As inscrições encerram amanhã, 02 de junho, as 23h59, corre que ainda dá tempo de submeter seu trabalho para o IV Copene Sul!

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ST 14: Intelectualidade Negras, ciências exatas e tecnológicas

Coordenadores: César Flaubiano da Cruz Cristaldo – Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) e Roberlaine Ribeiro Jorge – Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)

Resumo:

A componente curricular Relações Étnico Raciais nos cursos de Ciências Exatas tem papel fundamental na criação de momentos de reeducação para as relações raciais permitindo uma revisão de posicionamentos e a construção de outras representações sobre o negro. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo de fazer o relato de experiências sobre o estudo de pesquisadores negros nas áreas de ciência e tecnologias realizados na disciplina de Relações Étnico Raciais da Unipampa campus de Alegrete. Em 2018 os alunos de engenharia do campus realizaram pesquisas sobre a biografia de negros que contribuíram de forma significativa no desenvolvimento da ciência. Os resultados mostram que em todos os casos o pesquisadores negros enfrentam muitas dificuldades devido sua condição de negro. Inicialmente os alunos questionaram porque há uma ausência de negros no cenário científico. Algumas hipóteses levantadas pelos alunos puderam ser confirmadas. Por exemplo, em muitos casos os negros vendiam suas invenções tecnológicas para brancos, pois devido as condições de pobreza, era vantagem vender ideias.

ST 13: Comunidades Remanescentes de Quilombos – narrativas de resistências

Coordenadora: Maria do Carmo Moreira Aguilar – NEAB / UFRGS

Resumo:

As temáticas acerca das comunidades quilombolas estão sendo revisitadas, principalmente a partir do ano de 1988, quando se deu a aprovação da Constituição Federal. Contemplando a multietnicidade no Brasil, publicou-se um parágrafo (Art. 216. Inciso V. § 5º) e um Artigo das Disposições Transitórias (Art. 68): o primeiro garantiu o tombamento, e o segundo, a posse das terras pelas comunidades “remanescentes de quilombo”. O Artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Brasileira de 1988 reconheceu os direitos territoriais aos “remanescentes de quilombo”, garantindo-lhes com isso, o título definitivo, pelo Estado Brasileiro, das terras que vêm habitando coletivamente. É importante ressaltar que a redação desse Artigo foi fruto de um período de intensa mobilização de diversos movimentos sociais e de vários setores da sociedade brasileira. Com a expectativa despertada pelo Art. 68, algumas comunidades negras rurais começaram a adquirir visibilidade e emergiram no cenário nacional como “remanescentes de quilombo” a fim de ter assegurado os seus direitos sobre as terras que habitam informalmente, sobretudo, após a abolição oficial no Brasil. A grande maioria das comunidades quilombolas do país se encontra em conflito fundiário e reivindica o reconhecimento legal da posse de suas terras, estamos lidando com dois estilos de vida, com grupos de indivíduos com interesses distintos, e, quando estes dois modos de vida e cultura se encontram, a posse do território enquanto meio de sobrevivência, como lugar de pertencimento, de identidade e tradições para os quilombolas, entra em conflito com a posse com vistas ao mercado. A sessão temática intitulada: “Comunidades remanescentes de quilombos: narrativas de resistências” tem por objetivo reunir pesquisas acadêmicas e ações de ativistas que abordem os diferentes fazeres e saberes quilombolas: a luta pela posse definitiva do território, expressões culturais, relações de trabalho, migrações, religiosidade, praticas educativas, entre outras, epistemologias que foram invisibilizadas na construção da identidade nacional. Neste sentido, a sessão Temática visa discutir as diferentes memórias e trajetórias quilombolas entendendo-as como contra narrativas que problematizam discurso oficial.