#AbrilAzul | Mês de Conscientização sobre o Autismo

➡ O mês de abril se veste de azul para conscientizar sobre o autismo. O objetivo da campanha é divulgar informações sobre o Transtorno do Espectro Austista (TEA) a fim de reduzir a discriminação e preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno.
 
📍 De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é classificado como um dos transtornos do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de comunicação, interação social e comportamentos restritos ou repetitivos. O Ministério da Saúde (MS) alerta que os sinais do neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, com o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade.
 
As pessoas afetadas pelo TEA frequentemente possuem condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia muito de um caso para outro, variando de deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas.
 
Deste modo, conforme MS, os sintomas do TEA podem ser divididos em 3 grupos:
🔹 Ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência intelectual.
🔹 O paciente é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente. Consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação – chega a repetir frases inteiras fora do contexto – e tem comprometimento da compreensão.
🔹 Domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite levar uma vida sem muitas limitações.
 
Dentre os comportamentos atípicos, podemos notar que as crianças com TEA podem demonstrar extrema atenção ou interesse por determinado objeto; realizar movimentos repetitivos com o corpo, alinhar ou organizar brinquedos em linha. Mudanças na rotina ou a exposição a ambientes barulhentos e super estimulantes podem perturbar as crianças com TEA, levando a explosões de raiva, frustração, angústia ou tristeza.
 
🩺 O diagnóstico de TEA é clínico, feito por um médico especialista, através dos relatos dos pais sobre o comportamento da criança e observação desta em diferentes ambientes. O tratamento envolve a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores. A equipe multidisciplinar realizará planos de intervenção de acordo com a necessidade e peculiaridades de cada caso, uma vez que cada pessoa com TEA é única e possui características diferentes dentro do espectro.
 
🔖 Apesar dos avanços, mais do que um trabalho de conscientização, é preciso compreensão, respeito e aceitação pela sociedade para que as pessoas com TEA possam ser inseridas nos ambientes de convívio social. Isso significa combater o capacitismo, que é a ideia de que as pessoas com deficiência física ou mental são incapazes. No caso de quem tem autismo, para promover a inclusão na sociedade, é necessário desconstruir conceitos preconcebidos e disponibilizar informação sobre o tema.
 
Dessa forma, a inserção de uma pessoa com autismo no ambiente de trabalho, por exemplo, requer a compreensão de suas características e o tipo de função que conseguirá exercer. É preciso entender quais os pontos fortes e os desafios que uma pessoa com determinado espectro do autismo traz e adequar as atividades, seja no trabalho ou na escola. Cada autista é único e capaz de aprender habilidades dentro de suas limitações. Diminuir o estigma é aumentar a inclusão social.
 
✅ A Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) destaca a importância de estar atento ao desenvolvimento da criança e, perceber qualquer atraso no desenvolvimento, buscar avaliação de um profissional especializado.
 
Diagnóstico precoce e intervenção adequada são primordiais quando se trata de TEA. 😉