III ESCOLA DE INVERNO GNAP: PROCESSAMENTO DE SINAIS BIOLÓGICOS
Em 2022 reserve espaço na agenda para participar em nossa III Escola de Inverno. O tema dessa terceira edição em 2022 será o processamento de sinais biológicos.
Já temos data! De 26 a 29 de Julho de 2022.
Em breve mais informações.
A III Escola de Inverno GNAP tem apoio da Sociedade Brasileira de Fisiologia.
A Clínica Científica de Ciclismo do GNAPUNIPAMPA já é um evento tradicional. Com a pandemia de covid-19 optamos por realizar edições no formato online, e para fechar as atividades de 2021, esperamos vocês no dia 10 de Dezembro ao vivo na NeuromechTV para a sexta edição da nossa clínica!
Objetivos:
Promover à sociedade o acesso gratuito ao conhecimento científico aplicado a prática de ciclismo como forma de mobilidade urbana e esporte recreacional;
Contribuir para um ambiente de prática baseada em evidências por parte de professores de educação física e fisioterapeutas;
Promover a integração entre entusiastas do ciclismo de diferentes modalidades e regiões geográficas.
Entre os dias 13 e 17 de Setembro ocorreu o XIX Congresso Brasileiro de Biomecânica (www.cbb2021.com.br). O evento oficial da Sociedade Brasileira de Biomecânica (www.bsb.org.br) é o maior congresso da área na América Latina. Nesta edição o evento contou com mais de 600 participantes, em ambiente virtual, e uma programação vasta, com convidados do Brasil, Colômbia, México, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e África do Sul. O evento também recebeu a terceira edição do meeting latino americano de biomecânica, o XI Simpósio em Neuromecânica Aplicada, e o 13º Simpósio do Motor Control ISB Technical Group.
O Grupo de Pesquisa em Neuromecânica Aplicada, da UNIPAMPA Campus Uruguaiana, participou de diversas atividades do congresso, com destaque para os trabalhos apresentados e eleitos como melhores trabalhos temáticos. Os trabalhos foram apresentados por estudantes da UNIPAMPA e ilustram o impacto do trabalho realizado pelo grupo ao longo dos anos.
Confira abaixo detalhes dos trabalhos premiados.
Na temática de biomecânica do esporte
“Analysis of clinical tests better predicting biomechanical outcomes in unilateral jump landing tasks”, de autoria de Karine Josibel Velasques Stoelben, Andressa Lemes Lemos, Evangelos Pappas, Felipe P Carpes. O trabalho é fruto do projeto de tese da doutoranda em Ciências Fisiológicas na UNIPAMPA, Karine Stoelben, e conta com fomento do CNPq, em parceria com a University of Wollongong, Austrália.
Na temática de locomoção e postura
“Efeitos do aquecimento dos pés sobre o controle postural em idosos”, de autoria de Mathias Sosa Machado, Álvaro Sosa Machado, Eliane Celina Guadagnin, Daniel Schmidt, Andresa Mara de Castro Germano, Felipe P Carpes. Apresentado pelo bolsista de iniciação científica Mathias Machado, estudante de fisioterapia da UNIPAMPA, o trabalho mostrou resultados da primeira fase de um projeto de cooperação internacional desenvolvido em parceria com a Technische Universität Chemnitz, da Alemanha, com o financiamento do programa CAPES PROBRAL. Além disso, o projeto conta com uma bolsa do programa FAPERGS PROBIC.
Na temática de ensino de biomecânica
“Interactive online biomechanics simulations and tools for students and professors“, de autoria de Felipe P Carpes, Jennifer Martay & Hugo Martay. O trabalho relata a construção e distribuição gratuita de ferramentas de simulação biomecânica para uso em sala de aula. O recurso é disponibilizado em diferentes idiomas e pode ser usado para auxílio no ensino, seja presencial, remoto ou híbrido. Desenvolvido em parceria com pesquisadores da Anglia Ruskin University da Inglaterra, o trabalho foi recentemente publicado em formato de artigo, na prestigiada revista Advances in Physiology Education, com acesso livre: https://doi.org/10.1152/advan.00069.2021.
