(Re)conheça e Multiplique | Aprendendo sobre transtornos mentais

Hoje, 12 de abril, é Dia Nacional de Enfrentamento à Psicofobia

Mas, você sabe o que é psicofobia? Talvez ainda não conheça o termo, porém já pode ter presenciado alguma situação em que alguém com transtornos ou deficiências mentais sofreu preconceito. Para lutar contra isso, a data de hoje tem como objetivo combater o preconceito, informar corretamente a população e proporcionar conscientização sobre as doenças mentais, seus sintomas e tratamentos.

Segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de um bilhão de indivíduos sofrem com doenças mentais em todo o mundo. No Brasil, entre as 10 maiores causas de afastamento do trabalho, 5 são por conta de transtornos mentais, como depressão e ansiedade, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

O estigma com as pessoas que sofrem de doenças mentais atrapalha a busca por informações e dificulta mais ainda o tratamento. Pensando nisso, a Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) irá divulgar a partir de hoje a campanha “Aprendendo sobre transtornos mentais”.

Realizada entre junho e outubro de 2022, esta campanha visa sensibilizar os servidores da Unipampa, sobretudo aqueles que ocupam cargo de chefia, por meio do compartilhamento de informações que permitam conhecer a patologia, compreender os obstáculos enfrentados pelo servidor e, de forma empática, buscar alternativas para que a rotina de trabalho seja mais produtiva e saudável a todos que compõem a equipe.

Hoje, você vai poder conhecer mais sobre a “Síndrome de Burnout” na cartilha anexada. 

Fique atento(a) e dê uma olhada no card que também consta neste e-mail que aborda “Algumas situações que podem surgir no ambiente de trabalho e que configuram psicofobia”.

Não iremos parar por aí! Então, confira logo abaixo a programação dos próximos envios:

  • 30 de abril – Transtorno do Pânico + Transtornos de Ansiedade
  • 08 de maio – Transtorno Bipolar + Depressão

Os reenvios destes materiais fazem parte da iniciativa da DASST intitulada “(Re)conheça e Multiplique”, que permite que novos servidores possam conhecer os materiais anteriormente produzidos pelo setor, bem como incentiva a releitura daqueles que já tiveram contato, uma vez que as temáticas desenvolvidas continuam atuais e necessárias.

Desmistificar tabus e acolher de forma adequada impacta na saúde do servidor e pode surtir efeitos positivos em relação ao clima de trabalho e ao suporte às atividades desempenhadas. Acompanhe os materiais, aprimore seus conhecimentos e também sua sensibilização. Dessa forma, com certeza, você contribuirá na promoção de um ambiente de trabalho inclusivo, diverso e humano. 

Aprenda sobre transtornos mentais e diga não à psicofobia!


Se interessou pelos materiais produzidos pela DASST? Acesse o site da PROGEPE clicando aqui e confira todos os materiais elaborados pela divisão.

Caso você ou sua equipe esteja enfrentando alguma situação no trabalho que demande orientação e suporte psicológico, entre em contato com as psicólogas da PROGEPE, através do e-mail: psicologia.progepe@unipampa.edu.br. Para saber mais sobre o Serviço de Psicologia, clique aqui.

(Re)conheça e multiplique: Campanha #NãoÉNormal

Hoje, a Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) dá sequência à campanha “(Re)conheça e Multiplique”, com o intuito de resgatar materiais já produzidos pela equipe e ampliar o conhecimento dos servidores da Unipampa.

Você recebe neste e-mail duas cartilhas que integraram a campanha #NãoÉNormal: Entendendo a Síndrome de Burnout e Sobrecarga Docente e Trabalho Remoto.

Lançada em 2021 em meio à pandemia do coronavírus e à vigência do trabalho remoto, a campanha #NãoÉNormal teve como objetivo suscitar a conscientização e proporcionar a reflexão acerca de determinadas situações que, quando presentes, podem impactar negativamente no ambiente de trabalho. Foram elaborados vídeos, cards e cartilhas com conceitos, definições e peculiaridades sobre diferentes assuntos de interesse dos servidores e que permanecem atuais.

