Prevenção ao Suicídio | Cuidado que devemos ter todos os dias

Estamos no mês do Setembro Amarelo, voltado à prevenção ao suicídio. Neste mês, a DASST gostaria de destacar duas importantes datas: o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10/09) e o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência (21/09).

Infelizmente, o suicídio segue ocorrendo durante os outros meses do ano, por isso a prevenção deve ser permanente e há necessidade de ampliarmos as reflexões sobre o assunto para além do mês de setembro. Nesse sentido, a DASST lança a campanha: “Prevenção ao suicídio: cuidado que devemos ter todos os dias”, que abrangerá também outubro e novembro.

Nesse primeiro material, abordaremos os seguintes tópicos: Definição do suicídio, Como o suicídio é visto pela sociedade, Fatores de risco e de proteção para o suicídio, Suicídio e a pessoa com deficiência. Acompanhe a campanha e fique por dentro de mais informações sobre esse importante tema!

 

Como podemos definir o suicídio?

Suicídio é um gesto de autodestruição, realizado em razão do desejo de morrer ou de dar fim à dor emocional. 

Pessoas de diferentes origens, classes sociais, faixas etárias, orientações sexuais e identidades de gênero cometem suicídio. 

O suicídio deve ser considerado como o desfecho de uma série de fatores que se acumulam na história do indivíduo, não podendo ser considerado, de forma causal e simplista, apenas a determinados acontecimentos pontuais da vida do sujeito. É a consequência final de um processo.

 

 

Como o suicídio é visto pela sociedade?

O suicídio foi e continua sendo um tabu entre a maioria das pessoas. É um assunto proibido e que agride várias crenças religiosas. O tabu também se sustenta porque muitos veem o suicida como um fracassado. Por outro lado, as pessoas, por natureza, não se sentem confortáveis para falar da morte, pois isso expõe seus limites e suas fraquezas. Esse tabu piora a situação de muitos.

Ao contrário do que se pensa, perguntar sobre autoagressão ou suicídio não provoca atos de autoagressão ou suicídio. Falar direta e abertamente sobre ideação suicida e seus fatores de risco é a forma mais eficaz de abordar e manejar o risco de suicídio.

 

Quais são os fatores de risco para o suicídio?  

Existem algumas situações que aumentam a probabilidade de ocorrência de suicídio. São elas: desemprego; crises políticas e econômicas; discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero; agressões psicológicas e/ou físicas; sofrimento no trabalho; conflito familiar; redução ou ausência de autocuidado; exposição ao agrotóxico; perda de um ente querido; consumo de drogas; doenças psiquiátricas, crônicas, dolorosas e/ou incapacitantes; deficiências ou outros fatores que podem tornar uma pessoa mais vulnerável. 

 

Quais são os fatores de proteção para o suicídio?

Existem algumas situações que diminuem a probabilidade de ocorrência de suicídio, elas perpassam pelo âmbito coletivo e individual. São elas: financiamento e fortalecimento de políticas públicas em saúde; emprego; direitos trabalhistas; alimentação adequada; educação; viver em comunidades saudáveis; acesso à saúde pública de qualidade; autoestima elevada; promoção do autocuidado; bom suporte familiar; crenças religiosas/culturais/étnicas; laços sociais estabelecidos; vida social e lazer; acesso à cultura; ausência de doença mental; senso de responsabilidade com a família; capacidade de solucionar problemas, entre outros fatores biopsicossociais.

 

Suicídio e a pessoa com deficiência

Importante ressaltar que as pessoas com deficiência sofrem intolerância, discriminação e segregação. Muitos entraves e obstáculos podem fazer parte do cotidiano dessa população, como níveis mais baixos de escolarização, dificuldade de acesso ao mercado de trabalho, diminuição do apoio familiar/social e exposição a maus tratos.

Ademais, sabe-se que qualquer indivíduo que possua múltiplos fatores de risco pode apresentar maior propensão à ideação suicida, como, por exemplo: ter alguma deficiência, ser mulher, negra, homossexual, transexual, obesa, pobre, entre outros.

Não são raros os casos de suicídios praticados por pessoas com deficiência, que frequentemente são colocadas como inferiores perante a sociedade, o que as fazem ingressar em estado depressivo e suicida devido aos inúmeros fatores de fragilidade psicológica e social.

