Assessoria de Diversidade, Ações Afirmativas e Inclusão | ADAFI | Página: 11

Rodas Negras: Capoeira, Samba, Teatro e Identidade Nacional (1930-1960)

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Impossível registrar os incontáveis agentes anônimos que contribuíram das mais diversas formas para a preservação e transformação por que passaram as diversas práticas da cultura afro-brasileira, assim como para a transformação da imagem e identidade do Brasil ao longo do século XX. Filhos de santo, empregadas domésticas, balconistas, cozinheiros… desempregados, ritmistas, enfim, pessoas que possuíam em comum o fato de serem negros, pobres e sonhadores. Era esse o mesmo perfil dos populares que compunham o elenco dos espetáculos do Teatro Experimental do Negro, os shows de Carlos Machado, o grupo Oxumaré, ou as rodas de capoeira das festas de largo, na Bahia, o bumba meu boi, na periferia de São Luís, o samba de roda, do recôncavo baiano, o maculelê, em Santo Amaro da Purificação. A construção de símbolos nacionais não é resultado de uma mera escolha e imposição das elites, do Estado, do capitalismo. Não é produto de mera “apropriação cultural”. Pelo contrário, o caso brasileiro é mais um exemplo de que se trata de uma complexa disputa ou de uma verdadeira guerra cultural travada entre diversos segmentos sociais em torno de práticas geralmente locais e originárias de/ou associadas a grupos étnicos.

Sumário do livro

Prefácio: CULTURAS ATLÂNTICAS ENTRE MARES AGITADOS [Flávio Gomes]
Introdução
Alguns Conceitos e Referências
O Método e as Fontes
Visão Geral
1. A “ERA VARGAS” E O GOLPE DE MISERICÓRDIA NA CAPOEIRA DE RUA
Do “Recolhimento Histórico dos Valentões/Capoeiras”: Rio de Janeiro, Salvador, São Luís
A Capoeira em uma Encruzilhada: Remanescentes da Capoeira Antiga
2. A CONSTRUÇÃO DE SÍMBOLOS NACIONAIS: Uma Comparação Entre a Capoeira Baiana e o Samba Carioca
Desconstruindo o Mito da Redenção da Capoeira Pelas Mãos do Varguismo
Samba: A Exceção à Regra
3. A CULTURA NEGRA E POPULAR EM MEIO A “VELHAS” E NOVAS TEORIAS: O Caso da Capoeira
Zuma, Bimba, Sinhozinho: Intelectuais Mediadores
Sinhozinho e o Diário de Notícias: Capoeiragem Para as “Distintas Famílias”
Inserindo a Herança Racial ou Cultural Afro-Brasileira no Centro das Imagens da Nação
4. PERFORMANCE: Os Capoeiras Voltam aos Ringues em Defesa da “Luta Genuinamente Brasileira”
Apropriação Cultural?
“Capoeira Gospel” e “Bolinho de Jesus”: Disputas Intestinas e Assimilação de Novos Mercados
5. O MFB, O ESTADO E AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA NEGRA E POPULAR
Reconfigurando a Atuação do Estado
O MFB e a Gênese da Institucionalização das Políticas Culturais no Brasil
6. “A DESCOBERTA DO NEGRO”: Agenciamento Cultural, Performance e Entretenimento ou Celebrando a Cultura Negra Como Cultura Nacional
Brasiliana: “Um Grupo de Entusiastas das Coisas Brasileiras”
O “Rei da Noite”: Da Influência Francesa à Celebração do “Autêntico” Folclore Nacional
O Balé Folclórico Mercedes Baptista e a Companhia Oxumaré
O “Fato Folclórico Baiano Tornou-se Material de Exportação”
Nos Palcos, em Meio a uma Guerra Cultural
“Redescoberta da África”?
Nos Palcos do Movimento Folclórico Brasileiro e nas Telas do Cinema
A Bahia Entra em Cena – O Grupo Folclórico Viva Bahia
Sem Mercado de Entretenimento e Sem Apoio do Estado
Uma Palavra Final
Referências
Agradecimentos

Roberto Pereira é documentarista, professor, capoeirista, licenciado em História pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e doutor em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ. Foi ainda visiting fellow no Departamento de História da Universidade de Harvard. É autor do livro A Capoeira do Maranhão Entre as Décadas de 1870-1930 (Iphan/2019).

COLEÇÃO ESTUDOS

A coleção Estudos propõe-se a publicar ensaios críticos e pesquisas tratados em profundidade, com sólida argumentação teórica nos mais variados campos do conhecimento. A coleção forma, junto com a Debates, a marca de identificação da editora em nosso mercado.

Descolonizando o Pensamento: O Pensamento Negro em Educação no Brasil

25/10 às 19h

https://portaleventos.oabrs.org.br/evento/345-descolonizando-o-pensamento-o-pensamento-negro-em-educacao-no-brasil

O Evento tem como objetivo construir um espaço de diálogo entre autores(as) negros(as), que se destacam na temática de promoção da Igualdade Racial, Relações Étnico Raciais e Direito Antidiscriminatório, a fim de promover o debate e propor a reflexão acerca da pauta racial e dos desafios para o enfrentamento ao racismo.

Convidadas
Dra. Letícia Padilha – Presidente da CIR da OAB/RS
Dra. Janaina Cordeiro – Vice-presidente da CIR da OAB/RS e Coordenadora do Projeto
Dra. Michelle Guardati – Diretora de Cursos Permanentes da Escola Superior da Advocacia da OAB/RS

Obra referenciada pela autora: “O Pensamento Negro em Educação no Brasil”

Palestrante
Dra. Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva
Doutora e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Professora com Licenciatura em Letras e Francês.

Debatedora
Dra. Eliane Anselmo
Professora, Doutora e Mestre em Educação. Membra da Comissão de Igualdade Racial da OAB/RS.

Mediador:
Dr. Marcelo Regius Gomes Bastos
Professor, Sociólogo, Advogado, membro da CDH Sobral Pinto e da Comissão de Igualdade Racial da OAB/RS.

Prêmio Cultural Pindorama 2023: (In)Visibilidades

Inscrições de 05/10 a 20/11

https://sites.unipampa.edu.br/proext/files/2023/10/edital-concurso-pindorama-2023.pdf

A Universidade Federal do Pampa, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), e o Instituto Federal Farroupilha (IFFAR), em parceria com a Universidade das Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), divulgam o Concurso Cultural Prêmio Pindorama 2023, que este ano tem como objetivo a seleção de obras artísticas que reflitam o tema “(In)visibilidades“, considerando o termo e suas implicações nos processos sociais observados na atualidade.

As inscrições serão feitas exclusivamente em meio eletrônico. Os proponentes devem:
1. Preencher o formulário eletrônico, disponível em https://forms.gle/eRNAJW93974CBwG66
2. Enviar a documentação necessária para premiopindorama@unipampa.edu.br, conforme orientações de cada categoria constante Edital Concurso Pindorama 2023

O período de inscrições se inicia em 05 de outubro de 2023 e finaliza no dia 20 de novembro de 2023

Serão selecionadas obras conforme as categorias poema, fotografia, audiovisual e dança para tela/videodança.

Participação gratuita.