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CEGV LIGADO AO PIBID DA SOCIOLOGIA É CONVIDADO A APRESENTAR TRABALHO VOLTADO A TEMÁTICAS RACIAIS NO IFFAR-SB

Muito se discute sobre questões raciais e o preconceito existente na nossa sociedade brasileira. Vivemos em um país laico, com a possibilidade de existir diferentes práticas religiosas, bem como as de matrizes africanas. Assim, temos diferentes culturas em um único país de dimensões continentais.

Hoje, ao entendermos a história do período escravocrata, percebemos as atrocidades cometidas pelos detentores da supremacia da raça branca, pessoas que acreditavam e negligenciaram a existência de outras etnias em um único espaço geográfico.

Ademais, dos ecos da liberdade e da esperança de encontro, surge uma carta que possibilitaria a um filho, que foi retirado de sua mãe ainda pequeno, saber sobre a história de sua mãe. Uma triste realidade é relatada no livro Um Defeito de Cor, de Ana Maria Gonçalves (2009), que nos mostra a cruel face humana de pessoas que sentiam prazer em gerar dor e medo em povos de etnias africanas. Um livro com mais de 800 páginas, entretanto, de leitura rápida, pelo simples motivo de nos instigar a continuar a lê-lo sem parar.

Posto isso, o Colégio Estadual Getúlio Vargas (CEGV), onde acontece o PIBID Interdisciplinar da Sociologia, foi convidado pelo Projeto de extensão – Na Encruza. Educação para as Relações Étnico-Raciais IFFar-SB a participar de um evento e compartilhar o desenvolvimento de uma minissérie audiovisual ocorrida nos arredores da escola e em demais espaços do município.

Portanto, aconteceram dois encontros entre os dias 24 pela parte da tarde e dia 25 pela manhã no auditório do IFFar-SB. Inicialmente foi aberto este momento juntamente com os pibidianos, professores e alunos da instituição e demais participantes tratando sobre a importância de contemplar uma mulher negra escritora e jornalista que ocupa um lugar de honra na Academia Brasileira de Letras gerando visibilidade para a comunidade negra e demais etnias. Um encontro cheio de aprendizados e ensinamentos sobre a temática racial, que tão pouco é desenvolvido nos dias de hoje.


Texto elaborado por Guus A. Dorneles

Conservação de Peixes e Tubarões

A intervenção pedagógica realizada no dia 19/11/2025, com as turmas do 2º B, 2º C e 2º D do Ensino Médio da Escola XV de Novembro, no âmbito do PIBID, sob responsabilidade da bolsista Kellen Pujol e supervisão da professora Ana Caroline Gonçalves Medina, teve como foco o estudo dos peixes, com ênfase especial na conservação dos tubarões e na percepção crítica sobre práticas de pesca predatória e pesca de arrasto.

A aula teve caráter prático e investigativo, proporcionando aos alunos o contato direto com diferentes espécimes de peixes de água doce conservados em álcool, permitindo observar detalhes morfológicos e compreender melhor suas características anatômicas. Além das amostras em álcool, foram apresentados outros materiais biológicos, como um ovo de raia (conhecido como “bolsa de sereia”), um cavalo-marinho conservado e um pequeno esqueleto, ampliando o repertório dos estudantes sobre a diversidade dos organismos aquáticos. Essa observação direta despertou grande interesse e entusiasmo nos alunos, que demonstraram curiosidade e participação ativa.

A intervenção também abordou questões ambientais, especialmente relacionadas à conservação dos tubarões. Discutiu-se o consumo de “cação”, termo utilizado comercialmente para carne de tubarão, e os riscos associados, incluindo a presença de metais pesados, como o mercúrio, que se acumulam no organismo desses animais e podem ser prejudiciais à saúde humana. Os alunos foram orientados sobre como a pesca predatória, a pesca de arrasto e práticas cruéis, como a retirada de barbatanas (finning), contribuem para o declínio populacional dos tubarões.

Foi exibido um vídeo informativo para gerar impacto e reflexão, seguido de debate sobre como a mídia, especialmente filmes como Tubarão, contribuiu historicamente para criar medo e distorcer a imagem desses animais.

A atividade foi bem-sucedida, pois integrou teoria e prática, sensibilizando os estudantes para a importância da conservação marinha e para o papel ecológico fundamental desempenhado pelos tubarões.

Água: Essencial e Escassa

O trabalho intitulado “Água: Essencial e Escassa”, se trata de uma intervenção aplicada pelas discentes Carla Lopes e Lisiane Marques com alunos do sexto ano do Ensino Fundamental na escola Municipal Carlota Vieira da Cunha.

O objetivo principal da ação foi promover a conscientização sobre a importância e a limitação da água e estimular a reflexão sobre o impacto das ações humanas na sua disponibilidade e qualidade.