“Olimpíadas de Biomecânica: adaptação de um projeto de inovação didático-pedagógica para o ensino remoto“, de autoria de Ana Carolina Lamberty de Morais, Bruna Carvalho Mendes, Mathias Sosa Machado, Marieli Miranda Paz, Maria Eduarda Ferreira Pereira, Vitória de Pereira Ferreira, Felipe P Carpes. Premiado na categoria de ensino de biomecânica, o trabalho apresentado pela bolsista PDA de iniciação ao ensino Ana de Morais, estudante de fisioterapia na UNIPAMPA, mostra como o projeto de inovação didático pedagógica “Olimpíadas de Biomecânica” foi adaptado para o contexto do ensino remoto emergencial. O projeto, iniciado em 2013, vem sendo utilizado também por outras universidades brasileiras para facilitar o aprendizado de biomecânica. Para quem tem interesse em conhecer mais sobre esse projeto, recomenda-se a leitura do artigo em que o método de ensino foi publicado, na revista Advances in Physiology Education, com acesso livre (https://doi.org/10.1152/advan.00027.2017).
Para conhecer mais sobre os trabalhos desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa em Neuromecânica Aplicada, da UNIPAMPA Campus Uruguaiana, visite https://sites.unipampa.edu.br/gnap/ e siga @gnap_unipampa nas redes sociais.
Apresentado pelo Prof. Emmanuel Souza da Rocha e pelo Prof. Felipe Carpes, o BiomeCast foi pensado como uma estratégia de divulgação da biomecânica e também uma fonte de estudo. Os episódios são recheados de bom humor e também contam com a participação de cientistas que convidamos para temáticas especiais.
Onde ouvir? O BiomeCast está nas principais plataformas de Podcast!
V Clínica Científica de Ciclismo – 25/03/2021 :: 18:30h
..
A V Clínica Científica de Ciclismo é um evento gratuito promovido pelo Grupo de Pesquisa em Neuromecânica Aplicada da UNIPAMPA. O evento conta com a presença de um time de palestrantes com ampla experiência nos temas que serão abordados. Com isso o evento promove um espaço de debate e muito conhecimento científico sendo compartilhado com a comunidade em geral, com especial foco nos praticantes de ciclismo.
Ao vivo no dia 25 de Março de 2021, a partir das 18:30h, gratuito, na NeuromechTV! Não é necessário fazer inscrição prévia, basta acessar a NeuromechTV no horário.
Programação:
# Ciclismo: Ciência & Prática – Prof. Dr. Felipe Carpes – instagram: @felipecarpes
# Ciclismo profissional: rotinas e desafios ciclista profissional – Nicolas Sessler – instagram: @nicosessler
# Treinamento de ciclismo para homens e parar mulheres – Treinadora Rafaella Della Giustina – instagram: @rdellagiustina
# Nutrição e recuperação pós-exercício – Prof. Dr. Rodrigo Macedo, Nutricionista – instagram: @rodrigomacedonutri
Assista ao vivo na NeuromechTV (clique no link abaixo e ative um lembrete. Te avisaremos quando o evento começar).
.
Conheça os palestrantes:
.
Prof. Dr. Felipe Pivetta Carpes
É professor associado da Universidade Federal do Pampa e ciclista amador nas horas vagas. Dentre os estudos que desenvolve, o objetivo comum é prover um conhecimento básico da produção e regulação de movimentos voluntários no contexto do esporte e da reabilitação, visando prover evidências para o melhor planejamento do exercício, treinamento e recuperação.
Idealizador e coordenador das Clínicas Científicas de Ciclismo do GNAP UNIPAMPA.
.
