O último domingo de janeiro é considerado o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase. Em 2021, a data será celebrada dia 31 de janeiro. A data foi instituída no Brasil por meio da Lei nº 12.135/2009 e visa chamar atenção para as medidas de prevenção e controle e também alertar para os mitos e as informações erradas acerca da doença, que são enfrentadas por pessoas afetadas pela hanseníase.
A hanseníase caracteriza-se por ser uma doença infecciosa e contagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, ela afeta a pele e os nervos periféricos, ocasionando lesões neurais. Isso confere à doença um alto poder incapacitante. A hanseníase é transmitida por meio das vias aéreas (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro) de pacientes não tratados.
Quando o paciente realiza o tratamento, ele não transmite mais a doença. O período de incubação da hanseníase pode levar de três a cinco anos. Felizmente, o Ministério da Saúde ressalta que a maioria das pessoas que entra em contato com estes bacilos não desenvolve a enfermidade.
O Ministério da Saúde ainda enfatiza os seguintes sintomas das hanseníase:
- Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração da sensibilidade ao calor e ao frio; ao tato e à dor, principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas;
- Áreas do corpo com diminuição dos pelos e do suor;
- Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas;
- Inchaço em mãos e pés;
- Diminuição da sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés;
- Lesões em pernas e pés;
- Caroços no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos;
- Febre, inchaço e dor nas articulações;
- Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz;
- E ressecamento nos olhos.
O tratamento para hanseníase é realizado por meio de associação de antibióticos usados de forma padronizada. O paciente tomará a primeira dose mensal supervisionada por um profissional de saúde e as demais serão auto administradas. O tratamento é disponibilizado de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o acompanhamento é realizado em unidades básicas de saúde e em unidades de referência.
As principais formas de prevenção são: diagnóstico precoce, tratamento adequado e a investigação de contatos que convivem ou conviveram, residem ou residiram, de forma prolongada com pacientes acometidos por hanseníase. Por isso, se houver suspeita de ter contraído a doença, deve-se buscar atendimento o mais breve possível, para que seja feita avaliação e orientação corretas a fim de evitar que a doença evolua e possa desencadear outras incapacidades e deformidades físicas.
A Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) da PROGEPE ressalta a importância da prevenção da hanseníase e das complicações que a doença pode acarretar. Reforça a importância de conhecer os sintomas e, ao perceber qualquer alteração no corpo, acessar um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado. Não tenha receio, tenha consciência!