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Enfrentamento ao racismo institucional: um dever coletivo
➡ Neste mês de julho, a Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) e a Divisão de Perícias (DP) lançam a campanha “Enfrentamento ao Racismo Institucional: Um dever coletivo”, com o objetivo de sensibilizar a comunidade acadêmica da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) em relação à importância do combate ao racismo e da denúncia de situações discriminatórias.
A campanha será divulgada em duas partes. Nesta primeira, será abordado sobre o racismo institucional, trazendo conceitos, exemplos e dados importantes sobre essa forma de violência. Em um segundo momento, abordaremos a respeito da intersecção entre raça, gênero e classe, o racismo no mercado de trabalho e o papel das ações afirmativas nas organizações.
📌 O termo racismo institucional refere-se às prioridades e escolhas de gestão que privilegiam ou negligenciam determinados aspectos, infligindo condições desfavoráveis de vida à população negra e indígena e/ou corroborando o imaginário social acerca de inferioridade dessa população, fato que, na contramão, atua como principal alavanca social para os(as) brancos(as).
🔖 A prática de racismo institucional pode ser considerada a principal responsável pelas violações de direitos dos grupos raciais subalternizados. Efetivada em estruturas públicas e privadas do país, essa prática é marcada pelo tratamento diferenciado, desigual. Indica a falha do Estado em prover assistência igualitária aos diferentes grupos sociais. A população negra enfrenta diariamente a insegurança de uma maior exposição à violência e à injustiça social, com imposição da hegemonia branca, tendo de conviver com a intolerância e desrespeito (inclusive em relação às religiões de matriz africana) e com o não reconhecimento de sua contribuição significativa para a construção da ciência e do progresso do país, ou seja, com a negação e desvalorização da negritude na formação da identidade brasileira.
É fato que as(os) negras(os) se encontram em desvantagens de acesso a recursos e bens posicionais, como bem pontuam os indicadores sociais relacionados aos índices de mortalidade da população brasileira; no acesso às políticas públicas de ensino, saúde, cultura; na dinâmica do mercado de trabalho; nas condições materiais de vida e no acesso ao poder institucional; e marcos legais. Outra forma de evidenciar as desigualdades existentes entre brancos e negros é por meio da análise do diferencial salarial. Percebe-se que, à medida que um(a) negro(a) se encaminha rumo ao topo da hierarquia de renda, é crescente o grau de discriminação e o déficit salarial das(os) negras(os) em relação aos(às) brancos(as) é evidente.
Para continuar a ilustrar o racismo institucional, trazemos mais alguns exemplos pontuais:
- A sub-representação de negros(as) e indígenas em cargos de poder formal, como no Congresso Nacional, nos ministérios, nas empresas e instituições públicas e privadas.
- Na política e serviços de saúde: o não investimento no combate a doenças e agravos mais prevalentes na população negra, levando a alta morbimortalidade por condições que poderiam ser evitadas por meio de políticas públicas eficazes.
- Na política e serviços educacionais: o não reconhecimento das(os) líderes e das diversas formas de resistência negra à escravização e a não consideração destes como parte relevante do conteúdo a ser trabalhado nas aulas de história.
- Na política e serviços educacionais e culturais: a manutenção da percepção errônea e limitada da cultura negra como folclore, não valorizando a relevante contribuição dessa população à cultura brasileira.
- Na política de ensino superior: a exigência de que, para o ingresso na graduação e na pós-graduação, haja o domínio de línguas estrangeiras, quando sabemos que nas escolas públicas (onde a maior parte da população negra e indígena estuda) aprende-se de forma precária o inglês e não o francês, italiano ou alemão, línguas muitas vezes necessárias para se fazer mestrado e doutorado na maior parte das universidades públicas brasileiras.
✳️ Em função principalmente do racismo, os(as) negros(as) têm acesso às escolas públicas de pior qualidade, ou seja, aprendem menos, somado a isso o racismo pode causar insegurança e sofrimento psíquico, o que pode dificultar significativamente o desempenho do aluno no ato de prestar vestibular. Do mesmo modo, diante de programas governamentais de reparação, como o de cotas raciais, alguns segmentos da população logo reagem dizendo que as cotas irão diminuir a qualidade das(os) profissionais formados, entretanto, os estudos realizados por universidades que adotaram o programa de cotas apontam o contrário.
No final de 2019, uma pesquisa do IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, anunciou que, pela primeira vez, o número de pretos e pardos era ligeiramente maior nas universidades nacionais: 50,3%. No conjunto da população brasileira, os negros representam 56,6%. A pesquisa mostra que a população negra está melhorando seus índices educacionais, tanto de acesso como de permanência, apesar de ainda se manter bem atrás dos índices medidos entre as pessoas brancas. Já em 2021, estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostrou que as mulheres negras são a maioria dos estudantes nas universidades públicas, com 27%. O mesmo estudo aponta que há 21 anos essa taxa era de 19%.
