Campanhas de Saúde

Prevenção ao Suicídio: cuidado que devemos ter todos os dias

É chegado o terceiro e último post referente à campanha “Prevenção ao suicídio: cuidado que devemos ter todos os dias”. Lembramos que essa campanha foi realizada durante os meses de setembro a novembro, considerando que a prevenção ao suicídio deve ser permanente e que há necessidade de abordar o assunto para além do Setembro Amarelo. 

A seguir, você encontrará os seguintes tópicos:

  • Como abordar e auxiliar alguém com pensamentos suicidas?
  • Se eu precisar de ajuda, o que devo fazer?
  • Precisamos falar sobre: Suicídio Laboral

Nos cards, você poderá conferir onde buscar ajuda e também obter algumas dicas culturais acerca do tema.

Como abordar e auxiliar alguém com pensamentos suicidas?

Lembre-se que a melhor abordagem sempre será a acolhida, a escuta sensível, isenta de julgamentos.

Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de emergência, um serviço telefônico de atendimentos a crises, um profissional da saúde, ou consulte algum familiar dessa pessoa.

Assegure-se de que ela não tenha acesso a meios de provocar a própria morte – por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos – em casa.

Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.

O que não dizer:

  • Condenar ou julgar: “Isso é covardia”, “É loucura”, “É fraqueza”.
  • Banalizar: “É por isso que quer morrer?”, “Já passei por coisas bem piores e não me matei”.
  • Opinar: “Você quer chamar atenção”, “Isso é falta de vergonha na cara”.
  • Dar sermão: “Tantas pessoas com problemas mais sérios que o seu, siga em frente”.
  • Frases de incentivo: “Levanta a cabeça, deixa disso”, “A vida é boa”.

O que fazer:

  • Encontre um momento apropriado e um lugar calmo. Deixe-o(a) saber que você está lá para ouvir, ouça-o(a) com a mente aberta e ofereça seu apoio.
  • Pergunte: “Tem algo que eu possa fazer para te ajudar?”.
  • Incentive a pessoa a procurar ajuda profissional. Ofereça-se para acompanhá-la a uma consulta.

Se eu precisar de ajuda, o que devo fazer?

É importante conversar com alguém de confiança, que possa acompanhar ou auxiliar você a entrar em contato com serviços de suporte.

Lembre-se: o indivíduo que pede ajuda tem o direito de  ser respeitado e ser tratado com seriedade, ter seu sofrimento considerado, falar em  privacidade sobre si mesmo e sua situação, ser escutado e ser encorajado a se recuperar. 

Se você está pensando em tirar sua própria vida ou conhece alguém que esteja tendo tais pensamentos, saiba que você não  está sozinho(a). Muitas pessoas já passaram por isso e encontraram uma forma de superar esse sofrimento.

Precisamos falar sobre: Suicídio Laboral

Embora seja um tópico pouco debatido e considerado tabu, é importante também mencionarmos a respeito do suicídio laboral, pois apenas entendendo e refletindo a respeito, poderemos agir na prevenção desse tipo de situação. Para que seja considerado um suicídio laboral, este não precisa, necessariamente, ter ocorrido no local de trabalho. É preciso considerar cartas, mensagens eletrônicas, postagens em redes sociais ou outras evidências que demonstram a existência de sofrimento relacionado ao trabalho e à degradação social e existencial do sujeito e sua vida afetiva que pesaram na decisão de cometer tal ato, chegando ou não a termo.

É importante destacar que o ato suicida não constitui em um ato isolado nem tampouco livre, mas sempre é direcionado a um outro. Ou seja, é necessário compreender sua mensagem, decodificar o sofrimento tanto individual quanto coletivo – equipe/organização – que o ato ou a tentativa pode estar anunciando ou denunciando. Atenção a sinais, mudanças repentinas no comportamento, comentários de colegas sobre essa mudança, pedidos de ajuda que podem se manifestar das diversas formas, que são aspectos importantes para  o desenvolvimento de ações e proteção em ambiente saudável e seguro de trabalho.

As situações apresentadas a seguir são gatilhos para o adoecimento mental e, em situações extremas, podem culminar no suicídio laboral. É importante não encarar a questão do ato suicida ou sua ideação como meramente individual, mas uma questão a ser pensada e discutida a nível institucional, a fim de trabalhar na direção de estratégias de prevenção e promoção da saúde.

