4 de fevereiro é Dia Mundial de Combate ao Câncer

Sedentarismo, fatores climáticos, má alimentação e outros fatores podem facilitar o surgimento de câncer de diversos tipos. Com intuito de mobilizar a sociedade e organizações mundiais a reforçar a importância da prática de hábitos saudáveis,  prevenção, diagnóstico precoce e tratamento, a União Internacional de Controle de Câncer (UICC), criou o Dia Mundial de Combate ao Câncer em 2005, comemorado dia 04 de fevereiro. 

Afinal, o que é câncer?

Câncer é crescimento desenfreado de células doentes que invadem órgãos e tecidos, elas podem se espalhar para outras regiões, causando metástase. É classificado em maligno quando ocorre um crescimento incontrolável, em grande quantidade e de forma agressivas dessas células. O indivíduo fica bastante debilitado e há risco de morte a curto, médio ou longo prazo, dependendo da situação clínica e propagação da doença. É benigno quando as células doentes crescem em apenas um local, de forma lenta e semelhante aos tecidos originais. Não acarreta grande risco de morte e normalmente possui grandes chances de cura. 

Atualmente, existem mais de 100 tipos de câncer. Quando tem origem nos tecidos epiteliais (como pele ou mucosas), é denominado de carcinoma.  Se tiver início nos tecidos conjuntivos (ossos, músculos e cartilagens), recebe o nome de sarcoma. Outra forma de diferenciar os tipos de câncer é a velocidade em que as células doentes se multiplicam e sua capacidade de invasão de órgãos próximos ou distantes, denominado metástase.

Fonte: Instituto Nacional do Câncer (INCA).

O câncer não tem uma causa específica. Pode surgir devido a fatores externos (meio ambiente) e internos ( hormônios, imunidade e mutações genéticas). 80% a 90% dos casos relacionam-se com causas externas. Alterações no meio ambiente, hábito e estilo de vida podem contribuir com aumento do risco de surgimento de diversos cânceres. 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2018 houve 68.220 casos de câncer de próstata e 18.740 casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão na população masculina, sendo os mais predominantes. Já em mulheres, o câncer mais comum é o de mama com 59.700 casos e câncer de colo e reto com 18.740, segundo dados de 2018. 

Quais são os fatores de risco?

Existem diversos fatores de risco para os câncer, mas os principais são: tabagismo, obesidade, exposição, radiação solar, exposição a outros tipos de radiação, sedentarismo, alimentação não adequada e hereditariedade, baixo peso corporal, exposição no trabalho e no ambiente, HPV e outras infecções  e alcoolismo. 

Fonte: Instituto Vencer o Câncer.

Quais são os sintomas?

Os sintomas variam de acordo com cada tipo de câncer, inicialmente é difícil distinguir porque em alguns casos o câncer pode ser assintomático. Já em estágios mais avançados, podem ocorrer sintomas como náuseas, enjoo, fadiga, cefaleia, aparecimento de manchas ou hematomas na pele, presença de nódulos, sensibilidade na região em que o câncer se instalou, dores. emagrecimento, sangramentos, diarreia, febre frequente e dificuldade de deglutição. O importante é que, ao notar qualquer alteração ou presença desses sintomas, procure sempre orientação e avaliação de um profissional. 

Como é feito o diagnóstico?

Como existem muitos tipos de cânceres, os sinais e sintomas são importantes, além da realização de exames laboratoriais específicos e gerais, exames de imagem para visualizar a lesão, marcadores tumorais e biópsia.

Quais são os tratamentos do câncer?

O tratamento varia de acordo com o estágio e tipo de cada câncer. Pode ocorrer por meio de cirurgia para a retirada do tumor, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea. Pode ser feito o tratamento com mais de uma modalidade. 

Como prevenir o câncer?

A prevenção primária impede o desenvolvimento do câncer. Engloba adoção de modo de vida saudável e evitar se expor a substâncias que causam câncer. Já a prevenção secundária consiste na detecção e tratamento de doenças pré-malignas ou cânceres em estágios iniciais sem sintomas.

Cuide-se! Todo dia é dia de prevenção!

