
Em agosto, celebramos o mês de incentivo à amamentação, reforçando a importância do aleitamento materno à saúde de crianças, mães e sociedade. A campanha, promovida globalmente pela World Alliance for Breastfeeding Action (WABA), conta com a adesão do Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e de inúmeras organizações que atuam na promoção, proteção e apoio ao aleitamento. A campanha é representada pela cor dourada, simbolizando a preciosidade do leite materno considerado fonte de vida, vínculo e proteção.
O leite materno fortalece o sistema imunológico, reduz o risco de infecções graves, favorece o crescimento e protege contra doenças. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que a amamentação é a única intervenção isolada com maior impacto na redução da mortalidade infantil, pois pode prevenir até 13% das mortes de crianças menores de cinco anos em todo o mundo.
Amamentar pode ser um momento delicado e desafiador para a mulher. Para um aleitamento materno exitoso é primordial que a mãe sinta-se segura, com uma rede de apoio forte e sem julgamentos, caso haja adversidades no decorrer desse processo.
O Ministério da Saúde preconiza que o aleitamento seja exclusivo até os seis meses e, de forma complementar, até os dois anos de idade ou mais da criança. Portanto, é preciso identificar as barreiras que possam dificultar esse processo, geralmente relacionadas à rede de suporte frágil ou inexistente, fragilidades associadas à saúde mental materna e/ou pega incorreta do bebê durante as mamadas.
Ressalta-se que a boa pega na amamentação ocorre quando o bebê abocanha grande parte da aréola, e não apenas o mamilo. Sinais de uma pega eficaz incluem lábios virados para fora, queixo encostado na mama e nariz livre para respirar. A mãe deve sentir que o bebê está succionando profundamente e o mamilo, ao final, deve estar íntegro e não achatado. Se a pega for dolorosa ou ineficaz, é importante suporte profissional para garantir o bem-estar da mãe e do bebê.
Se a mãe estiver enfrentando alguma questão relacionada à saúde mental e/ou ausência de uma rede de apoio, também é primordial buscar acompanhamento especializado para que possa cuidar de seu bebê de forma saudável, garantindo a segurança, saúde e qualidade de vida para ambos.
A Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) ressalta que o aleitamento materno deve ser priorizado por todos, além disso é essencial garantir políticas públicas que respeitem a licença-maternidade, investir em bancos de leite humano, qualificar profissionais de saúde, oferecer acolhimento às famílias e garantir espaços adequados para amamentar e extrair leite no ambiente de trabalho.