NInA – Núcleo de Inclusão e Acessibilidade | Página: 5

Nota de repúdio

No dia 10/07/2020 aconteceu a live NInA com o tema:

Acessibilidade Comunicacional: A Inclusão no Ensino na perspectiva Remota durante o distanciamento social.

A Live foi interrompida diversas vezes por um grupo que ingressou na sala com objetivo de atrapalhar o debate. O evento, que contava com mais 130 participantes, teve o acesso restrito pelo NInA para evitar que mais interrupções ocorressem.

A Mediadora Debora Hernandes Figueira alertou o grupo e ressaltou que o foco do evento era a aquisição de conhecimento e que pessoas alheias a este propósito seriam banidas da sala.

O NInA repudia este tipo de atitude e ressalta que a equipe ADAFI tomará providências para que o fato não ocorra novamente.

Embora este grupo tenha tentado encerrar o debate, após este pequeno período de tempo, a live seguiu normalmente e as expectativas foram alcançadas.

Pedimos desculpas pelo ocorrido e agradecemos a compreensão de todos.

Projeto Arborização Urbana e Inclusão Social

No dia 21 de novembro a Equipe NInA estava presente no projeto de Arborização promovido pela PROEXT. O programa tem o objetivo de impulsionar o poder público a tomar atitudes e investir em políticas de gestão ambiental, através de conservação e cuidados com as árvores da cidade de Bagé e contou com a participação dos Intérpretes NInA Lucas e Fernando, que fizeram a tradução em LIBRAS dos vídeos apresentados. No dia do Evento,  escolas municipais e estaduais marcaram presença. Confira as fotos:

 

 

NInA no XI SIEPE

O Núcleo de Inclusão e Acessibilidade esteve presente no XI SIEPE nos dias 22, 23 e 24 de outubro realizado em Santana do Livramento. Os interfaces e equipe NInA acompanharam as apresentações dos trabalhos e deram todo suporte às pessoas com deficiência presentes no evento. Confira alguns registros:

                

   

Monitores NinA, Cuidadora, Dyessyca e Interface Liara.

A aluna surda Manuela Rubim do curso de Pedagogia EaD, polo Quaraí, assistindo os trabalhos. Assitindo o banner do projeto de extensão PAMPEANO (curso pré- ENEM) do qual já foi aluna.

 

Larissa, aluna do ensino médio da cidade de Quaraí , surda, comunidade externa, participando do SIEPE.

1º Encontro Regional de Movimentos sobre a Libras

São Borja sediou o 1º Encontro Regional de Movimentos sobre a Libras. Este evento que aconteceu no dia 09/11, é o primeiro encontro realizado pela Escola Estadual de Ensino Médio Apparício Silva Rillo sob coordenação da Professora Márcia Andreia Facio Silva e colaboração da Professora Keli Krause, da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA, campus São Borja. Os objetivos do evento vão ao encontro do projeto que a escola desenvolve sobre Direitos Humanos, sendo que foi aproveitado para ensinar Libras para duas turmas da Escola Estadual de Ensino Médio Apparício Silva Rillo, porque a mesma tem dois alunos surdos e estão em aprendizado da Libras.

Programação

Na abertura cerimonial do evento, a mesa de honra foi composta pelas seguintes autoridades: Jeferson Homrich, Presidente da Câmara Municipal de vereadores de São Borja, Vereador João Dornelles, João Carlos Reollon, Secretário Municipal de Educação, Carlos Roberto Martins, Diretor da Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos – FENEIS; Sandra Fagundes Franco, Coordenadora de Educação, representando a Coordenadoria Regional da Educação, Janaína Bronzatti, Diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Apparício Silva Rillo, Professora Keli Krause, da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA, campus São Borja e professora da Escola Apparício Silva Rillo, Márcia Andreia Facio Silva , coordenadora do I Encontro Regional de Movimentos sobre a Libras.

O evento trouxe a palestra intitulada “O que precisamos elaborar e religar para Surdos na Região do Pampa”, o diretor Carlos Martins da Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos – FENEIS na seguinte imagem:

 

A seguinte palestra “contrato para tradutor/intérprete de Libras nas instituições públicas” com a intérprete Gabriela Cardoso Alves.

A palestra: Perspectiva da Educação de Surdos no sistema escolar com a Professora Magda Shutlz.

A Psicóloga Juliane Guerreiro do Amaral para palestrar sobre: O sistema familiar, a importância do olhar da família.

