Olá, sou Dieison Morozoli da Silva, 27 anos, natural de Itaqui – RS e faço parte de uma história de longa data com a Universidade Federal do Pampa. Como pessoa, sou calmo, gosto de tirar fotos aleatórias enquanto pedalo pela cidade, que além de viajar, são minhas atividades preferidas. Minha meta pessoal é me tornar professor universitário de geociências.
Ingressei na universidade em 2011, como integrante da primeira turma noturna do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia. Nesse primeiro ano estive focado nas aulas.
No início de 2012 me aproximei das atividades realizadas pelo Laboratório Interdisciplinar Integrado (LabII). Neste ambiente participei da coleta de dados de monitoramento da qualidade da água em cursos hídricos, além da realização de atividades em parcerias com escolas da sede urbana. É válido ressaltar que naquele mesmo ano aconteceu a criação do Grupo Universitário de Teatro GUT Encenaart, do qual fui integrante.
Ao longo de 2013 iniciei um novo ciclo de atividades. Após encerrar minha participação no LabII, me aproximei bastante dos componentes curriculares e professores da Engenharia Cartográfica e de Agrimensura. Neste ponto, devo prestar agradecimento ao professor Alexandre Bernardino Lopes, que orientou a escrita de um projeto de pesquisa acerca das áreas de preservação permanente em Itaqui. Posteriormente, a orientação desse projeto foi transmitida para o professor Sidnei Luis Bohn Gass. A sinergia resultante de meu esforço somado a orientação adequada logo começaram a mostrar resultados. Uma das atividades que merecem destaque foi a participação orientada no projeto GeoItaqui, no qual atuei na produção de mapas para o zoneamento ecológico-econômico municipal.
No ano de 2014, com a proximidade de integralização total da carga horária requerida, foi iniciada a escrita do trabalho de conclusão de curso, intitulado “Áreas de preservação permanente e áreas de inundação: estudo de caso na área urbana de Itaqui, RS, Brasil”.
Em decorrência dos resultados obtidos, o trabalho foi adaptado para apresentação no XXIII Congresso de Iniciação Científica da Universidade Federal de Pelotas e na XIV Semana Estadual da Água (Unipampa Itaqui).
Pouco tempo depois chegou o momento, a formatura da primeira turma do BICT, na qual fui um dos cinco formandos.
Nesse ponto, faço menção de destaque para uma das potencialidades do BICT, o segundo ciclo de formação. Na semana seguinte à formatura, ingressei na Engenharia Cartográfica e de Agrimensura.
Em 2015, passei a integrar a equipe do projeto SIGPampa, dedicado à produção e divulgação de materiais de apoio sobre Sistemas de Informações Georreferenciadas, importante ferramenta para profissionais de agrimensura e cartografia. No âmbito das atividades do projeto foram produzidos 12 tutoriais de utilização do SIG QGIS.
Ainda nesse ano fui integrante de um trabalho aprovado no Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Também participei da elaboração de um caderno digital sobre a morfologia de eudicotiledôneas e da conclusão da produção de mapas para o projeto GeoItaqui, ambas atividades apresentadas no SIEPE.
No ano de 2016, já bastante familiarizado com as geotecnologias, em especial com o SIG QGIS, passei a atuar como monitor do componente curricular de Geoprocessamento do curso de Agronomia. Também atuei em um projeto de geoespacialização da composição florística de uma praça de Itaqui e em atividades de interação com escolas com alusão a semana da água. Todas as atividades de 2016 foram encaminhadas para apresentação do SIEPE.
Em 2017 também participei de projetos de pesquisas, que tiveram seus resultados publicados em eventos como o SIEPE, Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, GeoPantanal, Salão do Conhecimento da Unijuí e VI Workshop Sobre Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Bacias Hidrográficas (Universidade Federal de Uberlândia).
O ano de 2018 começou já acelerado. Logo nos primeiros meses foi publicado o livro “QGIS aplicado ao ordenamento territorial municipal”, elaborado por meu orientador, professor Sidnei Gass, e também por mim. Ao longo daquele ano também atuei como monitor, agora para os cursos de Agronomia e Engenharia Cartográfica e de Agrimensura. Deixando de lado a listagem de produções, ressalto a experiência enriquecedora que é a monitoria. Através dessas atividades busquei constantemente aprimorar conhecimentos, além da possibilidade de desenvolver a empatia, de modo que cada participante é um universo único de experiências, potencialidades e dúvidas, e ao monitor, se apresenta então o desafio de fornecer suporte ao exercício dos conhecimentos trabalhados em aula. Mais do que isso, é realmente gratificante saber que, ao menos um pouco, contribui para a formação de outras pessoas.
Em 2019 participei da produção de um capítulo do livro “A evolução territorial do município de Itaqui, RS”, além de dois trabalhos no SBSR. O ano de 2020 provavelmente foi marcado pelos voos mais altos de minha formação até então. Apesar do cenário de desafios e incerteza trazido pela pandemia, as atividades continuaram a acontecer. Como integrante do Grupo de Pesquisa sobre o Impacto Social do Coronavírus (GPISC), participei do trabalho intitulado “Análise do comportamento com relação ao isolamento social da população do município de Itaqui”, o qual foi um dos três trabalhos selecionados para integrar uma publicação na revista Relações Sociais.
Acredito fortemente que embora não se possa fazer tudo, aquilo em que trabalhamos deve ser feito da melhor forma possível. Devido a isso, sempre pautei a produção de resultados em análise minuciosa e se possível, padronizada. Um resultado disso foi integrar a equipe de trabalho do artigo intitulado “A global-scale data set of mining areas”, publicado na revista Scientific Data (Nature). Neste trabalho atuei na identificação, delimitação e validação de dados vetoriais.
Atualmente, em 2021, estou a cursar o último semestre da formação em Engenharia Cartográfica e de Agrimensura. Concomitantemente, fui selecionado para a turma 2021 do Programa de mestrado em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Essas foram algumas das inúmeras experiências vividas ao longo de minha vida acadêmica na Unipampa. Também merecem destaques as amizades criadas e parcerias formadas. Destas, sou principalmente grato a minha amiga de longa data, Janaine, pelos mais de nove anos de apoio mútuo, literalmente independente de sol ou chuva, as comemorações das conquistas e todo o apoio nas horas em que a vontade de desistir de tudo falava mais alto.
Dedico menção especial também a meu mentor e amigo, professor Sidnei Luís Bohn Gass, que em seu primeiro dia na Unipampa aceitou a orientação de um projeto de pesquisa modesto, que foi a porta de entrada para uma extensa lista de trabalhos, eventos e conhecimentos produzidos. Também sou grato pelas parcerias formadas regularmente com a professora Luciana Ethur, as quais evidenciaram para mim como é possível aplicar as geociências nas mais diversas áreas do saber.
Por fim agradeço a Universidade Federal do Pampa por possibilitar tantas vivências, que certamente foram, e sempre serão, parte crucial para minha vida acadêmica.
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