📍 Para saber mais, confira a "Cartilha de Conscientização e Combate ao Racismo - Lutar contra o Racismo é Dever de Todos(as)" produzida pela Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) e a Divisão de Perícias (DP) em 2022 clicando aqui. 🔗
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Conheça os cuidados que você deve ter com sua saúde na estação mais fria do ano.
➡ Hoje, dia 21 de junho, entramos oficialmente no inverno. A estação é caracterizada por frios intensos, chuvas e infelizmente, fragilidade do sistema imunológico quando deixamos de lado cuidados essenciais para manutenção de uma vida saudável.
🔖 A estação da sopa e do chocolate quente, das meias quentinhas e dos casacos bem apeluciados também traz consigo maior possibilidade de alergias, resfriados e doenças respiratórias e cardiovasculares.
Como forma de auxiliar o(a) servidor(a) a enfrentar a estação mais gelada do ano de forma agradável e saudável, a Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) traz algumas dicas importantes para preservar sua saúde. Pratique os cuidados abaixo e, não hesite, caso seja necessário buscar avaliação profissional por quaisquer alterações que possam sinalizar riscos e/ ou danos à saúde.
❄️ Fique atento aos seus hábitos alimentares: as células de defesa do organismo estão relacionadas ao que consumimos. Embora o desejo nessa época do ano seja por pratos mais calóricos e que nos aqueçam, é necessário manter o equilíbrio e consumir alguns alimentos de forma moderada. O ideal é consumir frutas, legumes e verduras que sejam aliados do sistema imunológico.
❄️ Não descuide da hidratação: abandonar o hábito de beber água nesse período é prejudicial à saúde. No frio, os líquidos são ainda mais essenciais para que o nosso metabolismo mantenha seu funcionamento de forma plena e previna o ressecamento da pele, comum durante o inverno.
❄️ Não deixe de usar protetor solar: além de hidratar, ele é primordial para proteção da pele. Até em dias nublados, ele segue recomendado!
❄️ Mantenha os ambientes ventilados e permita a entrada da luz solar e do ar fresco: manter os ambientes fechados para evitar a entrada do ar gelado é um grande problema porque ao tomar essa atitude corta-se a circulação do ar e, se houver aglomerações, facilita-se o surgimentos de doenças típicas como gripes, resfriados, coronavírus, entre outras.
❄️ Não abandone a realização de exercícios físicos: eles são primordiais para a imunidade. Busque ânimo e mantenha a determinação. Estar em movimento melhora o humor, estimula a hidratação e aquece a musculatura.
❄️ Agasalhe-se bem: nada de colocar sua saúde em risco usando somente um casaquinho para determinados eventos ou espaços. Em casa, procure dormir bem coberto e com roupas longas. Isso manterá a temperatura corporal e evitará alterações bruscas que enfraquecem as proteções do organismo e ocasionam dores de cabeça e mal-estar. O conforto térmico traz boas sensações e mais aconchego à rotina.
❄️ Mantenha exames, consultas e vacinas em dia: lembre-se que vacinas como a da Influenza e da Covid-19 ajudam no combate a doenças que podem ser graves.
✅ Converse com seu médico sobre algum cuidado mais específico necessário, caso possua alguma patologia. Faça os exames de rotina, eles ajudam na detecção precoce e tratamento adequado de determinadas doenças que não fazem pausa no inverno.
Aproveite a estação com cuidados, cautela e muita saúde. O inverno pode ser agradável, se você não se descuidar da saúde. ❄️🧤🧣
Dia do Orgulho Autista: Como incluir de fato colegas autistas no trabalho?
- Algumas nomenclaturas importantes
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31 de maio é Dia Estadual de Luta contra o Câncer Bucal!
Saúde Mental Materna e Assédio Moral: o que precisamos refletir?
Maio Furta-Cor é uma campanha comunitária que visa sensibilizar a população para a causa da saúde mental materna. Maio é o mês em que se comemora o dia das mães, momento oportuno de discutir causas maternas. Furta-Cor é uma cor cuja tonalidade se altera de acordo com a luz que recebe, não tendo uma cor absoluta. No espectro da maternidade não é diferente, nele cabem todas as cores, vivências e sentimentos.
Sabe-se que as mulheres são mais suscetíveis a riscos específicos para a saúde mental do que os homens. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa vulnerabilidade vai além de processos biológicos, pois também tem a ver com relações socioculturais, que envolvem fatores como discriminação de gênero e sobrecarga de trabalho, por exemplo.
