Lançamento oficial do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI)

O Campus Avançado IFSul de Jaguarão realizou, na noite do dia 28/09/2016, no auditório da UNIPAMPA, o lançamento oficial do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI).

O evento contou com a presença de cerca de 75 pessoas, sendo muitos alunos, professores e a comunidade local. Na ocasião, o Diretor Fabian Carbajal destacou a importância das ações de extensão da instituição e, o Prof. Dr. Evandro Fernandes, Coordenador do NEABI, ressaltou os objetivos das futuras atividades do núcleo.

A noite foi abrilhantada com a palestra do Profa. Ms. Iracema Veleda Goulart, que desenvolveu a temática: Mulher Afro-Brasileira: preconceito, luta e desafios. Prestigiou o evento a Profa. Dra. Sátira Pereira Machado, professora da UNIPAMPA e Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN).

Fonte: http://jaguarao.portal2.ifsul.edu.br/index.php option=com_content&view=article&id=507:neabi

Latinidades: faltam educadores para combater o racismo e promover cultura negra

Brasília – A coordenadora executiva do Projeto RS Negro, Sátira Pereira Machado participa do quinto dia de debates, oficinas, literatura, no 9º Festival Latinidades (José Cruz/Agência Brasil)

A combinação entre educação e comunicação como ferramenta para combater o racismo e promover a cultura negra foi tema do debate da manhã de hoje (29) no Festival Afrolatinas. Na avaliação da coordenadora do Projeto RS Negro, Sátira Machado, apesar da educação brasileira registrar algum avanço no ensino da cultura negra nos últimos anos, há uma lacuna na formação dos comunicadores nas faculdades e universidades em relação às questões de raça. O Latinidades vai até domingo (31), em Brasília.

“Existe uma lacuna na formação dos comunicadores e comunicadoras na relação de gênero, raça e etnia. Acho que o quê acontece muitas vezes é que os professores também não tiveram essa formação, então, eles não entendem porque é importante abordar a história africana, afrobrasileira, a cultura, a diversidade”, disse Sátira Machado. E completou “você não abordar essas questões é invisibilizar a igualdade e manter um status quo de não negros, de negros, de indígenas, de ciganos”. Segundo ela, a comunicação é estratégica para adquirir e garantir direitos.

Um exemplo de integração entre a valorização da história e cultura negra e a educação é o projeto de afroalfabetização Adeola – Princesas e Guerreiras que foi apresentado aos participantes do Afrolatinas. Pelo projeto, duas jovens de Sorocaba (SP) fazem apresentações em escolas representando princesas guerreiras africanas e usam histórias baseadas em contos africanos para abordar o protagonismo feminino, a representatividade negra, a ancestralidade e a desconstrução de preconceitos formadores do racismo.

Uma das coordenadoras do projeto, Denise Teófilo, conta que é imediata a reação das crianças e o encantamento com as princesas negras. “Temos tantas princesas brancas numa amostragem que não nos representa e perceber o olhar das crianças para a princesa negra é muito impactante. Elas perceberem que a princesa é negra e é guerreira, que toca o berimbau, é do povo Bantu”.

Na programação do Festival Latinidades estão previstos debates, conferências, lançamentos de livros, oficinas, cinema, feiras e shows, além de outras atividades. A programação completa está disponível no site www.afrolatinas.com.br. Organizado pelo Instituto Afrolatinas, o evento deste ano tem a parceria da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil e patrocínio do governo do Distrito Federal.

 

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2016-07/latinidades-faltam-educadores-para-combater-racismo-e-promover