Para que pessoas com deficiência estejam emocionalmente saudáveis e integradas socialmente, é necessário uma mudança de paradigma. Isso somente ocorrerá a partir de um cenário mais justo socialmente, com redução do estigma, aumento da empatia, ações preventivas e políticas públicas efetivas para a inclusão da pessoa com deficiência em todos os setores sociais. 

A inclusão é tarefa de todos(as): Cada um de nós pode e deve fazer sua parte para incluir colegas com deficiência no cotidiano de trabalho e ajudar a quebrar preconceitos.


Servidor(a) da Unipampa: caso você esteja em sofrimento relacionado ao trabalho e necessite de suporte psicológico, entre em contato com as psicólogas da PROGEPE, através do e-mail: psicologia.progepe@unipampa.edu.br. Para saber mais sobre o Serviço de Psicologia, clique aqui.

Você também pode contar com o Centro de Valorização da Vida (CVV), que presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio, pelo telefone 188.

#SetembroAmarelo | Pela valorização da vida o ano todo

Sendo 10 de setembro o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, este mês é dedicado à conscientização e prevenção ao suicídio, através da campanha Setembro Amarelo. Assim, a Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST), juntamente à Divisão de Perícias (DP), preparou um conteúdo com o objetivo de sensibilizar os servidores da Universidade sobre esse tema extremamente importante, mas que ainda é um tabu em nossa sociedade. 🧠🗣🫂
 
⚠️ Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é atualmente um problema de saúde pública mundial. É uma das principais causas de morte no mundo e os índices são crescentes. Um ato que tem graves reflexos sociais e que acomete pessoas de diversas idades, classes sociais, identidades de gênero e origens. Por isso, falar sobre suicídio e alertar sobre a importância da saúde mental é imprescindível para combater o estigma e salvar vidas.
 
🟡 Como a sociedade percebe o suicídio? 🟡
 
Falar sobre saúde mental e sobre suicídio é um grande tabu, pois são temas associados a estigmas da loucura, do fracasso, da impotência e da morte. As pessoas podem sentir-se desconfortáveis ao expor seus limites e fragilidades, tornando o assunto difícil de ser falado.
 
A pessoa que está em uma crise pode se perceber sozinha e isolada. Além disso, sentimentos confusos entre o desejo de viver e o de morrer comumente estão presentes. Muitas pessoas não querem realmente morrer, mas sim acabar com a situação que está causando angústia e desesperança. Nessa hora, ter alguém para acolher pode fazer toda a diferença. Quem decide ajudar não deve fazer julgamentos, cobranças por melhora ou infantilizar a pessoa. Deve escutar com respeito, demonstrar compreensão e apoio, incentivar o início de pequenas atividades, auxiliar a reconhecer conquistas diárias e reforçar memórias positivas. Além disso, deve apoiar para buscar auxílio profissional.
 
🟡 Qual a relação entre suicídio e ambiente de trabalho? 🟡
 
✅ Manter um ambiente humanizado, empático e acolhedor deveria ser uma prática constante nas instituições. Afinal, uma cultura organizacional com essas características ajuda a equilibrar as diferenças e fortalece a diversidade.
 
Fatores estressores internos e externos de um determinado ambiente podem ser considerados gatilhos para o declínio da saúde mental. Assim sendo, o ambiente de trabalho também pode ser considerado um fator promotor de saúde mental, já que o mesmo proporciona interações sociais do indivíduo. As interações internas e externas do indivíduo nos ambientes trabalhistas promovem autoestima, resiliência e habilidades emocionais, porém, se comparadas a ambientes estressores, podem propiciar sofrimento, adoecimento e pensamentos suicidas. Diante disso, a OMS determinou, em 2019, a priorização de notificação para as doenças relacionadas ao trabalho.
 
➡ Situações negativas recorrentes no cenário do trabalhador são fatores de inclusão para estressores mentais, que podem influenciar o pensamento suicida e o suicídio, os quais se destacam, por exemplo: assédio ou bullying; depressão; Síndrome de Burnout; condições do ambiente de trabalho; excesso de horas, entre outros.
 
Vale ressaltar que violências morais dentro do ambiente de trabalho possuem barreiras invisíveis de difícil detecção pelas equipes de saúde e também pela própria vítima, sendo, na maioria das vezes, não materiais e intangíveis, os quais podem favorecer uma linha tênue entre os deveres e a dominação, assim como entre a função e a servidão. Como resultantes dessas exposições, sinais e sintomas de estresse pós-traumático e Síndrome de Burnout podem ser diagnosticados, assim como distúrbios fisiológicos (cardíacos, endócrinos e digestivos), alcoolismo, drogadição e até o suicídio em consumação.
 