Os vídeos desta campanha contaram com a participação da psicóloga da PROGEPE, Camila Perez, e você pode acessá-los clicando aqui

Esperamos que a leitura dos materiais possa contribuir com o seu desenvolvimento no trabalho. Siga nos acompanhando porque a campanha “(Re)conheça e multiplique” ainda não terminou!

Se interessou pelos materiais produzidos pela DASST? Acesse o site da PROGEPE clicando aqui e confira todos os materiais elaborados pela divisão.

Servidor da Unipampa: caso você ou sua equipe esteja enfrentando alguma situação no trabalho que demande orientação e suporte psicológico, entre em contato com as psicólogas da PROGEPE, através do e-mail: psicologia.progepe@unipampa.edu.br. Para saber mais sobre o Serviço de Psicologia, clique aqui.

Campanha contra discriminação racial: por uma Universidade antirracista

O presente material corresponde à segunda parte enviada aos servidores referente à “Campanha contra discriminação racial: por uma Universidade antirracista”. Você pode conferir o primeiro conteúdo no post publicado no dia 21 de março. Como estamos no mês da mulher, neste momento iremos destacar alguns pontos relacionados às mulheres negras.

As mulheres negras e o trabalho de cuidado

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2022, as mulheres negras são o maior grupo populacional do país: 60,6 milhões, ou seja, 28% da população total. Já sabemos que o trabalho de cuidado impacta homens e mulheres de forma diversa. Mas quando analisamos a questão com o recorte racial, é nítido que mulheres negras dedicam mais tempo a esse trabalho do que mulheres brancas.

Para Bell Hooks, após anos de escravidão, ainda hoje subsiste a “representação da negra que imprime na consciência cultural coletiva a ideia de que ela está neste planeta principalmente para servir aos outros”. No mesmo sentido, Sueli Carneiro indica que o imaginário social brasileiro relega as mulheres negras a uma condição de subalternidade, atribuindo-lhes papéis sociais específicos, como o de empregada doméstica.

A taxa de desemprego de mulheres negras é a mais alta, com percentual de 22,1% desempregadas, o dobro do percentual dos homens brancos/amarelos (10,0%). Além disso, os dados demonstram, portanto, que mulheres negras estão na base da pirâmide da desigualdade de renda no Brasil.

As mulheres representam a maioria dentre os trabalhadores que desenvolvem atividades remuneradas no âmbito doméstico (domésticas, cuidadoras de idosos ou crianças etc), atividades que sofrem com altos índices de informalidade e baixa remuneração. Nesse grupo, mais de 91% são mulheres, das quais 65% são negras. Além disso, são as mais impactadas no trabalho de cuidado não remunerado, já que, das mães solo brasileiras, 90% são negras.

No Brasil, 11,3 milhões de mulheres criam seus filhos e filhas sozinhas. Entre elas, 72,4% não têm rede de apoio próximo. Pesquisa realizada nos últimos 10 anos (de 2012 a 2022), mostra que 90% das mães solo são negras. (PNADC, IBGE)

Estudo publicado pela Coqual no ano de 2023 aponta que, no Brasil, esse trabalho reprodutivo possui 53% mais chances de impactar negativamente uma mulher preta do que uma mulher branca. Esses dados demonstram a necessidade de se repensar o cuidado a partir das diferentes interseccionalidades, que se somam à questão do gênero e impactam de forma diversa diferentes grupos.

A ratificação da Convenção 156 da Organização Internacional do Trabalho, que trata dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras que possuem encargos familiares, é um importante passo a ser assumido pelo Estado brasileiro a fim de corrigir essas distorções.

Desde 2017, cerca de 80 trabalhadores domésticos foram resgatados em condições análogas à escravidão pela Inspeção do Trabalho no Brasil. Desses, cerca de 80% eram mulheres negras. É necessário, portanto, reconhecer que o racismo estrutural se soma à questão do gênero e do machismo, resultando numa dupla-discriminação dirigida às mulheres negras.

Confira no card clicando aqui: “O que se pode fazer quanto ao enfrentamento da discriminação racial contra mulheres?“, nele constam algumas medidas a serem tomadas, tanto no âmbito individual, quanto organizacional.

