
10 de maio é o Dia Mundial de Luta contra o Lúpus! A data de hoje visa alertar sobre o impacto que o lúpus tem na vida do portador.
Lúpus Eritematoso Sistêmico – LES ou apenas lúpus – é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, na qual o sistema imunológico não consegue diferenciar os agentes nocivos – vírus, bactérias, germes – dos tecidos saudáveis do corpo e gera “autoanticorpos” que atacam e destroem o tecido saudável. Esses “autoanticorpos” causam inflamação e dor e podem danificar praticamente qualquer parte do corpo, incluindo pele, coração, pulmões, rins e cérebro.
Atualmente, são reconhecidos 2 tipos principais de lúpus: o cutâneo, cuja manifestação ocorre por meio de manchas na pele – geralmente avermelhadas ou eritematosas, daí o nome lúpus eritematoso -, principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar – rosto, orelhas, colo e nos braços – e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos.
Os sintomas de lúpus são:
Lesões de pele: as mais características são avermelhadas em maçãs do rosto e dorso do nariz.
Dor e inchaço, principalmente nas articulações das mãos.
Inflamação de pleura ou pericárdio – membranas que recobrem o pulmão e coração – e inflamação no rim.
Alterações no sangue podem ocorrer em mais da metade dos casos: diminuição de glóbulos vermelhos – anemia -, de glóbulos brancos – leucopenia -, de linfócitos – linfopenia – ou de plaquetas – plaquetopenia.
Menos frequentemente, observam-se inflamações no cérebro, causando convulsões, alterações do comportamento – psicose – ou do nível de consciência e até queixas sugestivas de comprometimento de nervos periféricos.
Inflamações de pequenos vasos – vasculites – que podem causar lesões avermelhadas e dolorosas em palma de mãos, planta de pés, no céu da boca ou em membros.
Queixas de febre sem ter infecção, emagrecimento e fraqueza são comuns quando a doença está ativa.
Manifestações nos olhos, aumento do fígado, do baço e dos gânglios também podem ocorrer em fase ativa da doença.
Para realização de diagnóstico, é necessário considerar um conjunto de alterações clínicas e laboratoriais e não apenas a presença de apenas um exame ou uma manifestação clínica isoladamente.
O tratamento do lúpus será indicado considerando a peculiaridade de cada manifestação apresentada pelo paciente e visa controlar a atividade da doença, além de minimizar os efeitos colaterais dos medicamentos e garantir boa qualidade de vida aos seus portadores. Normalmente, o reumatologista é o especialista mais indicado para fazer o tratamento e o acompanhamento de pacientes com lúpus e, quando necessário, outros especialistas devem fazer o seguimento em conjunto. 
Entre as importantes formas de prevenção estão algumas condutas essenciais:
Evitar fatores que podem levar ao desencadeamento da atividade do lúpus, como o sol e outras formas de radiação ultravioleta.
Tratar as infecções.
Evitar o uso de estrógenos e de outras drogas.
Evitar a gravidez em fase ativa da doença.
Evitar o estresse.
Nesse dia de conscientização sobre o lúpus, a Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) reitera a importância de observar os sintomas e, ao perceber quaisquer alterações, buscar avaliação profissional. Destacamos ainda que o tratamento, quando realizado adequadamente, garante melhor qualidade de vida ao paciente. 