ESTRUTURA TEÓRICO-METODOLÓGICA DA AEP

A Atividade Experimental Problematizada, uma estratégia didático-pedagógica voltada ao ensino experimental das Ciências, está configurada em dois principais eixos, um de natureza teórica e outro metodológica, associativos e potencialmente indissociáveis.

Em maior detalhamento: EIXO TEÓRICO

o projetar da experimentação –

Problema Proposto

O problema que origina a AEP requer a elaboração de uma solução, ou sua derivação em novos argumentos, distinguindo-se da singularidade de uma pergunta, que gera a expectativa de uma resposta.

Objetivo Experimental

Refere-se a propostas de atividades práticas àquilo que centraliza a experimentação, operacionalmente. Qual técnica é imprescindível à geração de dados, que serão transformados subjacentemente em resultados e com isso potencialmente oferecerão subsídios práticos à solução do problema proposto?

Diretrizes Metodológicas

Atuam como proposituras orientadoras aos procedimentos a serem realizados. Não devem ser admitidas como um fator limitador da experimentação; se defende aqui que a aprendizagem é reduzida ao se tratar da experimentação sob vieses observacionais ou procedimentais determinísticos. Contudo, tais indicações surgem como uma etapa necessária, a qual oferece o estabelecimento das primeiras ações e norteia os fazeres gerais. 

Em maior detalhamento: EIXO METODOLÓGICO

– o desenvolver da experimentação –

 

Discussão

prévia

Como ação desencadeadora do processo da AEP, propõe-se uma discussão introdutória, em sala de aula ou laboratório, como proposta de identificação dos conhecimentos prévios dos alunos sobre as temáticas principais a serem abordadas.

Organização e

desenvolvimento

Visa a organização procedimental da experimentação. Inicia pela proposição do problema teórico (elaborado, identificado ou selecionado) e de suas derivações em objetivo experimental e diretrizes metodológicas. Avança à implementação coletiva de uma organização ao trabalho experimental, envolvendo a disposição dos alunos em pequenos grupos, com subsequente recomendação para discussões iniciais em cada, seguidas pelo levantamento de hipóteses à solução ao problema proposto, emergentes dos conhecimentos prévios dos alunos. Segue-se ao desenvolvimento da atividade experimental, onde os alunos realizam a experimentação a partir de seu entendimento, sob observação e orientação do professor.

Retorno ao

Grupo de trabalho

Neste momento pretende-se favorecer a reflexão e discussão intra grupos de trabalho, seguidas pelo arranjo e sistematização das informações registradas. Após a realização da atividade experimental, é solicitado aos alunos que retornem ao seu grupo de trabalho para ordenação dos registros que julgarem pertinentes.

Socialização

A partir da acareação entre diferentes pontos de vista pode-se seguir a uma possível generalização, tendo em vista os encaminhamentos dados pelo professor. Sendo assim, este momento objetiva incentivar um diálogo entre os diferentes grupos de trabalho, tendo em vista distinções teórico-metodológicas que poderão levar a resultados e a conclusões consideravelmente dissemelhantes. Consiste, portanto, no oferecimento de um espaço-tempo coletivo à troca de ideias referentes aos procedimentos realizados durante a técnica.

Sistematização

Essa estratégia pode ser mantida, desde que se ofereçam diretrizes à sua feitura, não no propósito de padronização – uma vez que sua função não é profissionalizante, mas pedagógica – mas no intuito de oferecer aos alunos subsídios quanto a um modo coerente pelo qual poderão apresentar seus resultados e estruturar os produtos de suas observações.

Ver mais em:

https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoeducacao/article/view/12491