Fatores de risco relacionados ao trabalho

Alguns fatores em relação ao ambiente de trabalho podem oferecer risco à saúde mental das pessoas, tais como: Violência psicológica produzida e compartilhada no contexto de trabalho; Métodos de gestão opressivos que dificultam a expressão e o reconhecimento do trabalho realizado, bem como a subjetividade do trabalho que é envolvida na atividade; Imposição de metas abusivas que extrapolam as capacidades individuais ou das equipes; Inexistência de canais institucionais seguros e adequados para escuta de trabalhadores; Inexistência de espaço institucional para debater os conflitos e as divergências do trabalho, comuns aos ambientes laborais. Fique atento(a) e denuncie condutas inadequadas, buscando ajuda se preciso.

Chegamos ao final da nossa campanha. Que bom contar com você nesse percurso!

Agradecemos por estar conosco e salientamos que estamos disponíveis durante todos os meses do ano para trabalharmos questões sobre suicídio e temas correlatos.

Esperamos que o conteúdo veiculado em nossa campanha tenha auxiliado na reflexão e na ampliação do conhecimento sobre esse importante e delicado tema!


Servidor(a) da Unipampa: caso você esteja em sofrimento relacionado ao trabalho e necessite de suporte psicológico, entre em contato com as psicólogas da PROGEPE, através do e-mail: psicologia.progepe@unipampa.edu.br. Para saber mais sobre o Serviço de Psicologia, clique aqui.

Você também pode contar com o Centro de Valorização da Vida (CVV), que presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio, pelo telefone 188.

Psicólogos da Unipampa escrevem carta aberta à comunidade acadêmica

As psicólogas da DASST, Camila Perez e Mayra Osório, juntamente com os demais psicólogos técnicos-administrativos da UNIPAMPA, elaboraram uma carta aberta à comunidade acadêmica.

A escrita e divulgação da carta aberta é importante para que todos tomem conhecimento sobre o relevante papel da psicologia na instituição, suas possibilidades e limitações.

Além disso, a carta ressalta a cultura institucional permeada por diversos tipos de violências. São destacadas também as demandas em saúde mental mais prevalentes, a nível individual e coletivo.

Também é ressaltada a necessidade de compreensão da saúde mental como um compromisso coletivo e com foco preventivo, de maneira que cada um possa se sensibilizar e se conscientizar sobre seu papel na construção de um ambiente acadêmico mais saudável e com mais qualidade de vida, refletindo na mudança de cultura da UNIPAMPA.

Após apresentação da carta em reunião com as chefias de cada psicólogo e a alta gestão, bem como a apresentação dessa na 119º Reunião Ordinária do CONSUNI, foi iniciada a sua ampla divulgação para a comunidade acadêmica.

Trata-se de um movimento imprescindível e de uma longa caminhada. Nesse sentido, convidamos a todos que façam a leitura da carta, assim como auxiliem na sua divulgação.

Acesse a Carta Aberta à Comunidade Acadêmica – Considerações sobre saúde mental e o trabalho da psicologia na UNIPAMPA na íntegra clicando aqui.

VI Encontro de Qualidade de Vida alusivo ao Dia do Servidor Público – Inclusão: o que eu tenho a ver com isso?

Na última semana, nos dias 30 e 31 de outubro, foi realizado o VI Encontro de Qualidade de Vida da Unipampa. A sexta edição do evento trouxe como título “Inclusão: o que tenho a ver com isso?”. 

No primeiro dia, a inclusão como temática em foco foi tratada através de palestras. As psicólogas da DASST, Mayra Osório e Camila Perez, abordaram os temas incivilidade X civilidade nas organizações, inclusão de todos(as) no contexto de trabalho, capacitismo e algumas deficiências e suas particularidades. Além da fala das colegas da DASST, os(as) servidores(as) da PROGEPE, Luciano Pires, assistente social da Divisão de Perícias, e Raquel Pires, chefe da Divisão de Aposentadoria e Pensão, abordaram questões relacionadas aos direitos dos servidores com deficiência, bem como dos(as) servidores(as) que têm dependentes com deficiência. O link da gravação está disponível aqui.

No segundo dia de evento, a inclusão foi debatida por meio da perspectiva de quem a vive na prática em seus locais de trabalho. Fizeram parte da mesa redonda “Inclusão na Universidade: compartilhando vivências” os(as) colegas Valéria Fontoura Nunes, Liane Santariano Sant’Anna, Jonatas Marques Caratti e Renata Gimenez Sampaio Zocche, falando de suas próprias experiências como servidores(as) com deficiência ou pais de dependentes com deficiência/dupla excepcionalidade. A mediação ficou a cargo da servidora Gilvane Belem Correia, chefe da Divisão de Educação Inclusiva e Acessibilidade (PROCADI). O link da gravação está disponível aqui.