A estratégia didática teve uma duração total de 50 minutos, dividida em três momentos: 1) Sondagem e Engajamento (10 minutos): Momento inicial para ativar o conhecimento prévio dos alunos com perguntas abertas, como “O que vem à mente de vocês quando falamos em ‘água’?”; 2) Apresentação do Assunto e Conhecimento (20 a 30 minutos): Transmissão do conteúdo teórico utilizando slides e um vídeo educativo curto (5 minutos); 3) Verificação do Aprendizado (10 minutos): Momento prático e avaliativo em que os alunos, organizados em grupos, produziram cartazes e responderam perguntas-chave e propuseram ações de economia de água e cuidado com o meio ambiente.

Os objetivos foram: identificar o nível de compreensão dos alunos sobre a escassez hídrica; observar a capacidade de relacionar suas práticas de consumo com a poluição e avaliar o potencial da intervenção em estimular a mudança de hábitos.

A avaliação demonstrou que a intervenção foi bem-sucedida, facilitando a aprendizagem e a assimilação dos conceitos. O entusiasmo e os cartazes produzidos pelos alunos, evidenciaram que eles conseguiram conectar a teoria à prática, reconhecendo a importância de suas ações individuais e coletivas.

A abordagem pedagógica aplicada, combinada com a transmissão de conhecimento e atividades práticas, foi eficaz para a aprendizagem e para a conscientização. A mobilização dos estudantes é fundamental para que o conhecimento científico se transforme em atitudes e comportamentos mais sustentáveis no dia a dia.

Sistema Terra e Universo

A intervenção intitulada “Sistema Terra e Universo” foi realizada com a turma do 6º Ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Carlota Vieira Da Cunha.

A aula de 50 minutos ocorreu no dia 23 de outubro, conduzida pelos discentes Carla Gomes Lopes e Eduardo, e contou com o apoio do professor Gillian. O objetivo foi verificar a eficácia da metodologia em três momentos: problematização, organização e aplicação na consolidação do aprendizado sobre os movimentos da Terra e os componentes do Sistema Solar.

A intervenção foi estruturada em três momentos: a) Problematização Inicial: A fase inicial se deu com perguntas abertas para levantar os conhecimentos prévios da turma; b) Organização do Conhecimento: Foi utilizada uma apresentação de slides (intitulada “O UNIVERSO EM NOSSAS VIDAS: A TERRA, O SOL E A LUA”) para detalhar conceitos em geral sobre o sistema solar; c) Aplicação e Certificação do Conhecimento: Em substituição ao cartaz foi aplicado algumas questões que foram copiadas no caderno e respondidas em grupo geral da turma.

Foi observada uma participação significativa dos alunos, gerando engajamento da turma. O uso dos três vídeos em aula na fase inicial foi um recurso eficaz, contribuindo diretamente para que os alunos mantivessem a concentração durante a aula. O método de certificação por questionário coletivo validou a assimilação dos conceitos.

A facilidade com que a turma respondeu as questões evidenciou a eficácia da sequência didática e da metodologia aplicada na transmissão do conteúdo.

Conclui-se que a Intervenção Pedagógica sobre o Sistema Terra e Universo alcançou seu objetivo de consolidar o aprendizado em 50 minutos. O alto nível de engajamento e participação da turma do 6º Ano, somado à certificação positiva do conhecimento por meio do questionário coletivo, reforça a validade da metodologia utilizada nesta intervenção.

Consumo de Energia

A intervenção realizada com a turma do 3º ano da Escola de Ensino Médio XV de Novembro, turno da noite, teve como foco a compreensão do consumo de energia elétrica no cotidiano, destacando a importância do uso consciente dos aparelhos domésticos. A atividade foi desenvolvida pela bolsista Érica da Silva Borges, sob supervisão da professora Ana Caroline Machado Gonçalves, e buscou aproximar conceitos de Física da realidade prática dos estudantes, incentivando a responsabilidade ambiental e o entendimento dos gastos energéticos.

A proposta iniciou com o levantamento de hipóteses a partir de perguntas problematizadora, como: “O ar-condicionado moderno pode gastar menos que um ventilador antigo?” e “O tempo de uso influencia no valor da conta de luz?”. Esse momento gerou um debate inicial que estimulou a reflexão e permitiu identificar concepções prévias dos alunos. As hipóteses foram registradas para comparação com os resultados das atividades seguintes.

Após, foi realizado um jogo educativo no qual cada aluno recebeu uma ficha com um cenário de uso de aparelhos elétricos. As fichas apresentavam a potência dos equipamentos e o tempo de funcionamento, permitindo que os estudantes calculassem o consumo energético (E = P × t). Após resolverem os cálculos, os alunos compararam seus resultados, identificaram quais personagens consumiam mais energia e discutiram alternativas de economia no dia a dia.

