Atualmente, muito se discute sobre diversos temas raciais com o objetivo de diminuir o preconceito existente nos mais variados ambientes sociais. Com isso, oColégio Estadual Getúlio Vargas vinculado ao PIBID da sociologia desenvolveu um estudo interdisciplinar capaz de reunir a socialização dos alunos e pibidianos no desenvolvimento do projeto intitulado Narrativas da Resistência de uma Mulher Negra na História: ‘’Um defeito de cor’’ aprovado para ser apresentado no décimo sétimo Salão de Inovação, Ensino, Pesquisa e Extensão.
Pesquisa essa que visa criar uma minissérie audiovisual baseado no livro de Ana Maria Gonçalves, Um Defeito de Cor, que tem por objetivo protagonizar os estudantes do Ensino fundamental anos iniciais, finais e médio, como forma de trabalhar questões raciais e a interdisciplinaridade com as diferentes áreas do conhecimento das grades curriculares dos alunos. Envolvendo a leitura e interpretação da obra, o diálogo guiado pela professora responsável e a criação e elaboração de um material audiovisual como forma de compreensão da temática racial.
Diante desse contexto racial, percebemos diversos abusos cometidos por homens que se sentiam detentores do poder e da supremacia da raça branca. Não é de se espantar pelas violências relatadas no livro de Ana Maria Gonçalves (2009) a fragilidade humana de rebaixar outras etnias como forma de satisfação pessoal.
Desse modo, o Brasil como por exemplo no período escravocrata tinha como principal meio econômico o tráfico de pessoas negras como mercadorias a serem vendidas e exploradas. (Silva, 2025). Das barbáries ao futuro marcado com a difícil reparação histórica que muito provavelmente não será feita.
Acerca disso, como objetivo geral do projeto, desenvolver nos alunos uma consciência histórica e cultural sobre a população negra no Brasil por meio da leitura crítica do romance Um Defeito de Cor. Estimulando a produção criativa e coletiva dos alunos em relação ao assunto proposto. Gerar esse debate de inclusão social nos traz não só conforto para diversas pessoas que se sentem desconfortáveis em uma sociedade majoritariamente composta por pessoas brancas, mas sim protagonismo e referência para esses estudantes. Dados do IBGE (2022, n. p.) apontam que ‘’[…] em 2022, cerca de 43,5% (88,2 milhões de pessoas) se declararam brancas, 10,2% (20,6 milhões) se declararam pretas, 0,6% das pessoas (1,2 milhão) se declararam indígenas e 0,4% (850,1 mil) se declararam amarelas. Uma porcentagem bastante significativa que nos mostra a existência de pessoas negras no nosso país e a diversidade existente de diferentes etnias que compõem o nosso Brasil.
Texto elaborado por Guus Dorneles