É chegado ao fim  da nossa “Campanha contra discriminação racial: por uma Universidade antirracista”. Agradecemos a todos que acompanharam os materiais  compartilhados e desejamos que as reflexões trazidas possam reverberar para além dessa data, pois não basta não concordarmos com o racismo, é preciso que adotemos práticas antirracistas todos os dias.


Já falamos sobre discriminação racial na “Cartilha de Conscientização e Combate ao Racismo – Lutar contra o racismo é dever de todos(as)!”. Para conhecer este e outros materiais elaborados pela DASST, acesse o site da PROGEPE clicando aqui

Servidor da Unipampa: caso você esteja em sofrimento relacionado ao trabalho ou tenha passado por situação de discriminação racial, entre em contato com as psicólogas da PROGEPE, através do e-mail: psicologia.progepe@unipampa.edu.br. Elas poderão prestar acolhimento, bem como auxiliar em relação às medidas a serem tomadas diante dos fatos. Para saber mais sobre o Serviço de Psicologia, clique aqui.

Fique atento aos medicamentos contraindicados em caso de suspeita de dengue!

Infelizmente, o registro de casos prováveis de dengue e óbitos relacionados à doença seguem em elevação no Rio Grande do Sul. O Estado ainda não foi contemplado com a vacina contra a doença. 🚫🦟
 
➡ As formas de combate ao mosquito Aedes Aegypti permanecem as mesmas e devem ser realizadas com bastante frequência, ao menos uma vez ou duas vezes por semana. Reserve um tempo para verificar se não há água parada em vasos de plantas, pneus, garrafas,sacos de lixos, potes ou outros recipientes de pets, calhas, caixas d’águas, piscinas. Se identificar água parada, faça a higienização dos itens, descartando água e eliminando potenciais criadouros para o mosquito. Use sempre repelente para proteger a pele da picada da fêmea do mosquito!
 
Caso observe uma situação que coloque sua saúde e a dos demais em riscos como água parada em terrenos baldios, residências vizinhas ou até mesmo no ambiente laboral, comunique as autoridades responsáveis e acione a Vigilância Sanitária em Saúde para fiscalização e orientações mais específicas.
 
Ao apresentar sintomas como dor atrás dos olhos, manchas vermelhas no corpo, febre alta, cansaço, dor no corpo e quaisquer outras alterações, busque avaliação profissional na unidade de saúde mais próxima.
 
Jamais se automedique! Algumas medicações são contraindicadas em casos de suspeita de dengue, inclusive o Ministério da Saúde enfatiza a importância de não utilizá-las, visto que podem agravar o quadro da doença, ocasionando hemorragias, necessidade de internação hospitalar e até mesmo aumento do risco de óbito.
 
📍 Siga as orientações realizadas por um profissional para o tratamento da dengue. Faça repouso, se hidrate e, se for necessário, solicite o afastamento das atividades de rotina: estudo, trabalho, academia, etc.
 
Zele pela sua saúde! No combate a dengue, a colaboração de todos é essencial! 😉
 
Unipampa contra a dengue! 🚫🦟

Campanha contra Discriminação Racial: por uma Universidade antirracista

Em 21 de março de 1960, a polícia sul-africana matou 69 pessoas que se manifestavam pacificamente contra as leis do Apartheid. Em 1966, a Assembleia Geral das Nações Unidas decidiu que, no dia 21 de março de cada ano, seria comemorado o Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial. Em alusão à esta data, a Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) lança a Campanha contra discriminação racial: por uma Universidade antirracista”.

Na América Latina, o racismo afeta especialmente pessoas e povos indígenas e pessoas de ascendência africana. Conforme o Atlas da Violência de 2023, a violência contra pessoas negras no Brasil é um fenômeno histórico e isto se aplica à maioria de suas dimensões, como a simbólica, a psicológica, a moral e a física. Esse quadro se constitui a partir da formação histórico-social e cultural do país, que nos deixou como legado o racismo estrutural.