PSICOFOBIA | Seu preconceito gera sofrimento

Falar sobre saúde mental ainda é um desafio. Até 2030, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que a depressão será a doença mais comum e mais incapacitante do planeta. Entretanto, além da depressão, existem outras doenças mentais como esquizofrenia, bipolaridade e transtorno borderline, que exigem atenção, acesso à informação, escuta qualificada e ajuda especializada.

Infelizmente, temas que abordam a saúde psíquica são cercados de preconceito e tabus, que desencadeiam mais sofrimento às vítimas. A psicofobia é exatamente o ato de discriminar e afastar as pessoas portadoras de deficiência e transtornos mentais da sociedade ou até mesmo de seu ambiente de trabalho. É considerada crime, com penalidades previstas em lei. Geralmente, quem pratica psicofobia, não possui conhecimento acerca das doenças mentais, seus efeitos e até mesmo quais são as opções de tratamento.

É fundamental que quem é acometido por alguma patologia psiquiátrica seja acolhido, tenha voz, tenha uma rede de apoio tanto pessoal quanto no trabalho e, sobretudo, saiba onde buscar auxílio profissional. O isolamento ou qualquer modo de discriminação, seja em forma de violência física ou psicológica pode desencadear o agravo de muitas patologias e aumentar riscos de suicídio. A OMS alerta que 90% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais, sendo que 36% das vítimas são portadores de transtorno depressivo.

O seu preconceito gera sofrimento! Acolha! Informe-se!

A universidade é um espaço plural, isso garante legalmente a inclusão de todos, possibilitando a representação de uma sociedade diversificada e múltipla. Nesse contexto, todos são acolhidos com respeito às suas individualidades e também de suas características dentro de todo o universo institucional. No entanto, compreendemos que o convívio e a construção de relações saudáveis num espaço de trabalho plural necessita de uma conduta empática e pró-ativa de todos. Portanto, nossa equipe da Coordenadoria de Qualidade de Vida do Servidor da Unipampa está capacitada para dar o suporte, caso necessite receber qualquer orientação ou somente ter um espaço para ser ouvido.

Saiba onde buscar ajuda

Em Bagé, há dois Centros de Atendimento Psicossocial, CAPS II, que atende usuários com transtornos mentais graves e persistentes e CAPS AD, especializado em transtornos relacionados ao uso de álcool e drogas. Ambos com equipe multidisciplinar capacitada para compreender e atender suas queixas, esclarecer dúvidas e auxiliar no tratamento, se for necessário.

Nas demais cidades sede dos campi da Unipampa também há serviços disponíveis. Em Alegrete, há um CAPS II – Serviço de Atenção Integral à Saúde, um CAPSi Rita Barragana Vancher, que presta assistência a crianças e adolescentes, e um CAPS AD. Em Caçapava do Sul, há o CAPS Casa Esperança que atende usuários de álcool e drogas com transtornos mentais.

Dom Pedrito conta com um CAPS I. Já a cidade de Itaqui possui um ambulatório de Saúde Mental e dois Centros de Atenção Psicossocial, CAPS Mentes Brilhantes, que assiste aos usuários com transtornos mentais, e o CAPS Sentimentos, que atende usuários de álcool e outras drogas. Santana do Livramento possui um CAPS AD e CAPS I. São Borja, por sua vez, conta com uma CAPS AD III, que funciona 24 horas para assistir aos usuários, e um CAPS I Dr. Caio Escobar.

São Gabriel possui um CAPS Dr. Paulo Forgiarini e um Centro de Atendimento em Saúde Mental. O município de Jaguarão presta assistência em saúde mental por meio do CAPS Sítio de Recuperação Terapêutica Renascer. E, Uruguaiana ajuda seus usuários por meio de um CAPS II e CAPS AD III.

A ajuda pode estar mais próxima do que você imagina. Há profissionais capacitados para lhe auxiliar e, caso você fique em dúvida quanto ao endereço ou ao telefone do CAPS ou outro serviço de saúde mental que presta assistência, pode acessar o serviço por meio de uma Unidade Básica de Saúde ou Estratégia Saúde da Família mais próxima. Ela dará o encaminhamento adequado e lhe dizer onde fica localizado o serviço de referência.