Nicolas Sessler
Único Ciclista Profissional brasileiro “UCI World Tour” em atividade. Campeão Vuelta a Lleída cat. Elite – ESP; Campeão Vuelta a Valencia cat. Elite – ESP; Campeão Ultramaratona Brasil Ride cat. Elite Américas – BRA; 2x Medalha de Bronze Copa do Mundo Mountain Bike Cross Country – RSA e USA; Bicampeão Brasileiro e 7º Ranking Mundial cat. Junior Mountain Bike Cross Country. Atual sócio e comentarista do “Gregario Rádio Podcast”.
.
Prof. MS. Rafaella Della Giustina
Licenciada em Educação Física pela UDESC, é Especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade Gama Filho e Mestra em Biodinâmica do Movimento Humano pela USP. É Especialista formada pela Academia Brasileira de Treinadores do Comitê Olímpico Brasileiro como Treinadora de Alto Rendimento Esportivo e em Desenvolvimento Esportivo. Atua como avaliadora e treinadora de atletas profissionais e amadores em diversas modalidades do Ciclismo há mais de 15 anos, tendo conquistado diversos títulos Estaduais e Brasileiros. Como atleta amadora, tem participações no l’Étape du Tour e mais de 15.000 km em provas de Audax. É uma das três mulheres no Brasil com o título de “Randonneur 5000” e a primeira mulher da América Latina com o título de “Randonneur 10000”.
.
Prof. Dr. Rodrigo Macedo
Nutricionista e docente de Graduação e Pós-Graduação em Nutrição. Tenho Especialização, Mestrado e Doutorado pela UFRGS. Realizo consultoria para grandes empresas e atendimento clínico há mais de 12 anos para praticantes de exercício físico e atletas de todas as modalidades.
Nossa escola de inverno foi muito legal. Estamos muito felizes com a participação de vocês. Disponibilizamos os certificados gratuitos para download. Clique no link correspondente para baixar o seu. Se detectar algum problema, envie um email para gnap@unipampa.edu.br. Lembrem que os certificados foram emitidos apenas para quem cumpriu mais de 80% de frequência.
É notório o risco que a nossa comunidade começa a enfrentar com eminente disseminação do COVID-19 em nossa região e cidade. Nesse sentido, e com muita responsabilidade, a Universidade Federal do Pampa suspendeu as atividades presenciais que incluem nossas atividades de laboratório. Isso ajudará a evitar que um universo de aproximamente 3000 pessoas, de maneira direta e um número desconhecido de maneira indireta, e que acabam de alguma forma convivendo no ambiente universitário que se estende ao ambiente familiar, fiquem mais expostas. Apenas em nosso laboratório, são mais de 25 pessoas que tem contato direto quase que diariamente.
Como cientistas, temos também o dever de informar as pessoas sobre a situação atual, da maneira mais atualizada possível, e orientar de modo a contribuir para o combate a esta doença com desdobramentos futuros que ainda são desconhecidos. Por isso, não compartilhe informação de procedência duvidosa. Busque as evidências. Se está na dúvida, não compartilhe, não curta. Sabemos buscar e ler artigos. Vamos usar esse conhecimento. Temos que fazer bom uso dessa habilidade.
Evitem o contato com outras pessoas, se puderem, fiquem em casa, façam suas atividades de maneira remota. Estamos cientes e sensíveis a esta condição extraordinária, e assim com todos, estamos aprendendo a lidar com ela. Não deixem de fazer contato com a coordenação no caso de dúvidas. Mas também não deixem de realizar suas atividades acadêmicas. Leiam, se atualizem, trabalhem no projeto, na dissertação, na tese. Escrevam o(s) artigo(s) com aqueles dados que estão esperado. Enfim, ocupem-se.
Apesar de não termos atividades presenciais, estamos adaptando nossa rotina para que possamos manter nossos projetos em andamento com atividades remotas e reuniões usando ferramentas online.
