Projeto de Pesquisa RAINHAS NEGRAS DO CLUBE 24 DE AGOSTO: IDENTIDADES, REPRESENTAÇÕES E TRAJETÓRIAS DE MULHERES DE UM CLUBE SOCIAL NEGRO NA FRONTEIRA DO BRASIL-URUGUAI | Momentos Unipampa ElesPorElas
Projeto de Pesquisa RAINHAS NEGRAS DO CLUBE 24 DE AGOSTO: IDENTIDADES, REPRESENTAÇÕES E TRAJETÓRIAS DE MULHERES DE UM CLUBE SOCIAL NEGRO NA FRONTEIRA DO BRASIL-URUGUAI
Bolsistas PIBIC/AF/CNPQ – Caroline Maria dos Santos Souza
Bolsista FAPERGS/PROBITI – Shirlei Pereira Rosa
O QUE QUEREMOS COM ESTE PROJETO?
Este Projeto busca: o diálogo e a compreensão das dinâmicas políticas, econômicas, sociais e culturais nas quais estão envolvidas as mulheres negras; o desenvolvimento de estudos, pesquisas, intercâmbios culturais e acadêmicos, formando uma rede de contatos; a troca de conhecimento e empoderamento, ampliando o conhecimento sobre a nossa própria história e as das Rainhas Negras que foram ou serão entrevistadas; a produção de artigos individuais e em coautorias; e a participação em eventos acadêmicos, promovendo a inclusão das teóricas negras na produção científica universitária.
A presente investigação articula questões de gênero, raça e classe com o objetivo de realizar uma análise cultural (Guerra, 2010), em que são centrais as rainhas dos certames de beleza realizado pelo Clube 24 de Agosto, na cidade de Jaguarão, Rio Grande do Sul, ao longo de sua trajetória de um século de existência. A pesquisa ancora-se na teoria da interseccionalidade, termo cunhado por Kimbele Crenshaw, em 1989, com vistas a discutir qual era o lugar que as Rainhas do 24 ocupavam no interior da sociedade negra e como se davam as relações de gênero, raça e classe no interior do clube, bem como com outras sociedades não negras da cidade de Jaguarão e no Uruguai.
1ª RODA DE LEMBRANÇAS DAS RAINHAS NEGRAS DO CLUBE 24 DE AGOSTO
A realização da 1ª Roda de Lembranças ampliou o número entrevistadas, após o evento a equipe passou a contar com mais de vinte e cinco nomes de mulheres negras que um dia receberam o título de beleza do Clube 24 de Agosto e que poderiam ser entrevistadas. A divulgação do evento se deu através da entrega de convites nas casas das rainhas, bem como por meio do rádio, da internet e das redes sociais.
A construção e realização da 1ª Roda de Lembranças das Rainhas Negras do Clube 24 de Agosto, oportunizou às pesquisadoras se apropriaram de uma dinâmica e metodologia já experimentada pelo Museu Comunitário Treze de Maio de Santa Maria (antigo Clube Treze de Maio), como um dispositivo para acionar as memórias.
Durante a 1ª Roda de Lembranças das Rainhas Negras do Clube 24 de Agosto foi organizado um momento simbólico, especialmente preparado para as Rainhas serem fotografadas com suas coroas, relembrando os momentos de reinado no interior do Clube. Cada soberana foi convidada a acionar a memória através da escrita do seu nome, o ano que foi rainha e quem foi o presidente do clube na época. Esta conexão entre a escrita do nome completo, vai ao encontro dos ensinamentos de Lélia Gonzales, quando nos explica que “Negro tem que ter nome e sobrenome, se não os brancos arranjam apelido… ao gosto deles“.
ENTREVISTAS COM AS RAINHAS
Entre o segundo semestre de 2017 e o primeiro semestre de 2018, onze Rainhas negras foram entrevistadas, gerando um material que criou novos produtos, tais como exposição e documentário, e uma continuidade indeterminada.
CONSERVAÇÃO PREVENTIVA DO ACERVO FOTOGRÁFICO DO CLUBE 24
PARTICIPAÇÃO EM GRUPOS DE ESTUDOS E NEABI MOCINHA
OFICINA DE PRODUÇÃO AUDIOVISUAL
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS
SUBSTITUIÇÃO DE BOLSISTA E INGRESSO DE NOVA INTEGRANTE NO PROJETO
APRESENTAÇÃO DE ARTIGOS
LANÇAMENTO DE LIVROS
“Organizar um livro é algo que não se faz sozinha/o! Por isso só posso agradecer à comunidade negra de Jaguarão, aos autores/as parceiros/as, a todas as Rainhas e associados/as que conseguimos entrevistar (e as entrevistas não se esgotam com esse livro!) e ao clube negro mais bonito desse país, por chegar a essa fase da minha vida realizando um dos meus maiores sonhos!! Um livro que tenho o privilégio e a honra de ser uma das organizadoras! Estou mesmo emocionada por ser e estar mulher negra nessa cidade e nesse clube social negro que só me trouxe alegrias! Viva!!! Viva os 100 anos do Clube 24 de Agosto!” (Profª Drª Giane Escobar).