Dentre os aspectos internos, os riscos de estresse extremo pós-traumático e da síndrome de esgotamento (Burnout) são potencializados quando associados ao trabalho de modo gradual e, na maioria das vezes, imperceptível. A doença acentua-se em razão do aumento das pressões do dia a dia, em que a competição incessante pelas metas pessoais com prazos acelera o ritmo de trabalho, tornando-o extremamente cansativo e elevando exponencialmente os níveis de estresse, bem como mediante as ameaças de mudanças na jornada de trabalho e no risco de crise econômica.
 
🟡 Como é possível prevenir? 🟡
 
A discussão do assunto em períodos contínuos e não apenas em campanhas pontuais, como “Setembro Amarelo”, visa minimizar a falta de sensibilidade e o preconceito quanto à expressão confessa da ideação suicida, marcada por atitudes negativas e condenatórias ao emissor de comportamento suicida, que interfere penosamente na qualidade do cuidado prestado ao mesmo.
 
📌 O preconceito associado à falta de espaço para a discussão pode fortalecer a ideação suicida. Portanto, acredita-se que, ao compartilhar seus medos e angústias, o indivíduo torna-se capaz de autogerenciar sentimentos e agregar sentidos à experiência da vida, a ressignificando.
 
Políticas e programas públicos devem ir ao encontro do aprofundamento deste olhar, não apenas ao tratar a doença, mas, também, ao fiscalizar e melhorar o ambiente e as condições de trabalho aos quais estes indivíduos estão expostos, garantindo, aos mesmos, o zelo pela integridade e pela saúde, a qual, no seu conceito mais amplo, não pressupõe apenas a ausência de doenças.
 
🔖 Diversos são os fatores que podem levar o trabalhador à ideação suicida e, quando não assistido, ao suicídio. É dever de toda instituição empregadora garantir a vigilância e prevenção à saúde a fim de promover ambientes e condições de trabalho seguros e saudáveis que protejam o trabalhador.
 
Destaca-se, ainda, a necessidade de direcionar campanhas educativas contínuas de prevenção ao suicídio e promoção à saúde no meio ambiente do trabalho de acordo com cada grupo, operando a responsabilidade social, a começar nas relações interpessoais humanizadas e em seus próprios ambientes institucionais internos.
 
Para além do Setembro Amarelo, ressaltamos que o suicídio deve ser discutido e prevenido todos os dias do ano. Por isso, cuide de você e do outro. Não deixe de identificar os sinais de que algo não vai bem, perceba seus limites, ouça com empatia, pergunte diretamente sobre o suicídio caso sinta-se apto para isso, questione os possíveis perigos e meios, crie um ambiente seguro e indique onde buscar ajuda. E caso você esteja passando por situações difíceis, nas quais a morte já tenha sido pensada como uma solução possível, procure ajuda! 💛
 
📔 Para saber mais sobre o assunto, você também pode consultar a cartilha que foi elaborada em 2021 por nossa equipe, que aborda a prevenção do suicídio. Confira clicando aqui. 🔗

#SetembroAmarelo | Mês de Prevenção ao Suicídio

Dando continuidade à temática do Setembro Amarelo – Mês de Prevenção ao Suicídio, abordaremos algumas estratégias sobre como lidar com o sofrimento psíquico na atualidade, a fim de que possamos proteger nossa saúde psíquica do adoecimento e da falta de sentido, consequentemente, prevenindo o suicídio. 🧠🗣
 
Na perspectiva da prevenção, citamos a seguir algumas formas de preservar nossa saúde mental:
 
