Por Ariane Andrade
Graduanda em História – Licenciatura, Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), Integrante do AFROnteiras e NEABI Mocinha, Universidade Federal do Pampa Campus Jaguarão – RS
Angela Davis nos explica que “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela.” É com esse pensamento que afirmamos a importância do do Grupo de Estudos AFROnteiras Negras criado em 2017, na Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Campus Jaguarão/ RS. Idealizado como um Projeto de Ensino, pela Profa Dra Giane Vargas com o objetivo de estudar, problematizar e refletir coletivamente sobre obras de intelectuais negras. Assim como Oxum, que é o símbolo de toda beleza e empoderamento feminino, juntamente com a sabedoria e paciência de Nanã sendo o orixá mais velha, transmite todo o seu aprendizado aos mais novos, definindo assim esse lugar de fala, escuta, afeto e conquistas.
Conquistas nas quais cada uma que teve sua trajetória atravessada pelo AFROnteiras, conquistaram vitórias COLETIVAS, compartilhando e transformando a sua dor e experiências em pesquisas e visibilidades, assim como um jardim, plantando, regando e cultivando aos poucos até que esteja pronto para a colheita. Mesmo que a academia ainda nos diga que o nosso corpo preto não é bem vinde, AFROnteiras é a prova viva que é nosso direito estar em todos os lugares!
O Ano de 2020 e 2021, mesmo num contexto pandêmico, nos presenteou não só com uma, mas com várias conquistas de integrantes do AFROnteiras que ingressaram na Pós-graduação e, aos poucos, esse ciclo vai se ampliando com futuras mestras e doutoras. Compartilhamos dos pensamento de Lélia Gonzalez ao reivindicar nossa diferença enquanto mulheres negras, enquanto amefricanas, sabemos bem o quanto trazemos em nós as marcas da exploração econômica e da subordinação racial e sexual. Por isso mesmo, trazemos conosco a marca da libertação de todos e todas. Portanto, nosso lema deve ser: organização já!” (GONZALEZ, Pág. 366).
Aprovadas no mestrado em Antropologia Social e Cultural pela a Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) Shirlei Pereira Rosa quilombola, licenciada em História pela Unipampa, graduanda do Curso de Produção e Política Cultural da Unipampa Campus Jaguarão. Êmily de Araujo Edwards bacharela em Produção e Política Cultural pela Unipampa. Aprovada no Doutorado em Antropologia Social e Cultural pela a Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).
Juliana da Rosa Brochado da Luz licenciada em Pedagogia pela UCPEL, especialista em Educação Infantil pela UFPEL e Mestra em Educação pela UNIPAMPA. Doutoranda em Antropologia Social e Cultural pela a Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).
Marielda Barcellos Medeiros licenciada em Pedagogia e Especialista em Educação pela Universidade Federal de Pelotas UFPEL, Mestra em Educação pela UNIPAMPA. Marielda qualificou seu Projeto de Tese recentemente e fez questão delembrar que agora “não estou caminhando de forma solitária”.
Doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Elida Regina Nobre Rodrigues Licenciada em Pedagogia pela UFPEL, tem Especialização em Educação Brasileira pela FURG, Mestra em Educação pela
UNIPAMPA.
Mestranda em Educação no PPGEdu – Unipampa Campus Jaguarão. Caroline Coutinho Belchior licenciada em Pedagogia pela UCPEL, Especialista em Educação Inclusiva e Educação Especial pela a Faculdade de Educação São Luís (FESL).
Seguimos ao embalo da música “Coroação” do grupo Rimas & Melodia “(…) É sobre lutar, sobre nos amar. É sobre viver e sobreviver. É sobre lutar, sobre conquistar. É sobre fazer valer (…)”. AFROnteiras é a base e suporte para que outras mulheres possam se inspirar e se apropriar de conhecimentos, alcançando seus objetivos. Parabéns a todas por essas conquistas!