Ainda houve a participação dos(as) alunos(as) da Unipampa, Igor Paz e Dyessica Luiz, que abrilhantaram o VI Encontro com suas apresentações culturais. 

A DASST agradece a todos(as) os(as) participantes do Encontro que contribuíram por meio de suas falas e apresentações para a reflexão desta temática tão necessária para a nossa instituição e saúda também aqueles(as) que acompanharam as transmissões ao vivo dos dois dias de evento. 

Ressalta ainda que a construção de uma Universidade realmente inclusiva é um trabalho de todos(as) nós e promover a conscientização sobre este tema é um passo importante nesta jornada. Por isso, assista as gravações dos dois dias de evento que estão disponíveis no canal do YouTube da PROGEPE e compartilhe os vídeos com colegas, amigos e familiares!

Se você está em cargo de gestão, sugerimos que dê atenção especial ao evento, assistindo e disseminando saberes. Práticas de gestão inclusivas são essenciais para contribuir na consolidação de uma Unipampa cada vez mais acolhedora e humanizada.

Esperamos por todos(as) na próxima edição do Encontro de Qualidade de Vida!

Prevenção ao Suicídio | Cuidado que devemos ter todos os dias

Considerando que a prevenção ao suicídio deve ser permanente e que há necessidade de abordar o assunto para além do mês de setembro, agora em outubro, a DASST dá continuidade à campanha “Prevenção ao suicídio: cuidado que devemos ter todos os dias”.

Além disso, nesta ocasião, gostaríamos de destacar o Dia Mundial da Saúde Mental (10/10), uma data que visa ampliar a conscientização sobre questões relacionadas à saúde mental em escala global. Nesse sentido, sabe-se que o cuidado com a saúde mental é a base para a proteção contra o suicídio. 

Neste segundo e-mail sobre a campanha, abordaremos os seguintes tópicos:

  • Prevenção ao suicídio;
  • Sinais de alerta; 
  • Mitos e verdades

Como prevenir o suicídio?

A prevenção do suicídio deve ser tratada na rede pública de saúde, através de políticas públicas que fomentem a saúde numa perspectiva integral. Mas não se limita à rede de saúde, devendo ir além dela, sendo necessária a existência de medidas em diversos âmbitos na sociedade, que poderão colaborar para diminuição das taxas de suicídio. 

A prevenção do suicídio deve ser também um movimento que leva em consideração aspectos biológicos, psicológicos, políticos, sociais e culturais, no qual o indivíduo é considerado como um todo em sua complexidade.

A seguir, são listadas algumas das formas de prevenção do suicídio, que extrapolam o sistema de saúde:

  • Incentivo a espaços de promoção de saúde, cultura e lazer na comunidade, bem como realização de grupos de autoajuda nas igrejas, escolas, associações e ONGs;
  • Controle/regulação do acesso aos métodos mais utilizados nas tentativas de suicídio;
  • Incremento do uso estratégico da mídia para campanhas preventivas e maior regulação da veiculação em casos de tentativas, evitando as descrições pormenorizadas do método empregado, bem como fatos e cenas chocantes;
  • Campanhas em escolas e universidades, que problematizam o assunto, de forma a desconstruir tabus e facilitar a prevenção;
  • Elaboração de políticas e programas de prevenção e promoção da saúde mental no trabalho nas organizações.

Por se tratar de um processo, é válida a tentativa de prevenir o suicídio por meio da identificação de sinais de alerta e do auxílio à pessoa que apresenta a intenção de cometê-lo. Contudo, os sinais nem sempre são visíveis e, mesmo que sejam, não há garantia de que se consiga impedir o ato. 

As pessoas próximas podem sentir culpa caso não consigam ajudar mas, às vezes, por mais que seja prestado apoio, não é possível evitar o ato. Por isso, a necessidade de que essas pessoas procurem suporte psicológico para lidarem melhor com eventuais culpas e outros sentimentos difíceis que possam surgir. 

Quais são os sinais de alerta para o suicídio? 

É importante ressaltar que não há uma “receita” para detectar seguramente uma crise suicida em uma pessoa próxima. Entretanto, um indivíduo em sofrimento pode dar certos sinais que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos.