Mantenham a higiene pessoal no mais alto grau de prioridade, não criem pânico, mas sim orientem as pessoas que água e sabão sim funcionam, e podemos explicar isso com conhecimentos das ciências biológicas e química. Se cada um de nós fazer a sua parte, pode ser que passemos por essa fase de maneira mais rápida e até mesmo mais segura.
Em uma parceria com instituições estrangeiras, estamos começando mais um projeto multicêntrico. O projeto com título “Hábitos dos corredores e suas associações com lesões, preferências de treinamento e equipamento” busca investigar características de corredores que possam servir para gerar recomendações e intervenções para melhorar o rendimento e reduzir os fatores de risco de lesão.
A participação no projeto é simples. Primeiro, você tem que praticar corrida de rua. Sendo corredor ou corredora, te convidamos a responder um questionário online. O tempo estimado para concluir o questionário é de 15 a 20 minutos. Os dados serão mantidos em sigilo.
Perfil desejado: Praticantes regulares de corrida de todas as faixas etárias, sem restrições de gênero.
Benefícios: você estará ajudando a responder quais são os fatores que mais contribuem para o risco de lesão na corrida. Ao final dos testes, os resultados serão compartilhados com você via e-mail.
Links para os questionários nos diferentes idiomas:
É evidente que assimetrias na marcha trazem prejuízos para a locomoção. Basta observar o que acontece com pessoas que tenham alguma dor ou limitação unilateral. Mas será que mesmo os movimentos mais comuns, tem na simetria um elemento importante para o dia a dia? Sim. Em idosos, a presença de assimetria entre os membros inferiores durante a caminhada está associada com risco de quedas. Estudos demonstraram que idosos que já sofreram uma queda durante a caminhada são mais assimétricos do que os que não sofreram. Entretanto, não está claro quais fatores fisiológicos, biomecânicos e funcionais que influenciam de maneira preponderante na assimetria de marcha em idosos.
A maioria dos estudos de assimetria no contexto da locomoção consideram resultados funcionais ou musculares porém dificilmente ambos são combinados em um estudo especifico. Por sua vez quando ambos os aspectos são levados em consideração pelos autores a assimetria da marcha geralmente é relacionada aos resultados das avaliações funcionais. Essas avaliações funcionais geralmente envolvem testes de campo e clínicos que podem ser até mesmo mais acessíveis na prática de trabalho com os idosos. Contudo, eles não são suficiente para identificar os mecanismos das perdas e fraquezas no desempenho. Para isso, entender as adaptações fisiológicas e biomecânicas, dentre outras, é importante.
Pensando nisso, recentemente nosso grupo publicou uma revisão sistemática de estudos transversais publicados em cinco base de dados: Medline via Pubmed, Scopus, PEDro, Cochrane Central e Lilacs. Dentre os principais resultados, destacamos que a força de preensão manual tem uma relação positiva com o desempenho da marcha, incluindo simetria em características como tempo de apoio, o que favorece a estabilidade durante o andar. Também, o fato do volume de atividade física semanal feita pelo idoso estar positivamente associada com melhor marcha e melhor simetria. As evidências consideradas sugerem que há sim uma relação entre simetria na marcha e o desempenho em tarefas funcionais. Idosos com melhor funcionalidade parecem ser mais simétricos na marcha. Porém, a falta de estudos que considerem aspectos musculares, por exemplo, faz com que não seja possível determinar a possível relação entre assimetrias de marchas e fatores musculares associados com a produção de força ou resistência à fadiga, por exemplo.
A nossa recomendação é que intervenções que busquem melhorar a marcha de idosos considerem o desempenho de tarefas funcionais do dia a a dia para alcançar melhores resultados.
Texto elaborado por Marcela Trindade e Maria Carolina Gonçalves, alunas de ensino médio do Instituto Elisa Valls e bolsistas CNPq de Ensino Médio da Universidade Federal do Pampa, Campus Uruguaiana.