  • Organizar a rotina diária para, ao final do expediente de trabalho, conseguir se “desligar” e se dedicar à vida pessoal, de maneira a se incluir na própria agenda.
  • Reservar um tempo para cuidar de si mesmo, descansar, fazer algo que gosta ou aproveitar o tempo em família.
  • Manter o contato com pessoas significativas, pode ser interessante convidá-las para um café ou uma chamada de vídeo, caso estejam longe.
  • Permitir-se também viver momentos de ócio e aprender a lidar com o tédio.
  • Ter momentos de lazer. Sair sozinho, acompanhado, ou ainda, ficar em casa fazendo uma atividade prazerosa, como ler um livro, escutar música ou assistir a um filme.
  • Ter um hobby ajuda a combater o estresse e estimula o desenvolvimento de novas habilidades.
  • Praticar alguma atividade física, fazer uma caminhada ao sol, os benefícios serão percebidos tanto no corpo como na mente.
  • Dormir bem, para manter o corpo e a mente saudáveis, auxiliando na regulação do humor e na produtividade.
  • Praticar a contemplação da natureza, desfrutar das sutilezas do dia a dia.
  • Buscar estar mais presente, sentindo o aqui e agora, sem ruminações do passado e preocupações com o futuro.
  • Se está difícil diminuir o ritmo, a prática da meditação e técnicas de relaxamento podem ajudar.
  • Cobrar-se menos, fazer menos e se escutar mais, exercitando a introspecção.
  • Praticar a espiritualidade.
  • Atribuir sentido à vida, identificando momentos em que se sinta vivo.
  • Estabelecer uma conexão positiva com o futuro, fazendo planos, pessoais e profissionais.
  • Valorizar as pequenas conquistas, afinal o processo é tão importante quanto a conclusão de um objetivo.
  • Saber dizer “não” e pedir ajuda nas tarefas diárias, quando necessário.
  • Ter cuidado com as recompensas imediatas e os excessos, como alimentação, compras, remédios e até mesmo em relação ao trabalho.
  • Já que vivemos o imperativo da felicidade, em que precisamos demonstrar e parecer estarmos sempre felizes, uma estratégia necessária é encontrar espaço para sentir todas as emoções e não ocultar a tristeza e o sofrimento.
  • Reconhecer e compartilhar o sofrimento, buscando ajuda psicológica, se necessário.
⚠️ Para evitar o risco de suicídio na pessoa que está com essa ideação, tenha em mente algumas atitudes que NÃO devem ser tomadas na imagem abaixo.
 
✳️ Embora o Setembro Amarelo dê mais visibilidade à conscientização e prevenção ao suicídio, a Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) e a Divisão de Perícias (DP) ressaltam que o suicídio deve ser discutido e prevenido todos os dias do ano. Por isso, cuide de você e do outro. Não deixe de identificar os sinais de que algo não vai bem, perceba seus limites, ouça com empatia, pergunte diretamente sobre suicídio caso sinta-se apto para isso, questione os possíveis perigos e meios, crie um ambiente seguro e indique onde buscar ajuda.
 
➡ Vale destacar que, caso você esteja passando por situações difíceis, nas quais a morte já tenha sido pensada como uma solução possível, procure ajuda! Um minuto de conversa pode fazer muita diferença.
 
Não sofra em silêncio, busque suporte sempre que for necessário! Sua vida importa! 💛
 
🔗 Para saber mais sobre o assunto, você também pode consultar a cartilha que foi elaborada por nossa equipe, que aborda a prevenção ao suicídio. Confira clicando aqui.

#SetembroAmarelo | Mês de Prevenção ao Suicídio

Como forma de dar continuidade à temática do Setembro Amarelo – Mês de Prevenção ao Suicídio, trazemos agora algumas reflexões sobre como o contexto em que vivemos atualmente influencia na nossa saúde mental. Além disso, abordaremos a temática do Suicídio Laboral em nossa Seção Bônus.

O sofrimento psíquico na atualidade 

Atualmente, vivemos na égide da sociedade de desempenho, em que o sujeito deve ser empresário de si mesmo. O empresário de si mesmo acorda cedo, vai à academia para manter a forma física e a aparência sedutora, se dá valor, é fitness, se veste bem. Ele toma suas vitaminas, toma um café e vai para o trabalho. Busca bons resultados, procura ser eficiente. Não se cansa nunca, é multitarefas, leva trabalho pra casa, almeja o impossível, é empenhado, não desiste nunca.
 
Cuidado de si, nesse sentido, significa intensificação do desempenho. Falhou? Não conseguiu? Não deu certo? A culpa é sua! Você não desejou realmente, você não se esforçou o bastante! Você não estava suficientemente motivado. Você não fez uma boa programação neurolinguística, não ouviu seu coach, não prestou atenção naquela palestra motivacional. Quem fracassar na sociedade de desempenho, ao invés de questionar o contexto social, considera a si mesmo responsável por isso.
 
