Assessoria de Diversidade, Ações Afirmativas e Inclusão | ADAFI | Página: 88

Unipampa 2017 seleção para indígenas aldeados

A Universidade Federal do Pampa divulgou o Edital nº 388/2016, que normatiza o processo seletivo específico para indígenas aldeados. Serão 21 vagas, em quatro campi, distribuídas em 12 cursos de graduação.

As inscrições deverão ser feitas até o dia 15 de janeiro de 2017, por meio do site da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd)Processo Seletivo Indígena.

Poderão participar da seleção os indígenas aldeados do território nacional que concluíram ou irão concluir o Ensino Médio até a data prevista para a matrícula, que conforme o cronograma será dia 03 de março de 2017. No momento da inscrição, o candidato deverá optar por até dois cursos em ordem de preferência e prioridade.

Para o dia 17 de janeiro está prevista a divulgação da lista dos inscritos. A prova será aplicada no dia 20 de janeiro e terá duração de quatro horas. A abertura dos portões para entrada dos candidatos ocorrerá às 13h e o fechamento às 13h50 (Horário de Brasília – DF). O exame será realizado no Instituto Federal Sul-rio-grandense, Campus Passo Fundo, a partir das 14h.

O processo seletivo será constituído de uma prova de redação, na modalidade dissertativa. Serão avaliados os seguintes critérios: atendimento ao tema; progressão temática; predomínio da tipologia dissertativa e adequação à norma cultura do português brasileiro.

Abaixo os cursos com oferta de vagas para indígenas aldeados:

O resultado final está previsto para ser publicado no dia 23 de fevereiro de 2017. Para mais informações, leia o Edital nº 388/2016.

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Unipampa participa do 3º Fórum das Ações Afirmativas

A Universidade Federal do Pampa (Unipampa) participou do 3º Fórum das Ações Afirmativas da Região Sul, realizado nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu. O evento discutiu os desafios e perspectivas das Instituições Federais de Ensino Superior do Paraná, de Santa Catariana e do Rio Grande do Sul na implementação e manutenção da reserva de vagas, principalmente, para negros, indígenas e pessoas com deficiência. Os debates foram voltados ao acesso à graduação, pós-graduação e aos concursos públicos. Também foram abordados temas como as políticas de permanência, a avaliação das ações e as comissões de verificação de autodeclaração.

A coordenadora de Ações Afirmativas da Unipampa, professora Fabiana Missau, representou a Instituição no painel Ações afirmativas e o acesso dos povos e comunidades tradicionais ao ensino superior. “A Unipampa está intensificando o planejamento de ações para o acesso das comunidades indígenas e quilombolas em cursos da Universidade”, destacou Fabiana. Também participou do painel a professora Sátira Machado, que apresentou as novas possibilidades de criação dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABIs) nos campi da Unipampa. “Criado em 2010, o NEAB de Uruguaiana foi o primeiro. Agora, com a aprovação do Regulamento dos NEABIs na última reunião do Consuni, mais Núcleos poderão potencializar as ações afirmativas na Universidade, em todas as Unidades Universitárias”, afirmou a docente.

A Unipampa integra o Fórum das Ações Afirmativas da Região Sul desde 2014, quando participou da primeira edição realizada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em 2017, o evento acontecerá em Santa Catarina, aproximando mais de 20 instituições federais da região em torno da temática. O núcleo organizador do 4º Fórum será composto pelas seguintes instituições: Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Unila, UFSCUnipampa.

