Queimadas e Incêndios Florestais no Brasil: impactos no RS e cuidados com a saúde

Estamos acompanhando, infelizmente, um cenário de preocupação no Brasil e em países vizinhos devido às queimadas e aos incêndios florestais que têm ocorrido em diversos estados.

Queimadas e incêndios florestais são importantes fontes de poluição atmosférica e contribuem para a emissão de poluentes atmosféricos, resultando na exposição humana com efeitos diretos e indiretos na saúde, meio ambiente e oferta de serviços de saúde.

Em setembro, sentimos os impactos por meio da nuvem de fumaça que encobre o Rio Grande do Sul e podem trazer prejuízos à saúde da população, entre eles o risco de aumento de sintomas relacionados a síndromes respiratórias. Além disso, com as chuvas previstas para essa semana ao Estado, alguns municípios poderão ter registro de “chuva preta” resultante da junção da precipitação com fuligem. 

Com objetivo de alertar sobre os cuidados para evitar e reduzir os prejuízos causados pela fumaça das queimadas e dos incêndios florestais, a Secretaria Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde reforçam as seguintes recomendações: 

  • Hidratação: aumente a ingestão de água para manter as vias respiratórias úmidas. 
  • Redução da exposição: evite atividades ao ar livre em horários de alta poluição e mantenha portas e janelas fechadas. 
  • O uso de máscaras deve ser avaliado individualmente, pois auxiliam na redução da exposição às partículas maiores, em especial para pessoas com condições crônicas, como pneumopatas, cardiopatas e pessoas com problemas imunológicos.
  • O uso de máscara cirúrgica, pano, lenço ou bandana é recomendado especialmente para populações que estão mais expostas ou próximas às fontes de emissão (focos de queimadas), pois podem diminuir o desconforto das vias aéreas superiores. O uso de máscaras de modelos respiradores (tipo N95, PFF2 ou P100) são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população.
  • Atividades físicas: evite atividades ao ar livre em períodos de elevada concentração de poluentes e mantenha portas e janelas fechadas. Dê preferência para exercícios em casa ou em academia, sob orientação profissional.
  • Se for usar o ar condicionado certifique-se de que o filtro de ar está limpo para que ele não empurre poluentes para dentro de seu ambiente. Use umidificador para melhorar a qualidade do ar, caso necessário. 
  • Crianças menores de 5 anos, idosos e gestantes devem ter atenção redobrada às recomendações acima. É crucial estar atento a sintomas respiratórios ou outras complicações de saúde e buscar atendimento médico o mais rapidamente possível. 

Para esses grupos, a resposta à contaminação por fumaça é mais rápida e intensa, causando uma série de sintomas, como ardência nos olhos, irritação na garganta e sensação de fechamento da laringe. Para adultos e idosos, há um aumento do risco de eventos cardiovasculares e respiratórios combinados.

  • Chuva preta: a chuva preta é resultado da interação do material particulado, proveniente da fumaça presente no ambiente, com o vapor de água da atmosfera, que altera as propriedades das nuvens. Esse fenômeno gera a precipitação de chuva com coloração escura, que pode apresentar contaminantes nocivos à saúde humana, tornando-a imprópria para consumo humano.
  • Não consuma alimentos, bebidas ou medicamentos que tenham sido expostos a detritos de queima ou cinzas.

A Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) ressalta a gravidade da situação que o Brasil está enfrentando, ainda é imenso o desafio para acabar com os focos de incêndio e enfrentar os danos causados pela seca histórica. 

Continue protegendo sua saúde com as dicas dos órgãos oficiais e busque ajuda no serviço de saúde mais próximo, se precisar. E, mais do que isso, aproveite para compartilhar essas orientações com amigos e familiares.

Servidor(a), vem aí o VI Encontro de Qualidade de Vida da Unipampa!

Servidor(a), anote na sua agenda: o VI Encontro de Qualidade de Vida da Unipampa vem aí! A sexta edição do evento será em alusão ao Dia do Servidor Público e traz como título “Inclusão: o que eu tenho a ver com isso?”. Assim como na edição anterior, o VI Encontro ocorrerá na modalidade online. 

Essa temática foi pensada principalmente com base nas demandas que chegam para o Serviço de Psicologia da DASST, a partir de diversos relatos abrangendo a pauta da inclusão (ou falta dela) na instituição. Em vista disso, viu-se a necessidade de se discutir mais amplamente sobre essas questões, em prol da consolidação de uma Universidade cada vez mais inclusiva. 

O evento é exclusivo aos técnicos-administrativos e docentes e, nesta edição, ocorrerá em dois dias: 30 de outubro, das 14h às 16h30, e 31 de outubro, das 10h às 12h, no canal do YouTube da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas.

No primeiro dia de evento, as psicólogas da DASST, Mayra Osório e Camila Perez, irão tratar sobre inclusão e trabalho, e os colegas da PROGEPE, Luciano Nunes e Raquel Pires, abordarão os direitos dos servidores com deficiência e servidores com dependentes com deficiência. No segundo dia, haverá uma mesa redonda com servidores que compartilharão suas próprias experiências e relatos, falando a partir de seus lugares de fala.