Nessa lógica, há duas opções: ou superação contínua dos limites – mas não há limites -, ou fracasso generalizado. A constante competição introduz medos e fragilidades. Mas nada disso pode ser demonstrado, temos que ser fortes. O empreendedor de si nunca pode revelar seus fracassos, sua vergonha, suas inseguranças.
 
Diante desse cenário, como não sentir os impactos, as inseguranças, as angústias e as pressões por resultados? Quem nunca dissimulou para que ninguém perceba uma possível fraqueza, insegurança, medo, depressão, pânico, neuroses, agressividade, uso exagerado de álcool e remédios, por receio da demissão, da vergonha ou do fracasso de não corresponder a essas exigências?
 
Somado a isso, vivemos em um ritmo acelerado, com muitas atividades diárias, uma avalanche de informações que chegam por diferentes meios de comunicação, restando pouco tempo para lazer, para estar com a família e para o autocuidado, sendo assim, difícil desacelerar. Além disso, a intensidade com que nos relacionamos virtualmente hoje faz com que possamos perder um pouco da conexão real com as pessoas.
 
✳ As redes sociais, que por um lado facilitam nossas interações pessoais e profissionais, podem ser um problema ao cultuar cada vez mais a perfeição do corpo, do status profissional ou do estilo de vida, gerando comparações entre a realidade e um padrão “ideal”, porém inalcançável. Nesse contexto, o sofrimento psíquico na atualidade, muitas vezes se apresenta por meio de uma sensação de inadequação às exigências da sociedade, falta de sentido na vida, solidão, vazio interior, desamparo.
 

Seção Bônus

Precisamos falar sobre: Suicídio Laboral

Para que seja considerado um suicídio laboral, este não precisa, necessariamente, ter ocorrido no local de trabalho. É preciso considerar cartas, mensagens eletrônicas, postagens em redes sociais ou outras evidências que demonstrem a existência de sofrimento relacionado ao trabalho e à degradação social e existencial do sujeito e sua vida afetiva que pesaram na decisão de cometer tal ato, chegando ou não a termo.
 
🔖 É importante destacar que o ato suicida não se constitui em um ato isolado nem tampouco livre, mas sempre é direcionado a um outro. Ou seja, é necessário compreender sua mensagem, decodificar o sofrimento tanto individual quanto coletivo (equipe/organização) que o ato ou tentativa pode estar anunciando/denunciando. Atenção a sinais, mudanças repentinas no comportamento, comentários de colegas sobre essa mudança, pedidos de ajuda que podem se manifestar das mais diversas formas, que são aspectos importantes para o desenvolvimento de ações e proteção em ambiente saudável e seguro de trabalho.
 
⚠ Confira alguns fatores de riscos relacionados ao trabalho e passíveis de identificação e ações preventivas nos ambientes laborais na imagem a seguir:
 
Essas situações são gatilhos para o adoecimento mental e, em situações extremas, podem culminar no suicídio laboral. É importante não encarar a questão do ato suicida ou sua ideação como meramente individual, mas uma questão a ser pensada e discutida a nível institucional, a fim de trabalhar na direção de estratégias de prevenção e promoção de saúde.
 
✅ A Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) e a Divisão de Perícias (DP) recomendam que, caso você esteja passando por situações difíceis, nas quais a morte já tenha sido pensada como uma solução possível, procure ajuda! Um minuto de conversa pode fazer muita diferença. 😉
 
Não sofra em silêncio, busque suporte sempre que for necessário! Sua vida importa! 💛
Para saber mais sobre o assunto, você também pode consultar a cartilha que foi elaborada por nossa equipe, que aborda a prevenção ao suicídio. Confira o material clicando aqui e não perca o último material da atual campanha, que será enviado no dia 19/09/22.

#SetembroAmarelo | Não sofra em silêncio, busque suporte sempre que necessário. Sua vida importa!

🟨 O mês de setembro, anualmente, veste-se de amarelo para conscientizar a população sobre um tema extremamente importante, porém, que ainda é um tabu em nossa sociedade: o suicídio. Por isso, a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEPE), através da Divisão de Atenção à Saúde e Segurança de Trabalho (DASST) e da Divisão de Perícias (DP), preparou três materiais diferentes que serão enviados a todos os servidores da Universidade no decorrer deste mês. 