Fique atento às seguintes expressões e atitudes

  • Expressões como:

“Vou desaparecer”
“Vou deixar vocês em paz”
“Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”

“É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero acabar com tudo”
“Ando pensando besteira”
“Sou um peso para os outros”

  • Mudança de comportamento: uma pessoa que era ativa pode demonstrar ter menos energia, chorar mais, ter menos motivação, conversar menos, ficar irritada com facilidade.
  • Isolamento: não atender a telefonemas, interagir menos nas redes sociais, fechar-se em casa, reduzir ou cancelar todas as atividades (principalmente aquelas que a pessoa costumava e gostava de fazer).

Os sinais de alerta mencionados acima podem ser manifestados gradualmente e de forma sutil, revelando um pedido de ajuda. Esteja aberto a ouvir sem julgamentos a pessoa que está em sofrimento, mas caso seja difícil abordar o assunto, peça ajuda de alguém em quem confie.

Todos(as) nós somos responsáveis pela prevenção e promoção da saúde mental, e isso inclui o cuidado com as relações, pessoais ou profissionais. Se identificar que alguém próximo está em sofrimento, ou você mesmo, não hesite em procurar ajuda.  

  • Para conferir alguns mitos e verdades sobre suicídio, confira os cards clicando aqui.

Chegamos ao final do segundo e-mail, que bom que você está conosco até aqui! Recomendamos que siga nos acompanhando e lembramos que no mês de novembro será enviado o último e-mail da nossa campanha.

Esperamos que o conteúdo preparado por nossa equipe ajude a refletir e ampliar o conhecimento sobre esse importante tema!

Servidor(a) da Unipampa: caso você esteja em sofrimento relacionado ao trabalho e necessite de suporte psicológico, entre em contato com as psicólogas da PROGEPE, através do e-mail: psicologia.progepe@unipampa.edu.br. Para saber mais sobre o Serviço de Psicologia, clique aqui.

Você também pode contar com o Centro de Valorização da Vida (CVV), que presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio, pelo telefone 188.

Falta uma semana para o VI Encontro de Qualidade de Vida da Unipampa!

Este evento, que traz como título “Inclusão: o que eu tenho a ver com isso?” e acontece em alusão ao Dia do Servidor Público, como em sua edição anterior, será transmitido através da plataforma Youtube da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas.

No primeiro dia do evento, a inclusão como temática em foco, será abordada através de palestras. As psicólogas da DASST, Mayra Osório e Camila Perez, abordarão o tema inclusão e trabalho, seus atravessamentos nos processos de saúde e desenvolvimento do servidor em sua carreira na instituição.

Além das falas das psicólogas, os servidores Luciano Nunes, assistente social que atua na Divisão de Perícias, e a servidora Raquel Pires, chefe da Divisão de Aposentadoria e Pensão, irão abordar as questões relativas aos direitos tanto dos servidores com alguma deficiência, quanto dos servidores que têm dependentes com deficiência. 

A orientação técnica, o suporte aos servidores e à adaptação da organização do trabalho para a garantia de acesso ao tratamento, quando necessário, bem como a orientação aos gestores/chefias que possuem em sua equipe servidores com direitos relacionados à estas questões, é papel direto da PROGEPE, no entanto compreendemos que a construção de uma Universidade realmente inclusiva é um trabalho de todos e promover a conscientização sobre este tema é um passo importante nesta jornada. 

No segundo dia do evento, a inclusão será abordada sob a ótica de quem a vive na prática, em seus locais e equipes de trabalho. 

Estarão em uma mesa redonda, os colegas Valéria Fontoura Nunes e Liane Santariano Sant’Anna, Jonatas Marques Caratti e Renata Gimenez Sampaio Zocche falando de suas experiências como servidores com deficiência e pais de dependentes com deficiência. A mediação ficará a cargo da servidora Gilvane Belem Correia, chefe da Divisão de Educação Inclusiva e Acessibilidade (DEIA/PROCADI/UNIPAMPA).

O evento é exclusivo aos técnicos-administrativos e docentes e, nesta edição, ocorrerá em dois dias: 30 de outubro, das 14h às 16h30, e 31 de outubro, das 10h às 12h, através dos links: https://bit.ly/47eftUA e https://bit.ly/3AODuoT.

Teremos apresentações culturais e o Encontro contará com tradução e interpretação em Língua Brasileira de Sinais. Será fornecido certificado a todos os servidores que participarem ao vivo. Não é necessária inscrição prévia. Caso você não possa assistir ao vivo, não se preocupe, pois o evento ficará salvo no YouTube.

É semana que vem, marca na agenda e vem com a gente!