Contará com tradução e interpretação em Língua Brasileira de Sinais e será fornecido certificado a todos os servidores que participarem ao vivo. Não é necessária inscrição prévia. Caso você não possa assistir ao vivo, não se preocupe, pois o evento ficará salvo no YouTube. 

Não perca!

A realização do Encontro é da Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST), vinculada à Coordenadoria de Qualidade de Vida e Seleção de Pessoal (CQVSP) da PROGEPE.

Saiba mais sobre a MPox

O Rio Grande do Sul está atento aos casos da Mpox, doença causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família (poxvírus) e gênero (ortopoxvírus) da varíola humana. 

De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), em 2022 – quando ocorreu um surto da doença – o Estado registrou 327 casos.  No ano de  2023 foram notificados nove casos. Em 2024, até a data de hoje, foram confirmados cinco casos (três residentes de Porto Alegre, um residente de Gravataí e um residente de Passo Fundo), sendo um caso notificado em janeiro, dois casos em fevereiro e dois em agosto.

Vale destacar que a Organização Mundial da Saúde declarou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela variante conhecida como Clado Ib, cuja linhagem é altamente transmissível, com letalidade que pode chegar a 10% e que não foi detectada nos casos do RS.

No Brasil, a variante que está circulando é a Clado II, cuja letalidade é abaixo de 1%, mas pode se elevar, sobretudo em pacientes com HIV-Aids. A transmissão da Mpox ocorre por meio do contato direto com sangue e fluidos corporais de pessoas ou mucosas de animais infectados, especialmente roedores. Ainda é possível o contágio por via indireta: compartilhamento de vestimentas, roupas de cama, toalhas.

Os sintomas gerais da Mpox incluem bolhas ou lesões de pele, ínguas, febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrio e fraqueza. O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

A principal forma de proteção contra a Mpox é a prevenção. A SES/RS aconselha evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. Pessoas com suspeita ou confirmação da doença devem cumprir isolamento imediato, não compartilhar objetos e material de uso pessoal, tais como toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente, talheres, até o término do período de transmissão.

A SES/RS destaca que a estratégia de vacinação contra a Mpox no Brasil, gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), começou em 2023 com foco nas pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença. A vacinação pré-exposição é recomendada para pessoas vivendo com HIV/AIDS e profissionais de laboratórios que trabalham diretamente com Orthopoxvírus. 

Também é orientada uma vacinação pós-exposição àquelas pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, mediante avaliação da vigilância local.

A Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) ressalta a importância de estar atento aos sintomas e buscar avaliação profissional para que, se for houver a suspeita da doença, sejam realizadas as recomendações de tratamento para recuperação mais rápida e redução dos agravos. Se precisar, não hesite, vá ao serviço de saúde mais próximo!

Dicas para ter Saúde Vocal

 

Hoje damos continuidade à campanha “Conheça mais sobre a voz e seus cuidados”. A temática de Saúde Vocal foi sugerida pelos próprios servidores em uma pesquisa realizada pela Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) entre abril e maio deste ano.

A elaboração deste material contou com a colaboração da servidora Marcele Finamor dos Santos, fonoaudióloga da equipe do NuDe no campus Alegrete, e integra o Projeto “DASST e você: compartilhando saberes”. 

Caso tenha alguma dúvida sobre as informações a seguir, poderá esclarecer por meio do e-mail: nude.alegrete@unipampa.edu.br.

