🗓 Hoje, dia 28 de julho, celebramos o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, tema de extrema importância e relevância para sua saúde.
➡️ Você sabe o que são hepatites virais?
Caracteriza-se como hepatite toda inflamação que atinge o fígado, órgão do sistema digestivo, que tem papel principal na desintoxicação do organismo. A hepatite é decorrente, na maioria das vezes, de uma infecção viral, todavia também pode ser desencadeada pelo uso abusivo de substâncias tóxicas – álcool, medicamentos e drogas -, doenças genéticas ou autoimunes.
⚠️ Segundo dados do Ministério da Saúde, 1 a cada 30 pessoas têm a doença no país. Em caso de dúvida se adquiriu a doença, basta uma picada no dedo para coletar uma gota de sangue que é misturada ao reagente. O resultado sai em poucos minutos. Quanto mais precoce for diagnosticado, maiores as chances de tratamento, evitando que a doença evolua para cirrose ou câncer de fígado.
📍 As hepatites virais podem ser classificadas pelos tipos A, B, C, D e E, sendo os três primeiros mais comuns no Brasil. A seguir, você irá conferir alguns detalhes sobre a transmissão, os sintomas, o tratamento e a prevenção de cada um deles:
- Hepatite A: chamada de “hepatite infecciosa”, tem como agente o Vírus da Hepatite A – VHA – e a sua transmissão ocorre por meio do contato com pessoas portadoras da doença e pela água ou alimentos que estejam contaminados por esse microrganismo — essa transmissão é conhecida como fecal-oral. Os indivíduos podem apresentar cansaço, febre, enjoo, tontura, dor abdominal, alteração na coloração da urina e das fezes e aspecto amarelado na pele. Os sinais começam a aparecer após 15 dias de infecção, quando ocorrem. É feita a prescrição de medicamentos para controle dos sintomas, controle da desidratação e, em casos graves, como quando ocorre insuficiência hepática aguda, a hospitalização. A melhor prevenção são bons hábitos de higiene, assim como o tratamento da água. É recomendável também evitar a proximidade de locais com esgoto a céu aberto.
- Hepatite B: provocada pelo vírus HBV, é transmitida por meio de fluidos corporais – sangue, secreções, entre outros. Desse modo, indivíduos que compartilham objetos de uso pessoal infectados, têm relações sexuais sem proteção com pessoas contaminadas, estiveram em contato com objetos perfurantes com a presença do agente causador, entre outras situações, estão suscetíveis à doença. A hepatite B também pode ser passada de mãe para filho durante a gestação, caso a mãe esteja contaminada. Os sintomas costumam se manifestar após 6 meses de infecção e, majoritariamente, em pessoas acima de 5 anos — crianças mais novas podem apresentar sinais da doença, apesar de ser mais raro. Dentre os indícios da infecção, podemos citar a icterícia – amarelamento da pele e da parte branca do olho -, febre, enjoo, urina escura, fezes claras, dores no corpo, entre outros. Pode surgir de maneira aguda ou crônica quando ultrapassa os seis meses. Como tratamento, o médico responsável indicará os medicamentos adequados para evitar a complicação do quadro, como a cirrose. Além disso, a orientação é que o consumo de álcool e de demais substâncias seja suspenso. Os métodos mais eficientes de prevenção são o uso de preservativos durante as relações sexuais, evitar o compartilhamento de itens de uso pessoal – escova de dentes, alicate de unha, lâmina de barbear, entre outros – , assim como se certificar de que os objetos perfurantes estão esterilizados em locais como estúdios de tatuagem, tratamento de acupuntura. A hepatite B também tem uma vacina disponível no SUS.
- Hepatite C: a transmissão ocorre de forma semelhante a do vírus HBV, porque o agente causador se encontra presente no sangue de pessoas contaminadas. Deste modo, é fundamental evitar contato sem proteção com fluidos corporais de indivíduos infectados. Os sintomas da hepatite C são semelhantes aos da hepatite B. Além disso, manifesta-se de forma crônica ou aguda, sendo a primeira mais frequente. Quando não são devidamente tratados, os sintomas podem evoluir para cirrose hepática ou câncer de fígado. Na maior parte dos casos, os médicos recomendam o tratamento com antivirais. Embora não exista uma vacina contra a hepatite C, é possível preveni-la evitando o contato sem proteção com pessoas e objetos que podem estar contaminados
- Hepatite D: também se assemelha a de tipo B. Além disso, essa infecção parte da associação do Vírus da Hepatite D – VHD -, com o Vírus da Hepatite B – VHB -, podendo haver contaminação simultânea ou não. Portanto, as formas de transmissão são as mesmas. Seus sintomas também são silenciosos, mas, caso surjam, são da mesma maneira que os da hepatite B: febre, cansaço, náuseas, dores no corpo, variação das cores das fezes e da urina, icterícia, entre outros. O tratamento também envolve uma medicação adequada e recomendação de repouso, suspensão do consumo de bebidas alcoólicas e alimentação balanceada. A prevenção é realizada por meio da adoção de medidas como: evitar contato com objetos contaminados ou com pessoas com suspeita de infecção, vacina contra o vírus VHB, uso de preservativos durante as relações sexuais, evitar compartilhar objetos pessoais e pré-natal adequado para mulheres gestantes.
- Hepatite E: é um tipo raro no Brasil, sendo mais comum em países dos continentes africano e asiático. A sua transmissão ocorre por meio fecal-oral. Os sintomas, quando surgem, podem se manifestar entre 15 e 60 dias após a contaminação. Os principais sinais são febre, dores no corpo, fadiga, enjoos, icterícia e mudança na cor da urina – escurecimento – e das fezes – clareamento. Essa hepatite viral também não possui um tratamento específico. A orientação costuma ser a suspensão do uso de bebidas alcoólicas, dieta com poucos alimentos gordurosos e repouso.
✅ No Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, a Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) ressalta que somente com o diagnóstico precoce é possível obter maiores chances de eficácia com o tratamento recomendado e reitera a importância de ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina. Os testes rápidos para diagnóstico estão disponíveis no SUS, assim como o tratamento para a doença.