como baixo desempenho escolar, problemas sociais e baixa autoestima; além de melhorias na qualidade de vida.
O diagnóstico do TDAH deve ser feito por profissionais capacitados e, na maioria das vezes, inclui equipe multidisciplinar composta por psicólogos, psiquiatras e/ou neurologistas. O tratamento para o transtorno pode abranger psicoterapia, medicação e adaptação no ambiente escolar e, posteriormente, adaptações no ambiente laboral.
Vale destacar que o TDAH não impede a vida profissional, pois as pessoas têm qualidades e competências distintas. Pessoas com TDAH costumeiramente são mais criativas, comunicativas, boas em encontrar soluções, cheias de energia e de vitalidade. Por essa razão, algumas estratégias que valorizem os pontos fortes e trabalhem os pontos fracos possuem papel fundamental para auxiliar no desempenho de uma pessoa com TDAH.
Confira nos cards recomendações práticas para quem tem TDAH (link aqui), bem como dicas de como adaptar o contexto do trabalho à pessoa com TDAH (link aqui).
A Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) ressalta que o TDAH é um desafio para todos, sobretudo para quem o possui. Por isso, devemos nos informar e compreender a complexidade e peculiaridade de cada caso, sem julgamentos ou preconceito. A inclusão tem papel fundamental para a evolução de quem possui TDAH e todos devem contribuir e auxiliar sempre.
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Os(as) servidores(as) da UNIPAMPA que possuem o diagnóstico de TDAH podem contar com o serviço de psicologia, disponibilizado pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (psicologia.progepe@unipampa.edu.br) – caso sintam necessidade desse acompanhamento. Da mesma forma, as chefias que apresentem alguma dificuldade e/ou que estejam precisando de orientação nesses casos, também podem nos procurar.