Qual deve ser nosso compromisso institucional quando se trata de Janeiro Branco?

➡ Dando continuidade à campanha “Janeiro Branco: Saúde mental perpassa o cuidado de si e do outro”, hoje abordaremos sobre a necessidade do olhar e do comprometimento coletivo quando se trata de saúde mental na instituição.
 
▫ Qual deve ser nosso compromisso institucional no que diz respeito à saúde mental dos servidores? ▫
 
Quando falamos desse tema, é necessário destacar que a saúde mental engloba aspectos a nível individual – como fatores genéticos, traços de personalidade, entre outros – e também a nível social – como desigualdade de acessos, discriminações, entre outros.
 
📌 Nesse sentido, é necessário cuidarmos para que a campanha do Janeiro Branco ganhe também uma abrangência com compromisso social, evitando ser apenas mais uma a culpabilizar o sujeito – e seu cérebro – pelo próprio mal-estar, ou a transformar qualquer desvio à norma em doença mental, a ser curada por profissionais psicólogos e psiquiatras. Buscar tratamento adequado quando se necessita é importante, mas saúde mental diz respeito também ao entorno do sujeito, ao seu mundo externo, que repercute diretamente no seu mundo interno e na promoção de saúde.
 
Desta forma, um dos fatores a ser pensado é a configuração do trabalho contemporâneo em que há muita pressão pela produtividade, o que contribui para a autocobrança e a frustração, por não se alcançar metas, muitas vezes inatingíveis. As demandas de trabalho não estão sob o controle das pessoas, mas a pressão por resultados pode gerar adoecimento.
 
🔖 Queremos salientar que saúde mental é muito mais do que ausência de adoecimento psíquico, do que ter um cérebro funcionando bem, do que ser um sujeito bem adaptado à sociedade ou do que perseguir um ideal de felicidade. Trata-se de uma construção que não cessa, que precisamos fazer cada um de nós, mas, sobretudo, no campo das relações e da coletividade. Quando não se tem o olhar crítico, a ênfase no diagnóstico de determinada psicopatologia pode encobrir a reflexão sobre o contexto em que o indivíduo vive, trabalha e se relaciona.
 
Deste modo, reivindicar de fato a saúde mental deve passar, necessariamente, pela defesa de um modo de vida que privilegie o bem-estar de sujeitos e coletivos; que acolha e promova os direitos humanos e as diversidades; que compartilhe condições de moradia digna, alimentação, Sistema Único de Saúde público e universal, com atendimento em saúde mental na perspectiva antimanicomial, trabalho protegido, educação pública de qualidade, políticas econômicas e sociais que atendam às necessidades de todas as pessoas.
 
⚠ Qualificamos o debate chamando atenção da sociedade para a importância do elo entre saúde mental e saúde social, indicando que o cuidado deve acontecer “dentro” e “fora” dos sujeitos, e, sobretudo, “entre”, ou seja, em tudo o que diz respeito às nossas relações.
 
🔗 Para ler mais, acompanhe o material clicando aqui. Nele respondemos o questionamento: “A nível institucional, qual compromisso é preciso ter quando se trata de cuidado em saúde mental dos servidores?“, bem como trazemos exemplos práticos de como podemos fazer para efetivamente promover o cuidado em saúde mental na Unipampa.
 
✅ No Janeiro Branco, não podemos deixar passar em branco a reflexão ampla e aprofundada sobre os aspectos coletivos que dizem respeito à nossa saúde mental. Que possamos repensar constantemente nossas práticas de trabalho, vislumbrando a Unipampa acolhedora, plural e inclusiva que devemos construir sempre, cada vez mais.
 
Saúde mental não se restringe a Janeiro Branco ou a Setembro Amarelo. Saúde mental é um papo para todos os meses do ano. 😉
 
Janeiro Branco: Saúde mental perpassa o cuidado de si e do outro. ✨