Não sofra sozinho, deixe sua voz ecoar.

Busque ajuda! Sua saúde mental agradece!

JANEIRO BRANCO | Quem cuida da mente, cuida da vida

O que é o “Janeiro Branco”?

O “Janeiro Branco” surgiu em 2014 por psicólogos de Uberlândia, Minas Gerais. O objetivo da campanha é a conscientização da promoção e proteção da Saúde Mental. Na época, foram organizadas mini palestras, rodas de conversas e outras ações por acadêmicos de psicologia e psicólogos. Em 2016, a campanha se estendeu a outros estados, devido à repercussão das redes sociais e de outros meios de informação. 

O mês de janeiro foi escolhido pelos idealizadores por representar um novo começo, uma renovação de ano e de objetivos. Já a cor branca faz referência a um quadro branco, no qual é possível escrever uma nova história, livre  de preconceitos, estabelecer novas metas, ter novos sonhos ou planejar a execução dos sonhos antigos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos anos as doenças mentais tiveram um aumento considerável e esse resultado é motivo de grande preocupação entre os profissionais da saúde. Evidencia-se, assim, uma necessidade maior de conhecimento e de conscientização da promoção de bem-estar físico, social e mental, de forma a valorizar a vida e evitar o adoecimento psíquico.

Qual a importância da conscientização?

A conscientização é fundamental, tendo em vista que os cuidados com a saúde mental ainda são alvo de preconceito. Atualmente, vivemos em um período em que damos muito valor às aparências. Buscamos aparentar que estamos sempre bem, e buscar ajuda profissional pode ser visto como um sinal de fraqueza. Ainda, o pouco conhecimento sobre o que é e para que serve a psicologia, apenas aumenta este preconceito.

Quando devemos começar a nos preocupar e cuidar da nossa saúde mental?

O cuidado com nós mesmos deve ser uma prática diária. A partir do momento que aprendemos a dedicar tempo para o autocuidado, aprendemos a cuidar melhor das nossas relações e, consequentemente, vivemos de uma forma mais saudável.

Existem diferentes formas de manter a mente em equilíbrio, alguns exemplos são: atividades físicas, práticas de lazer, técnicas de relaxamento, leitura, música, ioga, etc.

Contudo, em alguns momentos podemos sentir que sozinhos não estamos conseguindo lidar com o estresse, a raiva, o desânimo, a tristeza, as dificuldades nas relações… Nessas circunstâncias, o auxílio psicológico pode nos ajudar a nos sentirmos melhor e a descobrirmos como lidar com tais dificuldades. 

Além disso, fazer terapia é importante para nos conhecermos melhor e aperfeiçoarmos nossa relação com o mundo, por isso o pré-requisito básico é a vontade de ser e viver melhor.

Prepare-se para agir!

Com o novo ciclo de 12 meses que se inicia agora, o que você fará para ter uma vida mais saudável e feliz?

Lembre-se que o corpo e a mente merecem atenção durante todos os dias do ano!

DEZEMBRO VERMELHO | Mês de luta contra a AIDS

Com o objetivo de sensibilizar a população sobre a prevenção e o tratamento precoce contra o HIV, causador da AIDS, iniciamos a mobilização nacional denominada “Dezembro Vermelho“. O período foi escolhido pelo Ministério da Saúde em razão do Dia Mundial contra a AIDS, celebrado mundialmente em 1º de dezembro.

O HIV ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Ter HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pela relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é fundamental fazer o teste e se proteger em todas as situações.

O alerta é para a importância da adesão ao tratamento, pois quanto mais precoce e adequador for, a carga viral (que é a quantidade de HIV no organismo) será indetectável, impedindo a pessoa de adoecer, desenvolver AIDS e até mesmo transmitir o vírus para outra pessoa, tornando-se, também, importante aliado na prevenção de novos casos.



 

As mães que vivem com HIV têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.