No material de hoje, você encontra: fatores de risco, frases de alerta, como agir em caso de ideação suicida e serviços que podem oferecer suporte adequado. Nos demais materiais programados para o mês de setembro, você poderá conferir as seguintes temáticas:

09/09
  • O sofrimento psíquico na atualidade + Seção Bônus: “Suicídio Laboral”
  • Fatores de risco relacionados ao trabalho
19/09
  • Estratégias de prevenção
  • Atitudes que não devem ser tomadas

➡ Quando se fala em suicídio, é importante ter em mente que a pessoa que pensa ou que já tentou cometê-lo, não fez/faz isso porque necessariamente não queira viver, mas sim porque objetiva aplacar o sofrimento sentido. Segundo Blaise Pascal: “Todas as pessoas buscam a felicidade. Não há exceção para isso. Sejam quais forem os meios diferentes que empreguem, todos objetivam a felicidade”.

O que significa dizer que até mesmo quem quer tirar sua própria vida, intenciona isso porque se frustra por não estar feliz, porque gostaria de não mais sofrer. Por isso, para a prevenção do suicídio, é fundamental conhecer, discutir e praticar a empatia.

O mito de que “quem quer se matar não avisa” deve ser desconstruído, pois existem sinais que são emitidos pela pessoa que demonstram seu sofrimento e indicam a “intenção de morrer”. Fique atento às seguintes frases, pois elas podem sinalizar que a pessoa está em risco e/ou necessitando de suporte urgente:

⚠️ “Eu poderia estar morto”.
⚠️ “Eu não sirvo para nada”.
⚠️ “Os outros vão ser mais felizes sem mim”.
⚠️ “Eu não aguento mais”.
⚠️ “Eu sou um perdedor e um peso para os outros”.
⚠️ “Eu não posso fazer nada”.
⚠️ “Eu tenho vontade de sumir”.
⚠️ “Minha vida não tem mais sentido”.
⚠️ “Me sinto vazio, sem vontade de viver”.
⚠️ “Queria dormir para nunca mais acordar”.
⚠️ “Queria que Deus me levasse”.

Para verificar se a pessoa está na iminência de cometer o suicídio, você deve: questionar se a pessoa pensa em tirar a própria vida: qual o planejamento, tipos de estratégias ou meios, datas e locais escolhidos. De posse dessas informações, você poderá restringir meios e criar um ambiente o mais seguro possível, removendo objetos de risco ou medicamentos. Além disso, deverá acionar a rede de suporte pessoal da pessoa – parentes, amigos mais próximos ou pessoas que ela considere importantes. É fundamental que você enfatize que ela precisa procurar ajuda para a situação que está vivendo.

Além de falar sobre o tema com a pessoa, ou caso não se sinta à vontade para isso, você deve indicar serviços para ela buscar a fim de obter um suporte adequado, com acolhimento e empatia. Esses espaços contam com profissionais e voluntários capacitados para lidar com situações de suicídio. Aqui destacamos:

  • Serviços de saúde: Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidades Básicas de Saúde (UBS), Serviços de Clínica-escola das universidades locais.
  • Centro de Valorização da Vida (CVV): voluntários que oferecem escuta e apoio emocional 24h por dia. Os atendimentos são realizados por chat, skype, telefone e pessoalmente. A ligação é gratuita! Telefone: 188. Site: www.cvv.org.br
  • Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU): em casos de emergência ligar para 192
  • Profissionais especializados: acompanhamento com psicólogos e psiquiatras

🔖 Ressaltamos a importância do cuidado com a nossa saúde mental, pois devemos buscar ajuda assim que identificarmos sinais de que estamos em sofrimento, e não somente quando estivermos no limite. Pode ser difícil visualizar uma solução quando nos encontramos em um estado extremo de adoecimento, mas com o auxílio de um profissional e da rede de apoio, é possível encontrar diferentes possibilidades para amenizar a dor, o suicídio não precisa ser uma alternativa.

✅ A Divisão de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho (DASST) e a Divisão de Perícias (DP) recomendam que, caso você esteja passando por situações difíceis, nas quais a morte já tenha sido pensada como uma solução possível, procure ajuda! Um minuto de conversa pode fazer muita diferença.

Não sofra em silêncio, busque suporte sempre que for necessário! Sua vida importa! 💛

A campanha alusiva ao Setembro Amarelo seguirá sendo abordada ao longo deste mês, sendo que os próximos e-mails serão enviados nos dias 09 e 19 de setembro. Para saber mais sobre o assunto, você também pode consultar a cartilha que foi elaborada por nossa equipe, que aborda a prevenção ao suicídio. Confira clicando aqui.