DICAS PARA TER SAÚDE VOCAL 

  • Manter-se sempre hidratado, bebendo pelo menos dois litros de água em  temperatura ambiente (de 8 a 10 copos ao longo do dia).
  • Evitar o álcool destilado e o fumo.
  • Moderar o consumo de cafeína (café, chimarrão, chá preto…). 
  • Evitar alimentos pesados e excessivamente condimentados, principalmente à  noite, antes de dormir.
  • Reduzir o uso da voz quando em condições de saúde limitadas, especialmente nos  quadros de gripes, resfriados ou alergias das vias respiratórias.
  • Evitar usar voz muito grave (grossa) ou muito aguda (fina), fora do tom habitual.
  • Evitar excessivas e longas conversas, principalmente quando há ruídos de fundo. 
  • Evitar conversas em ambientes ruidosos.
  • Evitar falar rapidamente por longo tempo.
  • Evitar falar enquanto faz-se exercícios físicos ou carrega-se peso.
  • Articular corretamente as palavras, abrindo bem a boca.
  • Aquecer a voz com exercícios específicos, antes de usá-la de forma intensiva. 
  • Reconhecer e evitar as sensações de esforço vocal, tais com ardor, tensão no  pescoço e falta de ar na fala. 
  • Coma maçã, pois é adstringente e limpa o trato vocal. Além disso, sua mastigação  exercita a musculatura responsável pela articulação das palavras. 
  • Preocupe-se em manter uma alimentação equilibrada, sem grande número de  horas em jejum. 
  • Deixar o corpo movimentar-se livremente, acompanhando a fala com gestos e  expressões faciais.
  • Usar roupas confortáveis que não apertem a região do pescoço, do tórax e do  abdômen e tecidos que absorvam a transpiração. Sapatos confortáveis favorecem  a postura correta. 
  • Permanecer o menor tempo possível em lugares com muita poluição atmosférica,  fumaça, pouca ventilação, poeira ou mofo.
  • Evitar mudanças bruscas de temperatura e vestir-se sempre adequadamente ao  clima. 
  • Procure respirar sempre corretamente. 
  • Reduzir a permanência em locais com ar condicionado.
  • Fazer um período de repouso vocal após o uso intensivo da voz. 
  • Nunca automedicar-se.
  • Enquanto estiver falando, mantenha a postura de corpo ereta, porém relaxada,  principalmente a região do pescoço e ombros.
  • Evite competir com ruídos externos durante a fala.
  • Tente não gritar. Se for possível, opte sempre pelo microfone ao falar em público; 
  • Ter audição normal é importante, pois o monitoramento vocal é realizado pela  audição.
  • Ao sentir vontade de tossir ou pigarrear, respire profundamente pelo nariz e  engula a saliva várias vezes ou beba água, pois essas ações provocam um forte  atrito nas pregas vocais, irritando-as.
  • Para diminuir a tensão na região dos ombros e do pescoço, boceje e espreguice  diversas vezes ao dia.
  • Sprays e pastilhas também têm efeito anestésico, mascarando sintomas e  permitindo o abuso vocal.
  • Alergias são consideradas prejudiciais à voz. 
  • As bebidas geladas ou muito quentes também produzem choque térmico no  organismo.

Esteja sempre atento aos sintomas, às sensações e às mudanças na sua voz. Se necessário, procure um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo!


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 
Behlau M, Ponte P. Higiene Vocal – Cuidando da voz. Rio de Janeiro: Revinter;  2001. 

Conheça mais sobre a voz e seus cuidados

Lançado neste mês de julho, o Projeto “DASST e você: compartilhando saberes” terá início com o tema Saúde Vocal, uma das temáticas sugeridas por servidores em nossa pesquisa de satisfação das campanhas e de extrema importância a nível de saúde e qualidade de vida.

Para levar informações referentes à voz e aos cuidados que devemos ter com ela, a DASST contou com a colaboração da servidora Marcele Finamor dos Santos, que é fonoaudióloga no campus Alegrete e atualmente integra a equipe do NuDe. A Marcele compartilhou com a DASST as informações que abrangem desde a anatomia da voz humana e orientações para perceber quando a voz está doente até os cuidados que devemos ter para manter nossa voz saudável. Aproveitamos a oportunidade para novamente agradecê-la por essa troca!

Ah, será publicado ainda mais um post sobre os cuidados com a voz em que constará algumas dicas para manter uma boa saúde vocal. Caso tenha alguma dúvida sobre estes materiais, poderá esclarecer por meio do e-mail: nude.alegrete@unipampa.edu.br.

Desejamos uma boa leitura a todos(as)! 


VOZ E COMUNICAÇÃO 

É através da comunicação que interagimos socialmente e a voz é parte integrante  neste processo, enriquecendo a transmissão da mensagem e acrescentando à  palavra conteúdo emocional e expressividade.  

A saúde vocal é considerada um aspecto importante da saúde geral e qualidade de  vida, com implicações relevantes nas relações interpessoais, principalmente quando a voz também é um instrumento de trabalho. 

     

QUANDO A VOZ FICA DOENTE 

Toda e qualquer dificuldade ou alteração na emissão vocal que impede a produção  natural da voz é conhecida como Disfonia (Behlau & Ponte, 2001). 

Manifesta-se, por exemplo, quando você: 

  • Faz esforço para falar ou sua voz fica fraca no final do dia; 
  • Sente um cansaço (fadiga) ao falar;
  • Tem dificuldade em manter a voz; 
  • Tem rouquidão ao falar; 
  • Possui variações no tom da voz; 
  • Sente dor ou ardor na garganta; 
  • Tem pigarro constante (necessidade de “raspar” a garganta); 
  • Possui uma tosse seca insistente. 

Pode ocorrer devido a: 

  • Inadaptações fônicas; 
  • Mau uso ou abuso vocal; 
  • Alterações emocionais; 
  • Alterações orgânicas. 

A principal delas é o uso excessivo, abusivo ou errado da voz, que podem trazer complicações sérias, como calos (nódulos), cistos e outros nas pregas vocais. 

Esteja sempre atento aos sintomas, às sensações e às mudanças na sua voz. Se necessário, procure um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo!


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 
Behlau M, Ponte P. Higiene Vocal - Cuidando da voz. Rio de Janeiro: Revinter;  2001.