Há um forte estigma social em torno de temas ligados à saúde mental e quando ele se estende ao campo materno esse estigma é ainda mais reforçado. Estudos constatam um alarmante crescimento dos casos de depressão, ansiedade e, infelizmente, suicídio entre as mães.
As mulheres e, principalmente, as mães ainda sofrem no mercado de trabalho, seja para se manter ou para se inserir novamente após o nascimento de seus filhos. Além disso, uma pesquisa recente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) mostrou que o preconceito contra quem teve filhos no meio acadêmico atinge mais as mulheres, evidenciando a desigualdade dentro da área da pesquisa.
As mulheres que vivenciam a maternidade enfrentam desafios cotidianos no desempenho de várias tarefas, tanto em sua vida profissional quanto pessoal, em razão de que na sociedade ainda parece enraizada culturalmente a concepção de que cabe à mãe a principal responsabilidade na criação e na educação dos filhos. Em muitos casos, considerando a cobrança e a culpabilização vivenciadas, a ideia que parece permear é a de que os filhos vieram ao mundo somente por meio das mães.
O desafio enfrentado, atualmente, é nomeado como dupla ou tripla jornada em que há sobrecarga feminina. O fato de se ajustarem às rotinas extremamente atarefadas, dentro e fora do trabalho, se torna uma variável agravante para a incidência do assédio moral, pelo fato das instituições acreditarem que mulheres que não são mães se dedicam mais no meio organizacional.
Observamos que muitas vezes as mulheres carregam um sentimento de culpa, por supostamente, estarem falhando como mães, ou profissionais. Além disso, diversos questionamentos e preconceitos sobrecarregam as mulheres que são mães e decidem também investir em suas carreiras. A maternidade sempre foi olhada pela lente da discriminação das mães. Muitas mulheres carregam o estigma de serem menos capazes ou que são mais ausentes no trabalho.
Cada vez mais mulheres são as provedoras do sustento da casa e os homens assumiram papéis dentro do lar. Todavia, mesmo com todas as lutas, não há efetividade plena dos direitos iguais entre os gêneros, principalmente no que envolve a responsabilidade com os filhos.
Um dos problemas reconhecidos nas mulheres mães dentro das organizações é quando os filhos ficam doentes e por esse fato elas se afastam de suas atividades por um período, sendo que geralmente o pai não compartilha das idas ao médico. Além disso, mulheres mães que estão inseridas no mercado de trabalho têm os mais diversos sentimentos ao deixar seus filhos em creches. Os principais identificados são angústia, seguido por medo, culpa e insegurança. A mulher ainda sente a obrigação de ser mãe por tempo integral.
É importante não tratar a saúde mental como um tabu, mas falar abertamente sobre o assunto. A jornada da maternidade é particular para cada mulher. As emoções, as reações, os pensamentos e as atitudes da mãe variam de acordo com suas experiências individuais. Além disso, se houver sofrimento intenso e/ou duradouro, é importante procurar o auxílio de um profissional de saúde para que o quadro não se agrave. Contudo, mais do que autoconhecimento, é preciso ter uma rede de apoio, como pessoas da família, de pessoa parceira e de amigos.
Existe um provérbio africano que diz: “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança“. O que ele nos remonta é para a compreensão de que toda a sociedade precisa se implicar nos cuidados com as nossas crianças. Ninguém aprende e se desenvolve somente a partir dos valores de sua família nuclear, mas sim de toda a comunidade no entorno. Por essa razão, mesmo quem não é mãe ou pai, também possui sua participação na teia social. É responsabilidade de todos(as) desconstruir ideias retrógradas e contribuir para não sobrecarregar as mães na tarefa de cuidado.
A sociedade vive em constantes mudanças, inclusive a do papel da mulher no mercado de trabalho e na maternidade, portanto é dever de todos(as) contribuir para um ambiente de trabalho saudável. É preciso estarmos atentos para identificar e não se calar diante de pequenas violências diárias, que podem evoluir para o assédio moral, do qual as mulheres são as principais vítimas.
- Você pode conferir as “Atitudes recomendáveis a chefias e colegas de servidoras que passam pela maternidade” no pdf em anexo ou clicando aqui.
Caso você sofra assédio, deve reunir provas/testemunhas do assédio, detalhar todas as situações de assédio sofridas com data, horário e local. Além de procurar orientação psicológica para enfrentamento da situação (psicologia.progepe@unipampa.edu.br). A denúncia deve ser feita ao superior hierárquico e/ou à Ouvidoria. A vítima pode procurar, ainda, o Sindicato profissional, a Delegacia de Polícia Federal ou Delegacia da Mulher (BO) e o Ministério Público.