 


Se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhando seringas, faça o teste anti-HIV. O diagnóstico é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo SUS, nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

Em todos os casos, a infecção pelo HIV pode ser detectada em, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no material coletado. Esse período é chamado janela imunológica.

Os exames podem ser feitos de maneira anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo(a) usuário(a). Também é possível sabe onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136).

Fases da AIDS e sintomas

Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da AIDS, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV (tempo da exposição do vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença). Esse período varia de 3 a 6 semanas. O organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida.

A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas isso não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar anos, é chamado de assintomático.

Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos glóbulos brancos do sistema imunológico. Os sintomas mais comuns nesta fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.

A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a AIDS. Quem chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou passar por alguma situação de risco, procure uma unidade de saúde. Informe-se sobre a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e faça o teste.

Tratamento para o HIV

Os primeiros medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980. Eles agem inibindo a multiplicação do HIV no organismo e, consequentemente, evitam o enfraquecimento do sistema imunológico. O desenvolvimento e a evolução desses medicamentos para tratar o HIV transformaram o que antes era uma infecção quase sempre fatal em uma condição crônica controlável, apesar de ainda não haver cura.

Por isso, o uso regular dos ARV é fundamental para garantir o controle da doença e prevenir a evolução para a AIDS. A boa adesão à terapia antirretroviral traz grandes benefícios individuais, como aumento da disposição, da energia e do apetite, ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas.

Desde 1996, o Brasil distribuiu gratuitamente pelo SUS todos os medicamentos antirretrovirais e, desde 2013, o SUS garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV independente da carga viral.

Também pode-se dizer que o tratamento pode ser usado como uma forma de prevenção muito eficaz para pessoas vivendo com o HIV. evitando, assim, a transmissão do HIV via sexual.

Atualmente, existem 21 medicamentos, em 37 apresentações farmacêuticas.


 

NOVEMBRO AZUL | Cuidar da saúde também é coisa de homem

Novembro Azul é um movimento mundial que acontece durante o mês de novembro para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata, mas também tem como objetivo alertar sobre a importância dos homens cuidarem da saúde.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros. A próstata é uma glândula acessória do aparelho reprodutor masculino, que se localiza na parte baixa do abdômen, é um órgão pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso).

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer de terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento da expectativa de vida.

Fatores de risco

  • A idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos;
  • Hereditariedade: pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos;
  • Estilo de vida: obesidade, hábitos alimentares, alcoolismo, tabagismo e sedentarismo, aumentam o risco de câncer de próstata avançado.
  • Exposição a aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio), arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas.

Sinais e sintomas

Em sua fase inicial, o câncer de próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade em urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite).

Já na fase avançada, pode provocar dor óssea, doe e dificuldade em urinar, presença de sangue na urina ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

Detecção precoce

É uma estratégia para encontrar o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar melhor chance de tratamento. A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação, com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença, ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença. No caso do câncer de próstata, esses exames são o toque retal e o exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico).

O diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados no tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como:

  • Dificuldade de urinar;
  • Diminuição do jato de urina;
  • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia e à noite;
  • Sangue na urina.

Na maior parte das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico.

Diagnóstico

O câncer de próstata pode ser identificado com a combinação de dois exames:

  1. Dosagem de PSA: exame de sangue que avalia a quantidade do antígeno prostático específico;
  2. Toque retal: como a glândula fica em frente ao reto, o exame permite ao médico palpar a próstata e perceber se há nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos (possível estágio inicial da doença). O toque é feito com o dedo protegido por luva lubrificada. É rápido e indolor, apesar de alguns homens relatarem incômodo e terem enorme resistência em realizar o exame.

Nenhum dos dois exames têm 100% de precisão. Por isso, podem ser necessários exames complementares.

A biópsia é o único procedimento capaz de confirmar o câncer. A retirada de amostras de tecido da glândula é feita com o auxílio da ultrassonografia. Outros exames de imagem também podem ser solicitados, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea.

Tratamento

Para a doença localizada (que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos), cirurgia e radioterapia. Para a doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para a doença metastática (quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.

A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e os benefícios de cada um. A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, com estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade, há a opção de vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão da mesma.