A dinâmica favoreceu o trabalho colaborativo, a análise crítica e a interpretação de dados, ao mesmo tempo em que aproximou o conteúdo científico da experiência cotidiana. A intervenção contou com boa participação, especialmente durante a atividade prática, onde os estudantes demonstraram interesse e empenho. Mesmo com minha dificuldade inicial em conteúdos de Física, foi possível conduzir a atividade com segurança, tornando o momento rico e significativo.

Setembro Amarelo

A intervenção realizada no dia 25 de setembro de 2025, na Escola Estadual de Ensino Médio XV de novembro, com a turma do 2º ano do turno da noite, teve como tema central o “Setembro Amarelo”, campanha dedicada à prevenção do suicídio e à valorização da vida. A atividade foi conduzida pela bolsista Érica da Silva Borges e teve como objetivo promover a reflexão sobre saúde mental, reconhecer sinais de sofrimento emocional e incentivar o autocuidado e o apoio mútuo.

A apresentação iniciou com uma conversa aberta sobre emoções, estresse e situações do cotidiano que podem gerar sofrimento, permitindo levantar os conhecimentos prévios da turma. Em seguida, os slides ilustrativos apresentaram a origem da campanha, o significado da cor amarela e sua relação com a valorização da vida. Também foram discutidos sintomas da depressão, sinais de alerta e comportamentos que podem indicar risco, sempre reforçando a importância de falar sobre sentimentos e pedir ajuda quando necessário.

Um ponto fundamental foi a apresentação do CVV (Centro de Valorização da Vida), destacando seus canais de atendimento e a relevância do serviço como rede de apoio. A intervenção buscou reforçar que pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas um gesto de coragem e cuidado consigo mesmo.

Após a explanação, os alunos participaram da atividade “Caixa do incentivo à vida”, escrevendo mensagens de apoio, empatia e esperança para colegas. Algumas frases foram compartilhadas em sala, promovendo um momento de sensibilidade e reflexão coletiva. Observou-se boa participação dos estudantes, com destaque para o engajamento dos meninos, que fizeram mais perguntas e interagiram de forma ativa.

A intervenção contribuiu para fortalecer o diálogo sobre saúde mental, estimulando a empatia, a escuta atenta e a valorização da vida dentro do ambiente escolar.

Fontes de Energia

A intervenção realizada no dia 22 de agosto de 2025 teve como tema central as fontes de energia, abordando sua presença constante no cotidiano e suas diferentes formas de utilização. A atividade foi desenvolvida com a turma do 2º ano do Ensino Médio, no turno da manhã, e buscou apresentar, de maneira clara e ilustrada, como a energia é essencial para o funcionamento da sociedade, seja para carregar um celular, acender uma lâmpada, movimentar máquinas ou realizar processos industriais.

A apresentação foi conduzida pelas bolsistas Érica da Silva Borges e Lilian de Oliveira Machado, sob supervisão da professora Ana Caroline Machado Gonçalves. Dividida em dois momentos expositivos, a intervenção explicou as principais fontes de energia renováveis e não renováveis, como solar, eólica, hídrica, biomassa, nuclear, petróleo, carvão mineral e gás natural. Também foram discutidas as características de cada fonte, suas vantagens, limitações e impactos ambientais.

Os slides utilizados facilitaram a visualização dos tipos de energia e permitiram relacioná-los com situações reais vividas pelos estudantes. Apesar de a participação oral ter sido reduzida com apenas um aluno interagindo mais ativamente, a turma demonstrou atenção e interesse durante toda a exposição. A escuta foi positiva e contribuiu para que a dinâmica fluísse de maneira organizada e compreensível.

Ao final, foi possível perceber que a intervenção ampliou a compreensão dos alunos sobre o papel da energia na sociedade, incentivando reflexões sobre sustentabilidade, consumo consciente e impactos ambientais. A avaliação ocorreu de forma contínua, considerando a participação, o interesse e o preenchimento da atividade impressa entregue aos estudantes.

Oficina Leitura e Literatura nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental

No dia 19 de novembro de 2025, na sala 311 do Campus Jaguarão, a mestranda Fernanda da Silva Araújo (PPGEdu – Unipampa) realizou a oficina Leitura e Literatura nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental com o grupo de bolsistas do Pibid Alfabetização. Fernanda fez uma exposição teórica sobre os principais princípios do trabalho com a leitura e a literatura nos anos iniciais e, depois, realizou uma atividade denominada “Laços de Palavras”, a qual possibilitou o exercício da criatividade e imaginação pelos bolsistas.

Título: Feira da consciência negra: memória e luta

No dia 19 de novembro de 2025, a escola Getúlio Vargas, em Itaqui, organizou uma feira sobre a Consciência Negra como um modo de lembrar e fortalecer a luta por um futuro melhor. As turmas com pibidianos de Matemática organizaram jogos africanos, como: Tsoro Yematatu, Shisima e Mancala, onde os demais estudantes da escola puderam conhecer e interagir com os jogos.