No dia 8 de abril, é comemorado nacionalmente o Dia Nacional do Braille, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância das políticas públicas para inclusão dos deficientes visuais no sistema educacional. A comemoração também visa a reflexão sobre a empregabilidade de mecanismos que favoreçam o desenvolvimento intelectual, profissional e social das pessoas cegas ou com baixa visão.
O sistema Braille foi criado na França, em 1825, pelo francês Louis Braille, que perdeu a visão quando tinha apenas 3 anos de idade. O Braille é um sistema de códigos em alto relevo que representam todas as letras do alfabeto, números, símbolos aritméticos, etc. O sistema é composto por seis pontos, divididos em duas colunas de três pontos, formando um total de 63 combinações diferentes, sendo que cada uma representa um número, letra, ou sinal de pontuação. Com a invenção do sistema, Louis Braille proporcionou maior independência, autonomia e segurança para as pessoas cegas, mudando a vida dessas pessoas em todo o mundo.
O Dia Nacional do Braille foi criado em homenagem ao nascimento de José Álvares de Azevedo, o primeiro professor cego do Brasil. José de Azevedo nasceu cego e, aos 10 anos de idade, foi enviado para Paris estudar no Instituto Real dos Jovens Cegos. Lá aprendeu a recém-criada técnica de Braille. Ao voltar ao Brasil, ensinou e espalhou o novo sistema de educação para cegos pelo país. Devido a sua importante contribuição para a melhoria no aprendizado das pessoas com deficiência visual, recebeu o título de Patrono da Educação para Cegos.
No Brasil, existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo 582 mil cegas e 6 milhões com baixa visão, segundo dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A leitura por meio do sistema Braille, é uma das formas de garantir que essas pessoas tenham acesso ao conhecimento, à cultura, ao lazer e à informação, direitos essenciais para todos os cidadãos.