Contamos com a presença da Pedagoga Intérprete/Tradutora de Libras, Adriana Fernandes Ergang que tratará sobre: o Surdo no Mercado de Trabalho.

 

Desfile do Dia Nacional dos Surdos em Jaguarão

O desfile contou com a participação especial da Escola Castanho Branco, UNIPAMPA, prefeitura de Jaguarão. O desfile sobre Dia Nacional dos Surdos foi uma amostra para as pessoas assistirem nas ruas e relembrarem as lutas dos direitos e cidadãos brasileiros para valorizar a língua e cultura surda.

Confira as imagens do evento:

 

“Os surdos: o jeito de ser na sociedade brasileira” – por Márcio Aurélio Friedrich

O Brasil comemorou no dia 26 de setembro o Dia Nacional dos Surdos, data que representa uma oportunidade para relembrar os desafios e as lutas por melhores condições de vida dos surdos. Foi uma grande conquista dos surdos a assinatura da Lei n° 10.436/2002, que oficializou a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e o Decreto 5.626/2005 que, dentre outras regulamentações, tornou obrigatório o ensino de LIBRAS nos cursos de formação de professores. Com isso, abriu-se as portas para a educação bilíngue, que possibilita o aprendizado dos surdos diretamente em LIBRAS.

Surdos são cidadãos brasileiros, com direito à comunicação em LIBRAS, necessitando de intérpretes para auxiliar na comunicação em serviços públicos. Essa iniciativa é importante para a população surda poder utilizar as atividades de tradução/interpretação em LIBRAS para realizar, por exemplo, consultas médicas, acesso à justiça, ao mercado do trabalho, ao ensino nas escolas e universidades e em vários outros lugares. Isso melhora a qualidade de vida para os surdos.

A melhor forma de incluir os surdos na sociedade brasileira é através da acessibilidade a todos os espaços com a comunicação em LIBRAS. Como nos espaços midiáticos, onde pode-se introduzir o intérprete de LIBRAS para traduzir as informações faladas para quem não pode ouvir, através de legendas. Sem isso, muitos surdos tem acesso restrito às informações. Muitas universidades hoje possibilitam aos surdos a acessibilidade através de tradutores/intérpretes da LIBRAS. É por isso que devemos buscar a qualificação profissional constantemente.

Além da formação, a pessoa surda pode mostrar que tem habilidades, conhecimentos e talentos. Somos dotados de cultura, identidades e hábitos da comunidade. Temos orgulho de ser surdo, porque nos sentimos felizes com nossa língua e cultura. Nossa única diferença é que não ouvimos a voz, mas somos mais visíveis, por isso temos a comunicação. Não queremos ser chamados de coitados, macacos, marginalizados, mudos, mudinhos, mudões, surdos-mudos, dentre outras expressões postas pelos que não são surdos. Isso significa a nossa desvalorização e discriminação. Torço e luto para que toda a sociedade seja acessível aos surdos.

Sonho com o dia em que poderei me comunicar em Libras em qualquer rua, em qualquer cidade, em qualquer lugar em que for, pois as pessoas saberão da importância da LIBRAS como uma língua com a qual nós, surdos, nos comunicamos.

Temos direto não só de ir e vir, mas, também, de nos comunicar. Parabéns a nós, surdos!

Tradução em português por Cristiane Terra (Rio Grande)

 

Dia Nacional dos Surdos

Dia Nacional dos Surdos (26/09): relembrando as lutas pela comunidade surda no Brasil

O professor Márcio Aurélio Friedrich, docente de Libras da UNIPAMPA campus Jaguarão, ministrou palestra no dia 26/09 sobre Setembro Azul pelo Dia Nacional dos Surdos na escola Castelo Branco, em Jaguarão (RS), para 150 alunos. A data marca a passagem histórica de Educação dos surdos. O professor falou da relação dos alunos surdos e ouvintes na sala de aula, que tem se baseado pelo respeitado pela Língua Brasileira de Sinais (Libras). “Sabemos que surdos aprendem a língua portuguesa tanto quanto alunos ouvintes aprendem a Libras”, disse. Na palestra, abordou a importância que a educação deve ter com os surdos, algo que se aprende por toda vida. Deu exemplos pessoais, como aluno e professor, a troca de conhecimentos, como adaptar a metodologia do ensino para alunos surdos: “é importante para motivar aqueles que estudam para um futuro melhor aos alunos surdos”. No final, agradeceu a participação da platéia: alunos, professores e gestores da Escola Castelo Branco, membros da Secretaria Municipal de Educação de Jaguarão, intérpretes de Libras da prefeitura de Jaguarão e da UNIPAMPA. “É importante ter parceria no trabalho para melhor tanto aos surdos quanto aos ouvintes, para que todos possam ter um aprendizado em Libras”.