Programação

Dia 31/10
9h – Mesa de abertura
9h30 – Conferência de Abertura: A Ruptura da Democracia no Brasil e os Desafios para as Ações Afirmativas
14h – Painel 1: Ações afirmativas e a políticas de permanência – desafio da inclusão da população negra e indígena no ensino superior
16h15 – Painel 2: Sistemas de Avaliação, Monitoramento e no Ensino Superior Público Federal

Dia 1/11
9h – Painel 3: Comissão de Verificação da Autodeclararão/Ações Afirmativas nos concursos públicos
14h – Painel 4: Ações afirmativas e o acesso dos povos e comunidades tradicionais ao ensino superior
16h15 – Painel 5: O desafio das ações afirmativas na Pós-graduação – o acesso e as políticas de permanência
18h30 – Exposição das deliberações dos Painéis e a Carta do Fórum Latino-Americano de Estudantes
19h – Encerramento

Unipampa lança Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas em Jaguarão

O Campus Jaguarão da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) lançou, em novembro, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), que visa à promoção de atividades de ensino, pesquisa e extensão voltadas às temáticas da história e da cultura africana, afro-brasileira e indígena. A cerimônia contou com a presença do reitor da Instituição, Marco Antonio Fontoura Hansen.

O regimento geral dos núcleos foi aprovado, recentemente, pelo Conselho Universitário (Consuni). O documento disciplina a criação, organização e funcionamento dos Núcleos de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), nos dez campi da Unipampa.

Em Jaguarão, o Neabi foi apresentado pelas professoras dos cursos de Produção e Política Cultural, Sátira Machado, e de Pedagogia, Simone Alves.


Na ocasião, o reitor destacou: “A Unipampa é uma instituição inclusiva e os núcleos abrirão novas portas para parcerias no âmbito das ações afirmativas”.

Lançamento do Neabi do Campus Jaguarão – Foto: Alexandre Caldeirão

Os núcleos serão compostos por servidores e discentes da Unipampa, identificados com os objetivos do Neabi, sendo eles afrodescendentes, indígenas ou de diversas etnias. A composição inclui, ainda, integrantes das comunidades do entorno das Unidades Universitárias e membros do Movimento Social Negro e Indígena.

Para o vice-reitor, Maurício Aires Vieira, “a Unipampa avança por ter um núcleo que trate desta política de uma forma mais materializada e, mais regimentada, dentro da Universidade”.

Histórico dos Núcleos na Unipampa

Em 2010, foi criado, no Campus Uruguaiana, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab), coordenado pela professora Marta Iris Camargo Messias da Silveira. Este núcleo foi pioneiro em desenvolver ações de promoção da diversidade étnico-racial, de valorização das histórias e cultura afro-brasileiras e indígenas, fortalecendo as ações afirmativas na Unipampa.

Em julho de 2016, por iniciativa do então pró-reitor adjunto de Assuntos Estudantis e Comunitários, professor Cristóvão Domingos de Almeida, em diálogo com a Comissão Especial de Estudos sobre História e Cultura Afro-brasileira e Indígena (Hicabi), foi encaminhado ao Consuni o regulamento para a criação de novos núcleos nos campi da Instituição.

Com parecer favorável da conselheira, professora Ana Cristina da Silva Rodrigues, diretora do Campus Jaguarão, o regimento foi aprovado durante a 74ª Reunião Ordinária do Conselho, realizada em Bagé. O documento também cita a criação do Fórum Neabi/Unipampa, que será responsável pela integração dos dez núcleos da Universidade e pelo diálogo permanente com a Coordenadoria de Ações Afirmativas (CAF), coordenada pela professora Fabiana Missau.

Antecedentes Nacionais dos Núcleos

A história dos Núcleos Brasileiros tem início em 1956, com a criação do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO), da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Desde então, outras Instituições de Ensino Superior, públicas e privadas, passaram a criar órgãos correlatos, como os Núcleos.

“A maior inserção de militantes afrodescendentes nas Universidades possibilitou a aproximação desses profissionais no primeiro Congresso Brasileiro de Pesquisadores/as Negros/as (Copene) e a criação da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), em 2000”, conta a professora Sátira.

Atualmente, essa rede de cooperação científica reúne mais de cem núcleos, incluindo os da Unipampa, que produzem conhecimentos sobre África, diáspora africana, afro-brasileiros e indígenas em todas as regiões do país.

Com informações da professora Sátira Machado