Agosto Dourado | O ambiente laboral precisa contribuir nas questões relativas à amamentação e à maternidade

🔖 O aleitamento materno é uma etapa essencial para o desenvolvimento do bebê. Além de contribuir para sua formação cognitiva, crescimento e imunidade, ele também é capaz de proporcionar diversos benefícios para a mãe no pós-parto. No entanto, mesmo com tantas vantagens, nem sempre a amamentação é uma ação simples e natural como costuma ser divulgada. As mulheres e as famílias passam por diferentes experiências com o aleitamento materno e alguns fatores podem contribuir para uma vivência negativa e até mesmo para o desmame precoce. 🤱🤱🤱
 
O retorno ao trabalho também possui uma forte influência na continuidade da amamentação, o que traz à tona uma reflexão extremamente importante dentro da instituição: como os gestores podem estimular e apoiar o aleitamento materno?
 
Infelizmente, ainda é um desafio para as mães que trabalham, sustentarem a prática da amamentação, sobretudo se os seus gestores, chefias imediatas ou de maior hierarquia não forem favoráveis e criarem mais entraves nesse período de readaptação ao trabalho e manutenção da saúde e nutrição da criança por meio do aleitamento materno.
 
Os padrões e as determinantes da amamentação variam em diferentes contextos. A amamentação é geralmente considerada como uma decisão individual e seu sucesso tem a mulher como única responsável, ignorando o papel da sociedade para apoio e proteção.
 
✳️ O ambiente de trabalho tem correlação significativa com a relação familiar. Com apoio dos gestores, as trabalhadoras tendem a manter a amamentação por mais tempo, o que traz uma série de benefícios à criança, conforme é destacado pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde, que recomendam o aleitamento materno mesmo quando ocorre a introdução de outros alimentos na dieta da criança. Deste modo, o aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses e permanecer até os dois anos ou mais.
 
📍 Além das vantagens para a mãe, o filho, a família, a sociedade e as instituições também se beneficiam com o apoio ao aleitamento materno, através do menor absenteísmo da trabalhadora, ela passa a ter maior adesão ao emprego e a instituição conquista uma imagem mais positiva perante os funcionários e a sociedade. Inclusive, alguns gestores reconhecem que as mulheres tornam a possuir melhor desempenho quando conseguem conciliar a amamentação e o trabalho.
 

E como os gestores podem incentivar a amamentação? 🤔🤱

📌 Além de incentivar o aleitamento materno por meio de ampla divulgação de materiais, algumas instituições investem em salas de amamentação e até em creches para que as mães possam estar mais próximas aos filhos, mantendo o vínculo e a amamentação. Naquelas onde não há esses recursos ou não existe possibilidade de implantá-los, é possível oferecer outros suportes à mulher: sensibilização da equipe, flexibilização ou readaptação dos horários e incentivo à ordenha para que a mulher possa trabalhar com mais conforto, porque ajuda a evitar a mastite e dor/sensibilidade das mamas, além de poder ser ofertado à criança posteriormente, se for armazenado corretamente. Outra opção que deve ser incentivada pelo gestor é o aleitamento materno quando a mulher consegue ir em casa no intervalo de almoço.
 
As opções parecem simples, mas nem sempre são sequer cogitadas. A mulher que amamenta precisa de apoio em todos os espaços. Esse apoio pode vir de um colega que é pai, filho, avô e sobretudo uma pessoa sensibilizada e coerente sobre a importância do aleitamento materno a curto, longo e médio prazo para a criança, mulher, instituição e sociedade.
 
Se você é gestor, faça sua parte! Incentive a amamentação! 😉
 
📣 Precisamos falar sobre: discriminação por gravidez no trabalho
 
⚠️ A mulher vítima desse tipo de situação sofre com comentários pejorativos e preconceituosos por parte de seus chefes ou colegas de trabalho.
 
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#AgostoDourado | O aleitamento materno é ouro! Suas atitudes também podem ser: estimule e auxilie a amamentação.

Agosto se veste de dourado para celebrar a amamentação. A cor faz alusão ao padrão ouro do leite materno. 

A amamentação é uma das etapas mais importantes para o bebê e para a mãe, visto o número de benefícios que gera para ambos, em especial o fortalecimento do vínculo afetivo. O leite materno contém todas as proteínas, gorduras, vitaminas, açúcares e água que uma criança precisa para se desenvolver, além dos anticorpos e glóbulos brancos que previnem as infecções e as doenças.

Mas além de gerar diversas vantagens para a dupla e para a família, o aleitamento materno também é capaz de reduzir em até 13% a mortalidade de crianças menores de 5 anos, decorrente de causas evitáveis, visto que ele ajuda a prevenir casos de diarreia, infecções respiratórias, doenças como diabetes, colesterol alto e até obesidade. A recomendação mundial é de que o aleitamento deve ser exclusivo até o 6 meses e complementado com adição de alimentos variados até os 2 anos ou mais.

Além dos benefícios já citados, cabe ressaltar os seguintes: 

  • A amamentação promove um melhor desenvolvimento da cavidade bucal do bebê, resultando em dentes fortes, benefícios na fala e na respiração. A recomendação é não oferecer mamadeira e chupetas. 
  • Estudos demonstram que crianças que foram amamentadas apresentam melhor desenvolvimento cognitivo e também adoecem menos. 
  • Amamentar reduz o risco de câncer de mama nas mulheres – redução de 6% a cada 12 meses de aleitamento -, câncer de ovário, de útero, obesidade, depressão e diabetes tipo 2, entre outras doenças.
  • A amamentação acelera a perda de peso pela mãe.
  • Estudos indicam que a amamentação reduz os riscos de fraturas ósseas por osteoporose.
  • O aleitamento materno permite que o útero volte ao tamanho normal mais rapidamente.
  • A amamentação funciona como um importante método contraceptivo nos primeiros 6 meses, entretanto, a mulher deve estar amamentando exclusivamente ou predominantemente e não pode ter tido menstruação.
  • Não existe leite fraco! O leite é feito para o bebê.

Nesse mês também cabe destacar que a mulher estará vivenciando esse processo de forma intensa, sobretudo nos primeiros meses de vida do bebê, então é importante que tenha uma rede de apoio. O pai do bebê e companheiro da mulher tem papel fundamental nesse período, por isso a Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) traz 4 dicas de como “ser apoio na amamentação”. Você as encontra aqui preste atenção e as pratique.

Mantenha o padrão ouro do aleitamento materno em suas ações também!