Márcio Aurélio Friedrich é formado em Administração (2010), Matemática (2016) e Letras-Libras (2018). Fez especialização em Libras (2015), mestrado em Letras (2019) e atualmente está se doutorando em Letras. Em sua vida profissional, trabalhou na iniciativa privada, lecionou em escola para surdos em Rio Grande e na própria FURG. Desde 2018 ingressou na UNIPAMPA, para lecionar sua especialidade, Libras.

*Tradução em português por Deise (Interprete de Libras – campus Caçapava do Sul – UNIPAMPA)

Confira as imagens do evento:

Setembro Azul

 

 

LÍNGUAS DE SINAIS COMEMORAÇÕES DO SETEMBRO AZUL

Cada ano, o movimento social surdo organizado realiza, no que já se tonou tradição,  passeatas em várias cidades do Brasil, em um movimento conhecido como Setembro Azul, sendo marcado por diversos eventos da comunidade surda, com o objetivo de conscientizar sobre a acessibilidade e a comemoração das conquistas.

Por que setembro? Esse mês tem datas importantes para a comunidade surda, sejam elas lembranças das perdas do passado ou celebrações das conquista:

  • 6/09 e 11/09: lembram o Congresso de Milão de 1880, no qual foi proibido o uso das Línguas de Sinais na educação dos surdos. Esse marco fez com que os surdos tivessem que se adaptar às línguas orais até que as línguas de sinais fossem novamente aceitas.
  • 10/09: Dia Mundial das Línguas de Sinais, uma data que visa promover o respeito e a valorização da Língua de Sinais nos mais diversos países. Foi escolhido, porque a marca histórica tragédia que o Congresso do Milão proibiu o uso das línguas de sinais no mundo.
  • 23/09: ONU declarou comemorado o Dia Internacional de Língua de Sinais.
  • 26/09: Dia Nacional do Surdo. O dia foi escolhido por ser a data de fundação do INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos), a primeira escola para surdos do Brasil. A data foi então escolhida para homenagear a Comunidade Surda no território brasileiro e oficializada através do decreto de lei no 11.796, em 29 de outubro de 2008.
  • 30/09: Dia Internacional do Surdo.
  • 30/09: Celebra o Dia do Tradutor, no qual são feitas várias homenagens aos Intérpretes de Libras.

A autora Gonçalves (2016) explica sobre o porquê da cor e fita azul:

A cor Azul representa para a Comunidade Surda dois momentos históricos, o primeiro momento é o período da Segunda Guerra Mundial em que os Nazistas identificavam as Pessoas com Deficiência através de uma faixa de cor azul fixada no braço. O segundo momento é o atual. O azul simboliza a opressão enfrentada pelos surdos ao longo da história, mas mais que isso, mostra o orgulho de ser surdo, de englobar uma história, uma língua e um povo.

Por que Fita Azul?

Em 1999, no XIII Congresso Mundial da Federação Mundial de Surdos, na Austrália, aconteceu a Cerimônia da Fita Azul (Blue RibbonCeremony), em lembrança dos surdos que foram vítimas da opressão. Neste evento, o Dr. PaddyLadd (surdo), usou pela primeira vez a fita de cor azul como símbolo do movimento.

Na Unipampa existem nove docentes surdos e oito tradutores/intérpretes de LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais em seus 10 campis.

Cada campus traz aqui, uma mostra em fotos sobre as atividades e produções acadêmicas (projetos de extensão, de ensino e de pesquisa) e um vídeos sobre a importância da componente curricular Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS na instituição.

 

 

Aula de LIBRAS em Hulha Negra

No dia 24/09 os alunos EaD tiveram uma aula de LIBRAS com o Professor Márcio Friedrich. 

Foi um momento importante para troca de experiências, sanar dúvidas e vivenciar a prática de LIBRAS.

A Intérprete Deise Soares Luiz, do Campus Caçapava, e a Professora Substituta Adriana Martins, traduziram a aula do Professor.