A Pró-Reitoria de Graduação deseja a todos os estudantes as boas-vindas à Universidade Federal do Pampa para mais um ano letivo que se inicia e esperamos que encontrem, na UNIPAMPA, o atendimento de suas expectativas acadêmicas.
No site da Universidade http://unipampa.edu.br/portal/ vocês encontrarão informações importantes sobre a estrutura e funcionamento da instituição, o Regimento Geral, as Normas Acadêmicas, o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), os Projetos Pedagógicos de Curso (PPC), o Calendário Acadêmico, as ofertas de bolsas, o uso do restaurante universitário e da biblioteca, entre outras informações, facilitando sua vida acadêmica.
Considerando este momento de acolhida e receptividade aos estudantes, em especial aos novos estudantes ingressantes na Unipampa, convidamos para a leitura e reflexão do texto que trata sobre “trote acadêmico”:
CARO ESTUDANTE, VOCÊ JÁ PENSOU SOBRE O TROTE ACADÊMICO??
O trote acadêmico surgiu há mais de 700 anos e continua desafiando as universidades:
- Não parece ter sido alvo de debates, críticas ou sugestões, sofrendo poucas modificações ao longo do tempo.
- Não é consenso entre os estudantes.
- Para alguns é percebido como brincadeira, para muitos como violência e/ou abuso, originando sensações de angústia, medo, ansiedade maior que uma situação nova já produz.
- Será mito que é uma ação integradora? Ele integra ou divide, exclui, separa em grupos os estudantes?
- Está relacionado com exclusão, reunindo, no máximo, 20% dos estudantes.
- Contribui para estressar tanto quem planeja quanto quem recebe.
- Mesmo os que não participam, sofrem com a escolha, se repreendem por não terem tido “coragem”.
- Será um rito de passagem necessário e adequado? Mas, o que são ritos de passagem? Para que servem? Quais são suas contribuições positivas? Nesse caso, seria passagem do que para o quê?
- Pensaram que influências como a “valorização social” do curso de ingresso, a densidade de candidatos por vagas, dentre outros fatores externos às intenções da Universidade Pública, potencializam a realização e o tipo de trote? Por que isso acontece? Que implicações esses fatos trazem?
Qual seria, então, a função construtiva do trote acadêmico? A serviço de quem ou do que está essa prática? Toda ação é política e como tal traz alguma ideologia implícita, mesmo que não saibamos qual… Qual seria a que está por trás do trote? Independentemente do tipo de trote?
- Esses questionamentos parecem bobagens? Desnecessários, preterindo outros temas mais importantes? Será?
- Pesquisas acadêmicas sobre o assunto indicam que manter a possibilidade da realização de trotes violentos pode trazer malefícios para a comunidade acadêmica, projetando nos estudantes valores de dominação nas relações interpessoais, hierarquizando a valorização de cursos.
- Se, na UNIPAMPA, decidirmos manter essa ação, que seja uma escolha dos sujeitos que dela fazem parte, com base em conclusões originadas da consciência sobre para que serve, no que contribui, como pode ser feito.
- Vamos pensar sobre essas questões? E, se os cursos concluírem que desejam realizar um trote, “calourada”, o nome que tiver, que seja com base na clareza do seu objetivo, o que querem conseguir com ele, para que, como, avaliando depois se a meta foi atingida, antes de simplesmente repetir a prática no ano seguinte.
Com base na reflexão critica sobre as ideias e questionamentos acima descritos, a Pró-Reitoria de Graduação informa que reconhece e apoia ações cujos objetivos sejam de recepcionar/acolher os novos estudantes ingressantes, sendo empáticos (porque já passaram por isso) com os sentimentos conflituosos vivenciados pelos ingressantes, antecipando esclarecimentos de dúvidas e questionamentos, planejando estratégias de apresentação do espaço, do curso, das pessoas, da gestão, da biblioteca, do Restaurante Universitário (RU), da cidade, promovendo a amizade e dinâmicas de boas práticas acadêmicas, na perspectiva do respeito à integridade pessoal e ao bem-estar social.
Equipe PROGRAD