Considerando a tese do racismo estrutural, temos evidência de que há um grupo racialmente identificado sendo vitimizado de forma sistemática. Ainda que toda a diferença de letalidade fosse explicada meramente por diferenças socioeconômicas entre esses grupos sociais, a maior letalidade de negros já seria um efeito indireto do racismo estrutural que, historicamente, tem discriminado as pessoas negras no mercado de trabalho e no acesso educacional, obstruindo assim oportunidades e relegando-as aos estratos sociais menos favorecidos.

O cenário apresentado acima assinala, mais uma vez, a urgência de se combaterem práticas racistas, com a formulação de políticas públicas específicas que mitiguem a desigualdade racial. A partir de um conjunto estratégico de ações, que mobilize diferentes áreas de políticas públicas, como da educação, saúde, cultura e segurança, é urgente garantir direitos e promover condições de vida favoráveis para uma parcela da população que é violentada desde os tempos coloniais.

Discriminação racial no ensino superior

No Brasil, os negros sempre lutaram. Não tiveram outra escolha. Apenas recentemente, porém, o protagonismo que tiveram na própria luta passou a ser reconhecido. O acesso à educação teve, e continua tendo, um papel importante nessa conquista. 

A discriminação racial é materializada na participação reduzida de indígenas e afrodescendentes no quadro de estudantes, professores, autoridades e servidores. No Brasil, a população negra (pretos e pardos) é superior a 50%, mas tem baixa representatividade entre alunos, professores e administradores.

O racismo não afeta apenas as possibilidades de acesso de povos indígenas e afrodescendentes ao ensino superior, afeta também a qualidade da formação que as universidades oferecem, a investigação que realizam e o seu papel na formação dos cidadãos e da opinião pública. Além disso, o racismo também permeia a formação de professores e, portanto, irradia-se para todo o sistema educacional.

Tendo em vista esses problemas e as disposições de várias convenções internacionais, a terceira Conferência Regional de Educação Superior (Cres 2018), realizada em Córdoba em junho de 2018, enfatizou, entre outras recomendações, que as políticas e as instituições de educação superior devem contribuir, de forma proativa, para o desmantelamento de todos os mecanismos que geram o racismo. Destacou-se a necessidade de promover a diversidade cultural e a interculturalidade em condições equitativas e mutuamente respeitosas.

Definiu, ainda, que o desafio não seja apenas incluir membros de povos indígenas e afrodescendentes e indivíduos de grupos sociais historicamente discriminados em instituições de ensino superior, mas transformar essas instituições para torná-las ainda mais social e culturalmente relevantes. Isso pode ser feito por meio da capacitação de profissionais e técnicos com conhecimentos mais adequados aos seus contextos, da realização de pesquisas de melhor qualidade e, sobretudo, da contribuição para a construção de sociedades mais democráticas e equitativas: respeitando a voz e o lugar de fala de pessoas negras e indígenas, promovendo espaços e oportunidades de liderança para esses grupos, aprendendo com seus saberes ancestrais.

É hora de pôr essas recomendações em prática. Para tanto, é necessário o efetivo comprometimento das instituições de ensino superior – suas autoridades, professores, pesquisadores, estudantes e funcionários – e também políticas públicas e alocações orçamentárias adequadas.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar”. Nelson Mandela

A segunda parte deste conteúdo será enviada no dia 28/03/24, onde abordaremos: “As mulheres negras e o trabalho de cuidado” e “O que se pode fazer quanto ao enfrentamento da discriminação racial contra mulheres?”.

Continue acompanhando a “Campanha contra discriminação racial: por uma Universidade antirracista”, pois não basta não concordarmos com o racismo, é preciso que adotemos práticas antirracistas em nosso dia a dia. 


Já falamos sobre discriminação racial na “Cartilha de Conscientização e Combate ao Racismo – Lutar contra o racismo é dever de todos(as)!”. Para conhecer este e outros materiais elaborados pela DASST, acesse o site da PROGEPE clicando aqui

Servidor da Unipampa: caso você esteja em sofrimento relacionado ao trabalho ou tenha passado por situação de discriminação racial, entre em contato com as psicólogas da PROGEPE, através do e-mail: psicologia.progepe@unipampa.edu.br. Elas poderão prestar acolhimento, bem como auxiliar em relação às medidas a serem tomadas diante dos fatos. Para saber mais sobre o Serviço de Psicologia, clique aqui.